Coleção pessoal de marcus_aj

Encontrados 20 pensamentos na coleção de marcus_aj

⁠eu não sei a dor que eu transmito
nem o alívio que eu trago
mas sei que saber disso
faz eu ter esperança
de aguentar o meu fardo

tem males que vem para o bem
todo mundo sabe disso
mas quando os bens vem para o mal
a visualização fica mais difícil

expandir o campo de visão
ver além dos globos oculares
entender que cada cidadão
carrega em seu coração
diversos lares

tem quem tampe o sol com a peneira
o que não adianta de nada
uma hora a coisa fica feia
e a vida vira uma desgraça

é como se fossem bolas de neve
caindo pelas ladeiras
de floco em floco elas crescem
capazes de destruir construções inteiras

construções essas que tu lapidou com o tempo
que vieram do fundo da tua alma
não deixe um tormento
bagunçar e destruir a tua calma

o amanhã é só amanhã
imagina se ele não vem
não machuque o próprio coração
seja sincero consigo para viver bem

viva o agora e tenha fé
a vida é o maior tesouro
quem poema amigo é
quem poesia amigo em dobro

⁠terrestre no terreno
embaixo do sereno
vivendo o momento
fumaça contra o vento

observando o movimento
o reflexo meio lento
com o olho ardendo
avermelhado do veneno

remédio do pensamento
torna brando o sofrimento
fica leve o passar do tempo
engrandece o pequeno
trás paz pro sentimento

semente abençoada
presente de outro reino

⁠pagando o preço necessário
vivo em busca da essência
resistindo ao naufrágio
persisto com resistência

nesse jogo enigmático
quero ver mais que aparência
o véu que cega é sistemático
vem plantar incoerência

⁠⁠nos conflitos da dualidade
terminamos cedo
começamos tarde

o que nos cura também arde
onde até o covarde
precisa de coragem

o amor vira ódio
nem sempre os vencedores estão no pódio
sérios de tanto brincar
os erros ensinam a acertar

onde obtemos calma na ira
nessa loucura onde até a verdade
é, na verdade, mentira

⁠tipo um calor gelado
um frio quente
a gente se prende
preso na mente

uma liberdade impotente
uma escravidão transcendental
fingimos que ta tudo certo
o mal deu oi, o bem deu tchau

afinal, como diferenciar?
a dor que machuca também vem ensinar
a verdade é uma ilusão
é tudo vista de um ponto a se olhar

preferimos o ponto que nos convém
melhor que ninguém, é o que dizemos
mas sempre um passo a frente do outro
a desculpa é que nós merecemos

cordeiros quando expostos
lobos no anonimato
ser humano de aparências
nunca quer ser pego no ato

a questão não é nem é essa
o ponto é a hipocrisia
julgamos o próximo
como se vivêssemos nas mil maravilhas

a vida é sofrida
é uma lapidação sem dó
muitas vezes ardida
vivendo o resto dos dias até voltar ao pó

aqui todo mundo nasce morto
temos rédeas na mente
e quem ousa viver
acaba morrendo novamente

⁠as vezes eu penso que eu sei
então eu paro e penso de novo
as vezes penso que eu sou um sensei
no corpo de um poeta louco

as vezes só sei que nada sei
e nem disso tenho certeza
as vezes acho que a vida é um replay
e tamo preso eternamente nessa cena

as vezes a mente se desorienta
a gente cai, a vida arrebenta
mas ela te ensina e te sustenta
a ferida sempre sara, então aguenta!

⁠uns atravessam o inferno tocando gaita
outros se lamentam no paraíso
uns explodem fingindo que acontece nada
outros fazem belas moradas no precipício

uns fogem de si
outros abraçam seus demônios
uns se cuidam pra continuar a existir
outros dançam com a morte em meio aos escombros

muitos apaixonados
tantos de má fé
uns na contramão
outros seguem a maré

poucos perfeitos
talvez nenhum
mas muitos na busca
mesmo com nada em comum

e eu aqui
refletindo a passagem
perspectiva que obtive
observando da margem

mesmo tentando ver além do céu aberto
a vida não perdoa ninguém
caminhando em direção ao incerto
sou só mais um refém

