Coleção pessoal de ManolloFerreira
À COR DA MINHA PELE...!
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas nem por isso sou bandido
Nem tão pouco suspeito do que ei de me acusar
A cor da minha pele é negra seu moço
O meu cabelo é naturalmente crespo
E não ruim como foi acusado no conceito do preconceito
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas em uma escola um dia fui estudar
Onde lá aprendi a ler, a escrever, e a minha cidadania exercitar
A cor da minha pele é negra seu moço
A minha religião por crença e fé é o candomblé
Nem por isso Deus deixou de ser criador e Jesus o meu salvador
A cor da minha pele é negra seu moço
Misturada com a cor do meu sangue
Sangue vermelho da mesma cor que a cor do sangue do senhor
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas quando o dia da morte pra nós dois chegar
A minha cor e a do senhor pra terra de nada vai importar.
Manollo Ferreira
No Lamento Da Sua Partida... Recolho-me Nas Lembranças Que Agasalham A Minha Saudade
Meu amor... Por que você partiu assim tão inesperadamente? A tempo de fazer-se ausente por todo meu presente... Queria tanto te contar alguns segredos de nós dois, segredos de um tempo que ainda tínhamos para viver. Em tudo que eu vivo, ainda sinto teu cheiro a me perfumar, as tuas mãos em sincronia a me contemplar, as tuas formas em movimento com amor a me trajar, sentidos a me envolver em carinhos e afagos que sempre estarão guardados na plenitude da imaginação...
Independente de onde e quando com você eu puder estar, tão longe estarei de esquecer o mais perto o quanto um dia nós dois juntos podemos ficar, sempre juntos vivos em fotos não tiradas de momentos que no futuro emoldurei, em dizeres expressados que nunca um dia te falei, em beijos e abraços imaginados que eu nunca te dei, em lembranças a descolorissem-se no soluço que me traz o vazio no qual por vida mergulhei.
Meu amor, por que você partiu assim tão inesperadamente? Foi tudo assim tão de repente que tudo aconteceu, ficou tudo tão diferente depois que você se foi... Queria mais tempo com você do que foi um dia poder estar... Hoje, o que me resta é a companhia da tua falta por muito no tecer da vida me acompanhar...
Verdades / Certezas / Evidências !???
Em noite de sol nascente da manhã seguinte,
Tem mundo que gira no amanhã do ontem,
Palavra entalhada na água,
Um lado julgado de duas versões,
É nó na língua, na letra a se afrouxar,
Do que se vê, verá...
Do que se fala, falará...
Do que se ouvi, ouvirá...
Verdades, Certezas, Evidencias !
Assédio Moral
Ao apoderar-se do poder de ter poder
O poderoso, todo poderoso, chefe, gestor ou patrão,
Senhor capacho da soberba,
Filho pródigo da tirania,
Submete a quem lhe é subordinado
Aos flagelos da opressão, da repreensão e da humilhação,
Sem respeito, ética, e nem tão pouco compaixão.
15 De Julho - Aniversário de Juazeiro da Bahia
Juazeiro! Memória E História
Resplandece Juazeiro em teus brindares…
Datas florão!
Nas ruas, nos lares, nos bares, em todos os lugares.
De belezas quantas
Riquezas tantas!
Cenário de expressivo folclore
Crenças e carnavais.
Plural é tua cultura,
Colossal é tua história,
De avivada memória.
Terra de contrastes,
Cinza caatinga viva… Verdes pomares.
Por todo o teu sentido,
Inspirador e magistral,
O Velho Chico
Do nascer ao pôr-do-sol
Estende-se num cenário
De belezas e riquezas
Navegando ao transcorrer da ponte em travessia
No esplendor delirante da tua poesia
…Juazeiro… Juazeiro… Juazeiro!
Tu és meu amor, minha vida, minha alegria
Minha terra, meu lar, minha Bahia!
Juazeiro da Bahia !... A Cidade Que Não Vi... Vi E Vivi...!
Não vi Juazeiro enquanto ‘distrito atrelado à cidade de Sento Sé’, Sua ‘emancipação’, nem tão pouco o achado da imagem de ‘Nossa Senhora das Grotas’, sua padroeira, acontecer...
Não vi a ‘construção da ponte’, nem quando a mesma suspendia para as embarcações por baixo dela passar... Não vi os ‘vapores’ a ornar o rio, por abastecer o comércio a perfilar no ‘cais’, ou o ‘Saldanha Marinho’ um dia nas águas do Velho Chico navegar...
Não vi o deslumbre arquitetônico do antigo ‘Mercado Municipal’ e da antiga ‘Estação Ferroviária’ um dia em Juazeiro figurar, nem mesmo a ‘banca’ surgir para a cidade em duas partes dividir...
Não vi as ‘linhas férreas’ serem instaladas, nem ao menos vi o ‘trem’ no seu vai e vem, chegando ou partindo, trazendo e levando saudades...
Não vi ‘Edésio Santos e João Gilberto’ juntos a cantarolar seus cantos, nem tão pouco vi os ‘carnavais e seus bailes de máscaras’ a fantasiar os festejos de uma época...
