Coleção pessoal de Marcoscavalcante
O que é a mentira se não o desejo de que ela seja uma verdade? E o que é a ilusão se não o medo de que tudo possa ser uma mentira?
Quando uma só palavra fala por um texto inteiro. Assim, o que escrevemos são enigmas, que nem nós mesmo conhecemos a saída do labirinto, em direção as respostas dos significados e sinais que cada palavra quer dizer. A sinuosidade da estrada, caminha para horizontes distantes e ainda desconhecidos.
No trem da vida, espero que ele ande sobre longos trilhos, que passe por diversos lugares. Assim, que da janela, eu possa admirar novas e belas paisagens e antes de chegar no fim da linha, que eu tenha passado por todas as estações
É por causa das aparências estéticas, que os adornos são utilizados em sua maioria, como esplendor para afirmar a ignorância, que já se tornou intrínseca ao corpo que o recebe. Esqueceram-se da cultura, da identidade dos adereços, restou somente a busca da beleza que parece que não é possível vê-la nos porões da alma, que já não é tão bela.
O ontem passou e nada ficou guardado, perdeu-se no nada,no inverso da inversão. No coração sobrou apenas a batida, na face o semblante languido. Quanto o amanhã, é intangível de mais para ser alcançado, o amanhã terás sido ou não, com ou sem razão e o hoje, é o único dia em que possamos fazer diferente com ou sem paixão
Tecnologia, informação, a era instantânea. O instante radiante. O prelúdio da humanidade, já evoluída? Ou por evoluir? Escravos do sistema, viciados por poder, fama e dinheiro. A busca do belo, do perfeito. A sofreguidão estética. A apologia da beleza venerada por narcisos, a busca pelo amor surrealista dos dramalhões ecoado por cupidos. As verdades escondidas por máscaras de pó ou por falsos perfis, os “fakes”. A mentira roubou o lugar da verdade, e hoje a impostora altiva comanda. Assim a ignorância estampa o belo contemplado como virtude. Com os avanços da tecnologia, o tempo tornou-se efêmero e a vida virou o simulacro dela mesma. Em seu mundo, hoje aprisionada fugaz, em outro mundo amanhã, velado jaz.
Com a maturidade aprendemos a controlar nossas emoções. Os sentimentos correm pelas mãos quando a abrimos. Se estar determinado a fazer ou esquecer algo, você pode. Você faz e acontece. Você faz e esquece.
Mais um ciclo encerrado! E vem aquela sensação. Começar outro? Depois de sucessivas tentativas fracassadas? Talvez eu seja difícil, mas quem disse que seres humanos são fáceis de entender? Talvez meu pecado seja querer mais, viver uma aventura sempre, sonhar alto, voar alto. Talvez meu pecado seja esperar ser compreendido, assim como faço questão de entender e compreender todos e tudo. Talvez minha personalidade dramática, orgulhosa, me deixe distante das pessoas. Provavelmente eu não sou tão bacana quanto dizem, ou minhas piadas são sem graça. Talvez esperem muito de mim quando o que tenho pra oferecer é pouco. Talvez minha sede de sair por aí seja uma inquietação, um incômodo para as pessoas. Provavelmente meus enigmas, meus devaneios, anseios, meus desejos, assustem, e minhas análises o perturbem de modo que jamais possam decifrá-las. Jamais possam ler o que disse nas entrelinhas. O que eu disse e o que não foi decifrado permanecerão, quem sabe, eternamente indecifráveis, pois esse é o mais bacana do mistério. A possibilidade de ser sempre questionável, sempre uma incógnita. Talvez assim seja eu. Uma incógnita. Talvez meu encanto passe do primeiro encontro. Pode ser que minhas ideias, apesar de dizerem que são parecidas, sejam um peso difícil de carregar pela longa estrada que costumo caminhar. Vou caminhando assim mesmo, saboreando cada cultura, cada paisagem, cada pedaço de chão. Talvez o encontro seja mesmo o momento da despedida e meu destino seja vagar tão longe de casa a procura da estúpida mágica.
Nem tudo é fácil
É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!
O começo de uma história sempre anseia por uma pergunta, como será daqui pra frente? Se ela não foi dita com palavras, são ditas pela ausência dela
É por causa das aparências estéticas, que os adornos são utilizados em sua maioria como esplendor para afirmar a ignorância que já se tornou intrínseca ao corpo que o recebe. Esqueceram-se da cultura, da identidade dos adereços, restou somente a busca da beleza que parece que não é possível vê-la nos porões da alma, que já não é tão bela.
Todo encontro também é uma despedida, costumo a dizer que ela pode ser a última, por isso tenhas certeza do que farás, do que dirás nesse encontro, talvez não tenha a chance de dizer novamente.
Deixe ao outro a opção de escolher, e fique com a certeza de que ele fez a escolha que queria e não a que você desejava.