Coleção pessoal de marcus_vinicius_pinheiro

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No fundo do açude restou a esperança.

Quando a fé já desgastada não fazia mais sentido.

No fundo do açude restou a esperança.

Com o tempo o desgosto aumentando

E onde era água virou torrão.

Mas no fundo do açude ainda restava esperança.

Esperança na fé? De São José?

Ou seria uma fé movida por aquela velha esperança?



Do entusiasmo do pescador, agora, resta a dor.

Na sombra molhada da neblina.

Que molha o fundo do açude de esperança.

Do pescador não resta mais nada fazer.

Mas o pescador sertanejo ainda luta.

Ou seria o sertanejo pescador?

Que no fundo do açude ainda consegue encontrar a esperança.

Pelo simples ou pelo luxo, corrói a alma a inferior alegoria colorida.

O limite é a imposição da sobriedade.