Mas vi e vivi ‘o carnaval das batucadas’, dos carros alegóricos e das caretas, trios e blocos, gente etiquetada com “abadá”, deixar de ser popular...
Vi e vivi os clubes ‘Apolo Juazeirense, 28 de Setembro, Artífices e Caçadores’, também o carnaval em festa festejar, e no amanhecer da quarta-feira de cinzas o
‘Bloco Carí do Batata’, envolto pelo sorriso largo do animado ‘Batata’ uma multidão alegremente arrastar...
Vi e vivi os lendários bares da ‘Primavera, Q Sabor, O Garoto e Labarca’ nos finais de semana Juazeiro brindar, e como presente presença, a carismática figura de ‘João Doido’, na sua peregrinação, uma calça a alguém pedir, sem com seu clássico pedido ninguém por isso se incomodar...
Vi e vivi a ‘banca’ já estabelecida dividir a cidade com suas rampas e pontilhões a lhe costurar, assim também como vi o belíssimo e aconchegante ‘Cine São Francisco’ às matinês de domingo animar...
Vi e vivi ‘Jason’ deixar seu nome vivo na história por muitas vidas do Velho Chico bravamente resgatar, assim também como vi o Saldanha Marinho já ‘Vaporzinho’, depois de aposentado passar a ser bar, pizzaria, ser mutilado e ser despejado do seu antigo lugar...
Vi e vivi os festivos eventos do ‘Chá das Cinco’ e seu criador ‘Naldinho’ na sua singularidade Juazeiro revolucionar, e “Mauriçola” com sua música ‘Erva Doce’ um tempo e uma geração simbolizar...
Vi e vivi a ‘feira antiga’ do bairro Santo Antônio, e no seu emaranhado de bancas e gente, um velho de enorme barba agrisalhada, chamado “Ciço”, casca de pau’ aos brados comercializar...
Vi e vivi a ‘Festa do Melão’ passar a ser ‘FENAGRI’ e a agricultura irrigada respaldada nas novas tecnologias Juazeiro transformar...
Vi e vivi uma Juazeiro que pra muita gente se fez eternizar...! Não vi... Mas, Vi e vivi... Uma cidade de ontem e de hoje, de muitas memórias, personagens, fatos e histórias a se contar...
Juazeiro da Bahia, Canto Do Meu Encanto
Tamoquins, tamoqueus e cariris.
Primeiros povos à tua terra fecundar
Juazeiro... Juazeiro... Juazeiro !
Tropeiros por muito ali passar
No descanso à sombra da tua copa
Fizeram deste lugar motivo para ali ficar...
Juazeiro... Juazeiro... Juazeiro !
Já foi vila... Foi vilarejo
Quando se deu um dia por se emancipar
A cidade se fez em teu nome para com o tempo prosperar
Juazeiro... Juazeiro... Juazeiro !
Terra abençoada pelas águas do Rio São Francisco
Tua fonte de vida: Tua sede, tua comida...
Juazeiro... Juazeiro... Juazeiro !
Na música da tua poesia
Na arte da tua cultura
Na história da tua memória !
No teu povo a tua alegria !
Juazeiro... Juazeiro... Juazeiro !
Juazeiro, canto do meu encanto...
Esse é o meu lugar !
No pronto tempo da vida se viver...
Viva-se !
De quando for do pra sempre ser pra sempre...
Tenha-se !
No tempo certo de do nada por tudo se fazer...
Faça-se...!
Na certeza de que tudo no tempo certo do seu tempo vai passar...
Sinta-se !
Seja quando for o até quando for que seja...
Seja-se !
~ Dia 08 De Março - Dia Internacional Da Mulher
A Mulher Como Centro De Universalização Poética
A mulher como centro de universalização poética é aquela que tem nome e também sobrenome, é a que têm deveres e também têm direitos, é a que chora, é a que ri, é a que caí e levanta, é a que é mãe, e por muitas vezes é também pai, é a filha, é a irmã, é a tia, é a avó...
... A todas às mulheres, os mais estimáveis aplausos !!!
Meninas !... Moças !... Senhoras...!
Solteiras !... Concubinas !... Casadas...!
A mulher doméstica, a mulher professora, a mulher agricultora, a mulher artista, a mulher escritora, a mulher motorista, a mulher atleta, a mulher ambulante, a mulher empresária, a mulher comerciária, a mulher chefe, a mulher empreendedora... A profissional mulher, sem distinção de raça, credo e ideologia.
A mulher plenamente emancipada !
A mulher amorosa, a mulher sábia, a mulher proativa, a mulher eleitora, a mulher eleita, a mulher liderança, a mulher política, a mulher politizada, a mulher empoderada... A Mulher Universo !!!
A mulher em beleza, elegância e sensualidade, a mulher em versos e sinfonia... A mulher que encanta...
A mulher em casa, na rua ou no trabalho... Em essência mulher...!
A mulher amada... Amante... Apaixonada...
A mulher urbana, a mulher rural !