⁠cuidado ao viver como dimas
a bala pode vir sem avisar
vivendo a vida loka todos dias
pode não dar tempo de Deus te perdoar

independente das dores
seguimos sendo atores
nesse teatro de ilusões
em busca de verdadeiros amores

quem me dera se pelo menos hoje
eu tivesse a certeza
de algo real igual a tristeza
ou o efeito entorpecente da cerveja

eu e tu
nu e cru
seres autênticos e originais
vivendo na selva
iguais animais

aí vem uma pergunta na minha mente
será que realmente esse lugar nos pertence?
já nem sei mais
e já é meio tarde pra voltar atrás

me vejo em delírios frequentes
neurônios fritando em frequências diferentes
da gente que se diz normal

mas me diz aí
o que é normal?
eu realmente não sei

afinal, isso é real?
esse livro a gente começa a escrever
já sabendo do final

vivendo meu itinerário
tentando a fuga
é insano o percurso
estou preso numa cúpula

a dor vai te ensinar
a ir devagar
não tem o que fazer
não adianta se revoltar

a realidade
é igual merthiolate
ninguém te conta
mas ela arde

não só arde
ela te mata
te encurrala com a foice
e te da um cheque-mate

os dias estavam tão iguais
já não estão mais
será que é só ilusão
ou eu achei em você
o que eu nem acreditava mais?

sei lá, é difícil responder
quem é convicto demais
está totalmente cego
e nunca vai conseguir perceber

vamos esperar para ver
ver para crer
o tempo traz todas as respostas
só ele sabe responder

espero que minha intuição esteja certa
não quero estar equivocado
mas independente de tudo isso
me sinto tão bem
quando estou do seu lado

eu acredito numa força maior
algo inexplicavelmente misterioso
pode nos afundar ou fazer melhor
depende do quão tu és curioso

a vida por si só
vai nos deixando loucos
então cautela no que vasculhar
pequeno gafanhoto

eu colho o que eu planto
e não me espanto
mesmo as vezes plantando o que não quero colher
não tem o que fazer
a gente paga o preço
das consequências do nosso querer

as vezes eu não entendo
se vivemos tão pouco
pra que arrependimento?

não espere amanhã pra dizer aquilo
quem é quem pra te julgar?
ninguém tem nada com isso

liberdade pra se expressar
é disso que precisamos
não é qualquer um que tem coragem
em meio a tantos estranhos

nada pode te abalar
e se você morrer amanhã
quem vai fazer no seu lugar?

viva e faça o que sente
porque a vida pode acabar quando menos se espera
assim, de repente

errando e aprendendo
morrendo e vivendo
sempre foi assim
e vai ser até o fim

os dias passam devagar
enfrento meus demônios no dia-à-dia
pensamentos em conflito
nem tudo é como a gente queria

admita, o que seria da vida
sem esse ar de mistério
nessa passageira existência
entregamos ao tempo
tudo o que nos há de mais secreto

a vida passa um pente e só fica quem aguenta
não da pra resistir tendo a cabeça pequena

ultimamente me sinto perdido
no tempo e no espaço
virei aquele famoso
maluco no pedaço

não sei se estou certo
nem se eu deveria ser julgado
mas quem é quem pra me julgar
nesse planeta alucinado

alucinado pela confusão
alucinado também pela maldade
me vejo no meio de tantas ilusões
que nem sei o que é verdade

talvez eu tenha perdido o medo da morte
me sinto até mais forte
mas talvez eu tenha medo da vida
e vivo contando com a sorte

nem sei quem eu sou
não sei o que pensar
quem diz saber
não se deve confiar

eu posso estar num abismo
perto do fundo do poço
mas não perco minha fé
creio que alguma força está conosco

talvez seja tudo um teste
tenho que aguentar até o fim
até porque se eu não viver
quem vai viver por mim?

enfim

esse é meu desabafo
mais um poema perdido
em meio ao tempo
e o espaço

ass:maluco no pedaço

todos erram
todos acertam
todos morrem
mas nem todos vivem

cavando nossa cova
fazemos nossa história
o tempo passa sem parar
o importante é viver o agora

sorria
mas não só ria
pois é desespero