Coleção pessoal de Mallvess
Eu só quero ser ouvido
ser reprimido é meu convívio
me ensine a ter voz e te darei uma canção
não me pergunte o porque e nem peça perdão
apenas me entenda e me faça um favor
a partir de agora não me trate como impostor
nós somos iguais em tese, em teoria
mas a faca só perfura um tipo de melanina
não me venha com essa de igualdade
se quem define isso são os olhos da sociedade
obrigado senhor por mais um dia
não o de cima, mas o que não me viu na chacina
uma luta por dia, um dia de cada vez
e de vez em vez mais um vai pro xadrez
Porque meu pai, me leva pra escola
não aguento mais, ter que fazer prova de estatística
todo dia, a minha vida precisa ser resolvida com um abraço
e não de braço cruzado enterrado e velado
Me tira essa dor que eu sinto, da um jeito
só não resolve dando um tiro no meu peito
dito e feito, cai como suspeito direto pro leito
e no último momento sofri calado como direito
A ascensão de uma alma tatuada
Força impetuosa, olhar incandescente
Reflete a cor de vênus, um laranja rebelde
Corpo semeado por girassóis
Voz firme e dominadora
Equilibro de toda a natureza
Cada cicatriz representa uma constelação
Mente diluída pelo buraco negro
Cadencia toda a vibração e
Explode como uma supernova
Eu li e reli, mas não te compreendi
Mesmo dizendo sim, eu digo que não vi
É triste pensar, olhar pra mim e ter que negar
Que a verdade é essa, e não há nada pra parar
Essa eloquência que você sente sobre mim é um martírio
Não tema o inevitável, não se sobreponha ao risco, não colha o lírio
Não corra, não pare, não chore, apenas o observe
Diga a si para ele, não interrompa o que lhe foi propagado.
Emilly é o nome do meu amor, mas não a pessoa e sim meu sentimento, Emilly é a personagem criada em minha mente que conversa comigo todas as noites, o nome e a imagem criada são apenas inspirações recentes de uma ocasião que ressuscitou essa alma, que se vive de tempos em tempos, é o toque delicado desse elemento que revive as sensações de um ser que não se sabe é verdadeiro, discretamente ela acorda, age de maneira involuntária e agressiva, se alimenta de tudo que vê pela frente e sua saciedade é inexistente. Emilly sobe de degrau em degrau até chegar ao topo, ao se ver no limite da soberania, se depara com um penhasco sem fim, ao tocar no céu, todo azul se quebra como um espelho, e ela se ve em um naufrágio de conquistas não celebradas.
Por fim ela se torna mais uma entre as outras, a luz que ela mesma criou, se dividiu em partes para que todas as outras pudessem sentir o brilho do que ela já foi um dia. E assim todas as outras se empenham novamente em recriar e modelar todo o caminho para que um dia ela possa voltar e caminhar mais uma vez.
Emilly não é vista por qualquer um, ela não é feita pra qualquer um, nem quem a tem é capaz de desperta-la. Emilly é a morte, é um corpo não velado,
e eu sou a terra, sempre esperando a próxima vida alimentar o meu solo
Eu sou o sugador de corpos danificados, mentes doentias, me prospero através dos irreversíveis.
O próximo passo será encaminhar a criação até seu túmulo e enterra-la viva, e, toda a sua agonia será sentida da mais bruta e cruel maneira até que essa agonia se transforme em êxtase
Um, dois, um
Um encontrando o outro
Dois separados por delírio
Um em outro um, não se forma nenhum
Um e dois não são três, não é um e nem dois um's
Somente um
Somente um
Um e dois, dois em um
A metade de um dois não se forma um
Nem mesmo será menos dois
A metade de um é menor que zero
Não se soma e nem se compara
Um um, um dois, dois valores em comum.
Um, dois, um
Não se refuta um sangue derramado de um corte profundo
O sangue estancado encorpa toda a minha fraqueza e a cicatriz sublinha meu passado
Os olhos enchem de dor daquele que carrega tanta culpa e respira tanta injustiça
O laço enraizado em cada membro se molda e compõe uma melodia simples
Cria-se um tom melancólico, um som agudo que dói os ouvidos
Respira toda sinfonia melancólica e cansativa
Quem dirá que o tempo tocará sempre a mesma música, e aprenderemos a gostar de nossos próprios desfalques.
