Coleção pessoal de MarcusCarvalho
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Será que nos realmente precisamos viver nossas vidas deste jeito continuo de tristeza e incerteza, será que essa é a graça da vida, será que nos só não podemos cair em algum lugar confortável e descansar, ou será que isso só ocorre realmente na morte.
A incompreensão da chamada vida.
Não compreendo bem, será que tudo isso tem um motivo específico, ou é apenas uma sucessão de fatos aleatórios que me ocorrem. Acho que desde criança pequena, sempre procurei essa reciprocidade, essa correspondência que nunca me aconteceu, portanto, até hoje a procuro sem sucesso nenhum. O falso pensamento de que algo estava certo, de que algo daria certo, isso é oque mais me chateia e me deixa aflito. Observo as pessoas à minha volta e percebo que eles não tem essas indagações, essas dúvidas perante ao todo que é a vida. Será que realmente quanto mais próxima a pessoa for da ignorância, mais feliz ela é?