Coleção pessoal de marcio_barros
O amar de M por R
Amo tanto o seu amor por mim
Como amo meu amor por ti
Amo até quando me deixou e quando te esqueci
Amo quando passo por aí
E Amo quando sei que esteve aqui
Como não posso amar o nosso buscar assim?
Amo quando te peço em casamento
Amo quando responde sim
Só não consigo te amar mais por que há no mundo tanto amor assim
Amo quando te toco na barriga
Amo quando tem medo de mim
Amo quando quero ficar porém preciso ir
Amo a saudade que sinto mesmo antes de partir
Amo o jeito que me olha triste um pouco antes de dormir
Amo a felicidade que tenho quando sonho com ti
Amo a nossa gratidão de amarmos um ao outro assim
E amo a nossa devoção de nos olharmos em ti
Só não amo uma coisa
Achar que te perdi
Por isso te quero agora
Pois te amo sem fim
As luzes da ponte refletindo na água
Fazem pilares pratas que sustentam as pedra afogadas no mar ...
O rochedo infértil deixou brotar o arbusto vistoso e verde
As ondas vão e vem
Como os porteiros do relógio da catedral que precisam do sol para existir
A lua ousadamente refletia no vidro quebrado da janela onde uma senhora observava o movimento das folhas
O jovens passam em todas as direções indo para nenhum lugar
Andava em círculos
Seria tão bom se tocassem piano depois que a lua se fosse
Daria ao black tie da noite um ar menos bassê
O que faria sentido para o pequeno cão que procurava comida nas latas de lixo fazendo do seu abandono um jantar de gala
As lâmpadas das janelas estavam apagadas mas os televisores faziam um show pirotécnico remontando algum réveillon passado
Parei de pensar ...
Vi uma tartaruga passando no mar ...
Ela parecia disposta
Pensando bem ...
Não vi pássaros na noite
Nem peixes no mar
Mas tartaruga foi um show a parte
Recebi um mensagem
Fiquei feliz ...
Perdi a tartaruga mas ela deve ter ido a algum lugar melhor
Como seria bom um café ...
Tenho um bala no bolso
Vai servir ...
Vi uma placa que dizia que no terceiro domingo terá missa estão todos convidados poucos virão e talvez ninguém preste atenção...
O cachorro se foi também
Por que ainda estou vendo o mar ...
Ele nem chegou e já era amado
Era a promessa de sermos quatro que se realizava com o nome do pai de Deus
Ele pousou sua mão sobre a semente e orou em gratidão
Ela o observava em felicidade
Nunca pensaram eles em ter esse momento ...
Mas se permitiram por ser tão grande o que sentiam um pelo outro
Eles eram um do outro
E criaram mais um para serem mais felizes ...
Eles eram amor
Ele estava vestido de branco
E havia mutilado a árvore que em oferta pela ofensa a sua integridade lhe ofertou as flores como promessa de frutos
Levou o relicário para Ponte que simbolizava a união dos dois ...
Bateu apenas um foto
Com seus olhos escreveu na memória um registro do renascimento da esperança
Ele não tinha tirado ela da cabeça em nenhum momento
E tinha a esperança de que ela também não...
Admirava-a mais pela coragem
Pela humildade
E pelo amor que demostrava
Estava ansioso para sepultar o passado
E ter todas as manhãs que viriam ao lado daquela que veio como um dádiva
Daquela que realmente amava
Olhou para capela de Nossa Senhora de Boa Viagem e ficou grato
Ligou um carro e saiu ouvindo um música que não tinha importância
Pois tudo que importava, era o que seu coração iria falar para o seu amor
E seu coração lhe disse para falar a verdade em um olhar
Ontem a noite,
Um besouro entrou pela janela e disse :
- Atende a joaninha.
Abri os olhos e a vi meio turva, no início, até que ela me deu uma semente e aponta-se para o jardim .
Sai pela janela
Olhando para a lua
E de forma pagã
Plantei delicadamente
E esperei ...
Quando acordei tinha mais alegria e mais esperança
Sabia que algo bom nasceria se cuidasse bem...
Havia ele ficado tempo demais inerte na frente do copo vazio
Pensando nos corpos que usou para esquecer aquela com quem vivia
Muitas das quais nem lembra ou lembra pouco
Mas porque sofre por ela ?
A que desrespeitou tantas vezes
Que o diminui ...
E até humilhou
Ela era soberba e inrazoável
E mentia ...
Ah! Como mentia
Mas repetia para si mesmo:
" É a mulher da minha vida "
Não não era
A vida era maior que ela e melhor
Ela fez um poço no peito dele e extraiu toda a água
Ele agora estava seco,
Infértil
Era deserto
Estava tentado pelos demônios que ela deixou
Estava com sede de vida
E fome de sonhos
Ela estava longe da perfeição
O copo vazio chamava alguma fada verde ou algum ouro
Precisa ele regar seu terreno
E tentar fazer algo
Ele olhou para outros olhos famintos que acompanhavam seu desterro
E, assim, pensou:
Essa bebe , fuma e fala palavrões
Essa é perfeita
Saíram do bar juntos
Nunca mais os vi
Fiquei ali vendo o copo vazio na minha frente e pensando no meu florir
Quem sabe amanhã acordo na hora certa
Você se tornou menor que a vida
Você foi meu templo e confessionário
Minha oração...
Olhei em seus olhos por um momento...
E o tempo se foi
Mas veio a lua
A canção sobre as ondas
E o frio
Seu cheiro se foi do travesseiro
E na memória , agora, há a lembrança de um porta retratos sem foto
Por que você deixou o medo se apossar de tudo ?
