Coleção pessoal de MarcosMourah
Eu quero,
Emudecer-me no fechar dos olhos
Calar ainda mais o meu silêncio
Me abraçar e abraçar num canto escuro o vazio
Sem vento, nem ar, nem chão,
Só cama;
Com a coberta que esquenta meu corpo rígido
Pensar em não pensar mais nada
Me esconder num quarto todo meu
alinhar-me nu
Com a minha carne exposta sob a mesma
Lágrima de alguma angústia qualquer
em estado vaporoso imperceptível;
exorcizar meus medos;
Calafrios de decepção;
Com uma respiração que dá vertigem;
Apertar a própria mão como se fosse dar um soco;
Tremendo como se estivesse no frio do Alaska ;
Socializar mais com o universo doloso,
onde o tempo é gasto e a vida é frágil
e perguntar se eu sou eu ou se eu acho que penso quem sou,
Admirar o nada que me rodeia a todo instante
e fazer de tudo isso uma luz,
que irradiará meu ser pensador só para não falar "pensante".
Onde o tempo tem segundas intenções sobre mim.
não sei se agradeço ou se choro pelo encurtar do tempo;
Parece que faz mais parte o direito de ir do que vir,
pois quanto mais anos, menos anos.
E assim, lá se vai mais tempo em minhas palavras e nos meus 3.0 de rebeldia.
Que o mundo prospere e o universo cante a nossa língua, para que sejamos livres enquanto sonhamos, pois a natureza do homem é implacável e nos faz perder a arte antes mesmo de tentarmos ser artistas
A felicidade é modesta.
é só e somente nas lacunas que ela vem,
no surge e ressurge
numa vida cheia de nada,
surpreende e nos enche de expectativas,
porém passageiras;
“Se a esperança é e será a última que morre,
tenho plena certeza de que morrerá
comigo, salve-se quem puder
e me desculpem por hoje
estar sem
fé”
As pernas continuam a caminhar;
traçando caminhos como quem não quer nada
se tem ou não itinerário não se sabe;
Só se sabe que tem que caminhar.
Falcatruas, maracutaia, hipocrisia, esnobismo, arrogância, injustos, favor retirar-se para Chernobyl.
Criar muitas vezes não é fazer o que ninguém fez e sim fazer o que já foi feito, só que de uma forma inesperada.