A mulher singular, a mulher plural !
A mulher alimento, mas também canibal !
A mulher intrinsecamente maniqueísta !
A mulher feminina, a mulher feminista !
A mulher em compleição...!
A mulher de uniforme, de vestido, de calça, de saia, de short e camiseta, calcinha e sutiã, a mulher de biquínis... A mulher em pele e pensamento... A mulher em alma e sentimento...!
A mulher em formas aos olhos de quem se tem a admirá-la...
Magra... Gorda...
Negra... Branca...
Baixa... Alta...
Categoricamente mulher
Poeticamente MULHER !!!
Suas falas não retratam quem de fato você é com a irrefutável justeza quanto suas atitudes lhe definem. Alinhado a esse pensamento, penso que, nada na vida te faz ser diferente de tudo quem você sempre foi, mesmo que por vezes, no decorrer da vida você venha demonstrar mudanças, um dia, como num acionamento de um gatilho, algo te ativará, fazendo o seu verdadeiro Eu vir a se revelar.
Face A Face Com A Falsidade
Enquanto a falsidade lhe sorri com a boca salivada de veneno,
Em teus desapiedados olhos sedentos de maldade, te acolhe sem pestanejar.
Pois, nem sempre toda bondade que um rosto estampa, é de fato o que este carrega.
Pela Paz De Todas As Guerras
Por quanto muito pela paz se luta,
Que chegue cedo pra quem muito é tarde,
Paz na alma, que do corpo embala a mente,
Vida leve, coração sereno,
Sentimentos bons a despertar bons sonhos,
Por dias de paz, a adormecer as guerras.
Paz de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Famigeradas guerras, sedentas de dor,
De quem muito se faz por semear o medo,
Destruição, desespero, tristeza... Aconchego das guerras,
Terras armadas tecidas no sangue,
De armas em punho a disparar descrenças,
Em crianças mortas que choram a perda dos pais.
Guerra de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Vidas vividas de mortos a rezar,
Confessam notórios segredos ao pulsar da respiração,
Cobrindo-se do luto por quem chora a guerra,
Passo, compasso, avesso ao descompasso em consternação,
Repouso da vida ao se pedir em prece o enterrar da aflição,
Guerras do dia a dia, que pela paz tende a esperar.
Guerra de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Por quando muito pela paz se faz,
Que chegue a tempo pra quem muito tenta,
Paz na alma, que do corpo embala a mente,
Vida leve, coração sereno,
Sentimentos bons a despertar bons sonhos,
Por dias de paz, a adormecer as guerras.
Paz de dentro pra fora, de fora pra dentro.
O mal que ao outro um dia fizer,
Independente do tempo de quando for,
No presente do futuro o mal do passado a ti revelar-se-á.
O mal que ao outro um dia fizer,
Na volta da ida da contramão, o tempo não se atrasará,
Pois, sob o mal, na medida da precisão, o mal te abrigará.
O mal que um dia a alguém fizeste,
Independente do tempo de quando for,
De tudo que já foi futuro,
O passado se fará presente.
...Pessoas queridas estão partindo no expirar dos dias...
Parentes, amigos... Irmãos...!
...Ao chegar do seu tempo... No tempo de Deus...!
E por saber que nunca mais os veremos,
E que, nem tão pouco ouviremos mais o som das suas vozes,
Somos nós, tomados pela lacerante dor da saudade...
... Saudade das caminhadas juntos pela imensidão da posteridade,
Saudade dos muitos risos festejados e lágrimas marejadas em cumplicidade,
Saudade de memórias vivenciadas na cadência da felicidade,
Saudade dos sonhos vividos em realidade,
Saudade de tudo que a vida nos deu na integralidade...
...Pessoas queridas estão partindo no expirar dos dias...
Amigos, parentes... Irmãos...!
...Sem tempo de dizer adeus, ou, ao menos até logo...
Do Mundo Que Me Pertenço
Tudo do mundo é meu, mas, nada do que é dele me pertence,
Nem nada no que nele não tem, de nada me falta ou me convém.
...De tudo que do mundo nunca me faltou,
De tudo que eu tenho, difunde-se em quem eu definitivamente sou.
Suas falas não retratam quem de fato você é, com a irrefutável justeza quanto suas atitudes lhe definem, conclui-se então, que, nada te fará ser diferente de tudo quem você sempre foi, mesmo que por vezes, no decorrer da vida, você venha demonstrar mudanças, um dia, algo te ativará, fazendo o seu verdadeiro Eu vir a se revelar... Assim como a lua, que mesmo mudando de dimensão em face às quatro fases que lhe delineiam, seguirá redonda aos olhos do pensamento de quem espera pelo seu despertar no alvorecer da noite.
DemocraVersando
Fazer e desfazer de tudo que foi feito ou falado sem passar pelo despautério da repressão.
Fazer tudo quando no direito lhe cabe, sem o desproposito da coação.
Não estar submetido a nada que seja pelas vias da opressão.
Não ignorar o direito de movimento e de expressão do outro como cidadão.