Agora temos olhares solitários
Em lugar de mais dadas
Eu a amava tanto
Que não a dividia
Ela não era só minha
Mas em meu coração vivia
Tocava para ela músicas que não entendia
E ela dançava em sintonia
Dançava e dançava
Dia após dia
Eu a observa enquanto bebia
Ela era a única que sabia
Que apesar de todas ela só ela eu queria
A minha dançarina era minha poesia
A sombra da nuvem
Escondeu na verdade
A sombra do homem
Em castidade
Que por sua total impropriedade
Abdicou na pele da sua santidade
Deitou-se com outra por necessidade
Para esquecer a que ou trocou por maldade
Não era mais homem, nem santidade ...
Só era a sombra da nuvem que escondeu a verdade
E ele sentou olhando para o fim de tarde
Pensando naquela que era saudade ...
Não vai melhorar...
Ela sempre arruma alguém para culpar
Pelos seus medos
Pelas suas culpas
Pelos seu erros
Mas só existe uma verdade
Somente um caminho
Ela tem um manicômio na cabeça
Mas tenta ser santa ...
Não tem como melhorar
Não consegui ver o reflexo do adeus nos meus olhos encharcados
Onde teria deixado meu sol para espantar a chuva que torrencialmente caía no meu peito agora silencioso
Deixou um terreno infecundo onde meus pés enraizaram na fidelidade posta e nos planos futuros
Só havia em lembrança a devoção e a história do que vivi num mundo vazio
Nada mais ficou ...
Ecumenicamente, esqueceu os Deuses e alimentou os fantasmas dos seus temores
Criou crenças pagãs...
E se perdeu no mar dos pensamentos sem sonho
Para ele só restou se mutilar e continuar
Fingindo que entedia tudo que aconteceu
Meu primeiro dia de vida sem ela
Que alívio ...
Como não via as amarras e a mordaça
Devia estar cego ...
Claro que não
Ela invadiu meu cérebro
E me fez acreditar que era um espelho
Mas ela se esqueceu que espelho não tem essência
E tudo fica distorcido nele
Ela caiu como um anjo em silêncio
Sozinha ...
Não teve sonhos
Nem descansou
Ficou caída
Sem tempo
Despertou ...
Não conseguiu se levantar
Lutava com o ar ao seu redor
E era marcada pelos golpes que seu corpo dava contra ele mesmo
Cicatrizou as tatuagens que, em sua pele, escreviam o roteiro da tesoura que cortou as cordas da marionete
Ela não correu ou gritou
Apenas buscou dentro de si pilares
Se reergueu
Mesmo o mundo não notando, ela era completa e tinha a história do mundo dentro de sua cabeça
Ela entendia o universo
Mas ninguém havia estado dentro do seu coração
Encontrei com ele e nada me contou
Sorriu ...
Me abraçou
E me consolou nós meu problemas menores
Ele derrubou as flores
Para acenar para ela
Ele perdeu o passo
Olhando os passos dela
E ela passante
Se foi nos compasso dela
Deixa os olhos dele
Olhando para as flores dela
Abandonado
No dia dos namorados
Esse foi meu fim
Abandonado
No dia dos namorados
Não é tão ruim
Fico deitado
Sozinho calado
Tomando meu gim
Fico calado
Sem ninguém do lado
É melhor assim ...
Onde ela está ...
Não importa ...
E a porta
Aberta torta
Mostra
Que ela não gosta de mim ...
Ele perdeu a voz
No silencioso momento do adeus
E ficou parado ...
Na sombra, que as folhas da árvore deles faziam na única luz da rua
Era muito sentimento e alguma neurose...
Já havia se despido das certezas e das noites de insônia
Estava nu consigo mesmo
E acompanhado de pensamentos antigos
Não via futuro ou esperança naquilo
Mesmo sendo ela perfeita e sóbria
Precisava etilicamente de algo menos ancorado
Menos vívido e limpo ...
Menos café da manhã ...
Queria ele a fome do fim da tarde e o cansaço do tédio
A sede da saliva ...
E a luta consigo mesmo para não adormecer
Não dançava desde que a doença proibiu as pessoas de se tocarem
Mas lembrava das canções
E da caixa de música de sua vó
Que fazia a tarde ter sabor de açúcar e ilusão de futuro
Pecaminosamente,
Sorriu ...
E enterrou em si mesmo
Toda e qualquer esperança
Não precisava mais dela
Já tinha um caminho certo
Não sorria mais ...
Era agora ele era a sua companhia
E seu destino
Antes da chuva,
Via a igreja de São Lourenço naufragada nas sombras do amanhecer
Mas na minha cabeça só havia um pensamento...
Que saudade grande.
O meu amor é tão imenso
Que só deixou em mim
Espaço para
amar você
Abandonado no dia dos namorados
Parece filme de terror
Abandonado no dia dos namorados
Por que ela me deixou ?
E agora meio embriagado
Acho que entendi o recado ...
Quase Rapunzel,
Perdida nas estrelas e orientada pela lua ,
Necessariamente ...
Ela servia à todos
Tinha tantos temores em si
Que era escrava deles
Servia e servia
E tinha medos
Tantos medos que seus pensamentos eram confusos
Desperdiçava suas chance de liberdade
Ora com tarefas
Ora com soporíficos
Não podia nem amar
Tudo era fluído ...
Sua torre era de água
Não se defendia
Nem protegia quem dizia amar
Mas tinha uma coisa que ela não sabia ...
Nada disso era dela ou por ela
Os medos...
As tarefas ...
Eram de outra pessoa
Que tinha medos maiores
Ela era escrava
E eu ...
Tomei uma garrafa de vinho e coloquei meus pensamentos no lugar e descobri que mais importante que o tronco é a raíz