Coleção pessoal de MandyBrojato
Não faço questão de um cantinho quente pra encostar, quero mais o vento batendo no rosto enquanto arrisco
Em tom pífio fui questionada sobre a loucura que invadia-me por completa, não tive resposta siquer, a não ser o silêncio que na hora me cabia.
Então, quando vi aqueles olhos... Faz pouco menos de um tempo curto de tempo! Beijo teu sorriso, num dia de sol, que entra pela porta e canta pela janela... Entranho ela! O que carregas no olhar? Posso ? Permita-me adentrar em suas pupilas? Alma?
Pois trago eu do amor um nada, escondido em mim. Não costumo usar as palavras de outrora, que acompanhavam o coração, que dilaceravam, arranhavam, cortavam em fatias, ao chão, levo só os pés, esperança não me causa graça, ora seja desgraça um sorriso hoje frio que cabe em meu rosto orelha a orelha, sinto falta do cheiro que juntava ao meu...
Sinto meu corpo congelar, na verdade não sinto nada além de uma estranha frieza quando olho as pessoas, acaba por ser difícil se manter intacta, se á calor não sei, mas o frio anda por me proteger!
Ainda cabe o abraço no espaço que deixou, vou levar teu melhor sorriso comigo, conversas, meio assim, quando sentir saudade toco nas lembranças, e feito criança vou com elas brincar...
Acho que não tenho as mesmas pretensões de ontem! Segundo meus actos, que são fundados através de um vácuo, pensar no amanhã nada mais é do que se martirizar por algo que ainda nem veio por suceder, tomo em mim tal parte então, aquela que faltava a tempos atrás, não uso plumas em palavras nem sequer amaneiramento, tampouco sou negaceado por falsos sentimentos, lágrimas ou até mesmo sorrisos. Tiveram por mim uma tal afectação prolongada, visto que agora, nada mais sou do que alguém procurando um lugar pra sentar e fumar seu cigarro!
Presencia - se um certo pleonasmo, isso mesmo, acaba sendo uma redundância que une fatores que no final não tem seu final, da pra entender? Aquilo que gruda na gente e não sai, uma espécie de turbulência; luta se pra não sentir mas... Tentamos fazer virar frívolo, é impossível, grudamento insano de dois que torna um que depois vira um só em dois, e fica metade. Entre reles palavras, apenas digo que amor nada mais é que uma certa fase, e fases tem seu final, o tempo que dura é bom o bastante pra ficar e não mais sair. Sim, é eminente, cai sobre você, hora uma hora outra hora.
O que faz as pessoas acordarem e abrirem seus olhos são as histórias antigas de amor, aquelas canções que deixam desejos de contos de fadas nos lábios, a busca incessante por alguém que os completem não para , as feridas saram , um dia saram . Ainda não parei de olhar o céu... Costumo usar como manto o vento da noite, o orvalho ainda bate e surra meu corpo enquanto vago sob o luar da madrugada. Quantos amantes cortejam suas damas? Quantos romances são desfeitos de uma hora pra outra? Li por ai que o que você tem que fazer tem que se feito e ninguém vai fazer por você, mesmo que ninguém perceba ou dê valor, tem que ser feito... É seu papel. Quantas vezes você chorou sozinho? E quantas incompreensões foram postas a você? Quantas vezes disse que amor não existia e que ele é só fase? Mas no dia seguinte, essas antigas histórias ainda o fazia respirar? Senti vendo o filme “Cartas para Julieta” Algo que aos poucos me foi tomado, acreditar no amor, isso mesmo, nunca existiu ou existirá certo e errado, apenas o tempo que era pra ser, mas aprender a nos conformar que eles tem que ficar só um pouco e ir, partir, é estranho. Toma então o que tem de ser tomado, rouba para ti, apaga o ruim, deixa o bom, é complicado ser grande quando existe um fundo infundado em si, mas como disse acima: Tem que ser feito. Julieta e Romeu os cortejo, cortejo tal história, essa de paixão, essa de desejo, abraço-os por inteiro, poderei eu então fechar meus olhos segura de que um braço não me soltará? Terei a valentia de me jogar novamente? Insegura? Aos poucos respirar se torna fácil, assim como a muitos por aí, desejo-lhes não parar tão cedo de acreditar, e se o fizer, peça-me uma rosa, não te darei ela porque já tem dona, mas quem sabe plantarei outra flor a próprios punhos, girassóis? Lírios? Não sei, talvez invente uma espécie nova, mas tirarei de você um lindo sorriso de canto de boca.
Nos perguntamos porque; porque disso, daquilo, muitas vezes estas respostas demoram e sorrateiramente ao longo dos anos chegam. Partindo do principio de que tudo é nada ao mesmo tempo, ás vezes é melhor não ter respostas para algumas coisas, outras, coagulamos em nós para fugir... E fingimos esperar sabendo a alternativa certa a marcar até mesmo o caminho a seguir... Qual o peso de suas decisões? Quantos erros teve que sustentar para acertar uma ou outra vez?
Nunca me acostumei a não ter controle sobre determinadas coisas, queria aquilo de estalar os dedos e do nada algo aparecer. Por enquanto, no ontem, eu via o dia se tornar noite de olhos bem abertos, a noite virar dia sem pálpebra alguma fechar, me deleitei em musicas, tomei um belo café e banho, com subtileza, destreza, tentei ver o sol nascer, foi um médio fracasso, esqueci que resolveram construir edifícios, lamento que tal beleza tenha sido coberta, pelo menos os pássaros saíram á cantar. Toalha embolava a cabeça e mais um café me pus guéla abaixo, ainda sinto um gosto lindo de nostalgia, vontade de experimentar coisas que nunca antes havia...
Lhe faço um pedido: Junte meus pedaços e atire - os no lixo, refaça - me por completa por favor, toque - me devagar, com sutileza, leveza, me rele aos poucos como o vento em plumas toca tudo, raspa - me a pele, sussurre nada além do sopro... Soprado do teu, no meu.