Coleção pessoal de Marcelinogomes
Gosto de abraços. Sempre gostei. Principalmente daqueles bem apertados, que nos envolvem, e que nos tocam tão profundamente a ponto de termos a ligeira impressão de que vão atravessar a nossa alma.
Na corrida que é a vida, não importa quem deu a largada primeiro: o vencedor é - e sempre será - aquele que, apesar dos obstáculos, continuou de cabeça erguida e seguindo em frente.
Que me perdoem aqueles que discordam, mas é preciso ressaltar: amor à primeira vista não existe! Não existe, primeiramente, porque o meu oftalmologista me alertou sobre problemas com a visão. Em segundo, porque a cor da pele, o corte de cabelo, a cor dos olhos, ou quaisquer outras características visíveis aos nossos olhos não traduzem amor. Em terceiro, porque Antoine de Saint-Exupéry disse, no livro O Pequeno Príncipe, que “o essencial é invisível aos olhos”. Atração, essa é a palavra! Você pode sentir-se perfeitamente atraído por uma pessoa simplesmente por vê-la passar ao seu lado. Nesse caso, eu aplaudo e tiro o meu chapéu. Atração à primeira vista existe. Amor não. Esse somente o convívio diário e o partilhamento de emoções o torna sólido e verdadeiro. Não me atirem paus, nem pedras, por favor. Mas eu volto a dizer: não se iluda, pois amor à primeira vista não existe. Se existisse, um cego estaria eternamente condenado a nunca amar.
Eu sempre fui dessas pessoas que carregam um sorriso no rosto e amores no coração. Dessas que valorizam o otimismo e que não fazem médias nem medem esforços para estarem felizes e bem consigo mesmas. Eu sempre tive atração por bons sentimentos e aversão a qualquer tipo de atraso - ou entraves: tristezas, mágoas, pessoas vazias, etc. E, por semear o bem, eu sempre tive o bem. Porque a vida se encarregou de confirmar aquela velha história que dizia que "a gente colhia o que plantava."
Ultimamente eu tenho estado tão bem, que a única coisa que eu quero neste momento é permanecer assim: bem.
De um jeito ou de outro, a vida sempre se encarrega de nos mostrar o melhor caminho a ser seguido e as melhores pessoas para nos acompanhar durante a caminhada.
Estás desacompanhada? Ainda não recebestes um elogio? Quer que um homem tire-a para dançar? Lamento ao dizer, mas espere sentada.
“Por onde andas o cavalheirismo?” – disse um sonhador amigo, pasmo diga-se de passagem, ao ouvir outro homem – que não sei se posso ou devo chamá-lo assim – referir-se a uma mulher, que passava pela calçada, da seguinte maneira: “Uma dessa eu levava pra cama hoje mesmo”. Digo sonhador porque, sem dúvida, ainda não está totalmente a par da realidade. Estávamos conversando sobre algo e eis que surge tal pergunta. E eu, após um breve suspiro, disse: “Estão em extinção. Tais homens foram desaparecendo no decorrer das décadas. Ora, um gentleman é caso raro! Chega a ser tão raro, que eu me permito fazer uso do superlativo: raríssimo!” Comprar flores? Não. Passear no parque? Não. Tirar uma moça pra dançar? Não. Trocar mensagens carinhosas? Nem pensar! Para muitos, é ultrapassado. Não é coisa de macho! Repito, caro amigo: um gentleman é caso raro! Muito dificilmente você cruzará com um homem que saiba valorizar e tratar bem uma mulher.
A minha liberdade está contida nas palavras. Escrever é a forma que eu encontrei de me libertar do mundo.
Eu não tenho medo do escuro, nem dos mistérios que esconde o céu nem mesmo dos sons que vem das ruas, porque a noite me tem e, de certa forma, eu também a tenho.
Palavras não machucam. Quem nos machucam mesmo são as pessoas, que usam as palavras para tristes fins.
Deixo o que me faz mal pra amanhã: sofro amanhã, choro amanhã, fico triste amanhã. Aproveito e sou feliz hoje. Por que quando o amanhã chega, é hoje - e hoje posso ser feliz.
Sempre que posso, me escrevo em um verso. Cada palavra é uma peça. E, se você encontra todas as peças, você desvenda a charada. E sim, eu sou a charada.
Ultimamente eu tenho me afastado de algumas pessoas por simples comodismo. Cansei de me importar tanto, ligar tanto, procurar tanto. Se há uma coisa que eu aprendi na vida é que quando a gente se importa demais, liga demais, procura demais, não tarda e a gente acaba sobrando. A partir de hoje, eu vou fazer a linha “não tô nem aí”. Quando perceberem que eu não sou mais o mesmo e que eu saí de cena, talvez me procurem, talvez se importem, talvez me liguem.
Se é pra amar, que seja intenso, forte e sincero: quando não se têm adjetivos na relação, os sujeitos ficam incompletos.
Eu vou muito além da sua compreensão, então não tente me entender. Talvez eu seja uma dessas charadas que jamais ninguém desvendará ou um desses enigmas indecifráveis que se escondem por trás de gestos. Então, não perca seu tempo, apenas me aceite com meus mistérios.