O que é o futuro de um caminho sem ambições
Melodia da tormenta
Meu grande amor
Meu grande amor vestia uniforme
Meu grande amor era doce e gentil
Meu grande amor era popular
Meu grande amor sempre sorria
Meu grande amor tinha cabelo colorido
Meu grande amor veio de outro lugar
Meu grande amor era realmente meu amor
Meu grande amor nunca teve um amor
O meu amor, o meu amor
Há amor no amor
De amar o amado, de se sentir inspirado
O respiro agitado do amor incontrolado
Do inabalado ser, amor incontestável
O amor é amor, não perde valor,
É a vida sem pudor,
Meu amor é o físico, o toque, o detalhe
Meu amor é viciante, é sádico, repetitivo, e exacerbado
Meu amor é impactante, é firme, é triste por ser sincero
Meu amor é realista
Meu amor é lógico
São tantos amores que o sentido se perde e o amor se esvai
Eu amei o ignorado
Tornei ele um indivíduo renovado
Vi nele o meu desconhecido
Encontrei meu abrigo escondido
Me senti calmo e acolhido
Tudo era possível, ao lado do escolhido
Mas não estava preparado
Para o fim escancarado
O chão estava fissurado
Não havia nada mais saciado
Tudo estava capado
E eu estava perdido
Mas não disse adeus ao amado
Embora eu tê-lo criado
Não me aproprio mesmo tendo consolidado
Faço como esperado
Releio e revivo, tudo imaginado
E moldo o próximo ser encaminhado
E recomeço como renegado
Solidário e abençoado.
Versos exagerados
Nós somos
Separados somos a saudade
Juntos transbordamos emoção
Somos o zero e o um
Isolados nos tornamos qualquer um
Juntos criamos a lógica e a compreensão
Somos o tudo e o nada
O fundo do mar e o fim da estrada
A calamidade da tragedia
A suficiência e a fartura
Com serenidade e conformidade
Nos juntos formamos um universo
Feito de suspiros, gemidos,frases intermináveis...
Cada sentimento é um ciclo
Cada momento é feito da poeira cinzenta e escura dos nossos céus
Como tudo é feito de um começo e um fim
Um dia seremos esquecidos, seremos apenas ilusão
Talvez lembrados como uma teoria um ficção
De uma historia criada não por um, mas uns
Mas de uma coisa e certa
Mesmo que um dia seremos forçados a viver pela solidão
Viveremos e lutaremos pela nossa eternidade
Nosso ultimo suspiro não sera em vão
Do ponto A ao meu ponto, não há, não queira chegar
O ciclo vicioso e repetitivo, lugar raso onde conforta a mente do desespero
Olhar penetrante no mesmo ponto, silêncio eterno, suas únicas conversas são suas batidas do corpo e a resposta ao externos
Sonhos já vividos retornando sempre com a mesma mensagem
De onde há tanta vivência de uma inexperiente vivência… dissera naquele mesmo dia vinda de uma voz ouvida e sentida no paladar.
Voz que aquela sentida, fora engolida como a de agora, permanece intacta
Vive o mesmo idealizador do passado, crê em um futuro igual aos antepassados,
a linha do tempo já acabou, significado do amanhã será sempre retrospectiva do futuro
Celebraremos de olhos fechados
Toda realidade vivida se tornará você
todo bem e mal sofrido e dado te assombrará
Todo reencontro inesperado é o próprio reflexo de um dia qualquer
Choramos todos os dias vossas despedidas
Não há um sentido para sorrir, nostalgia supre apenas expectativas.
Celebraremos de olhos fechados
Olhos fechados que escondem a pupila dilatada dos olhos castanhos
Quantos dias se passaram ao ver e rever aquelas memórias
Não o deixe ver demais
Não apague a luz
As mesmas cores servem de lágrimas
Céu nublado. Cinzas de cigarro
A vida de um ser manchado
A mesma barreira que servia de proteção
agora é um escudo impenetrável
Tornara-se vagante, sempre andando até às pernas balançarem
Até que enfim, mais um ciclo se termina
Seu melhor momento chega
Celebra de olhos fechados
Vertentes, a escolha mais pura de meios pútridos
Quando a credibilidade vem à tona ela se reinventa
A certeza se diz digna do fato e a verdade se encara com o tempo
Nós nos olhamos e caímos em lágrimas repentinas
Nosso choro sente raiva de tão pesada que é
Eu não te reconheço, talvez seja você que não lembra mais de mim
Quem sobrevoa uma tempestade, somente respira os restos da destruição
A vivência se torna irrelevante pela perca do criador
O desastre se torna presente e constante mesmo depois a quem o devastou
O céu não brilha, nada se cria, tudo se torna invivido
De algo que foi tão singelo hoje se torna medo e flagelo
corpo frágil como vidro, manchado pela vingança e despido pela descrença
Hoje se torna areia de uma praia nunca mais visitadas visitada
Há momentos em que o consenso espiritual reivindica um pouco de paz ,
Não há critérios e requisitos de aceitar o estado Mental,
Apenas existe a situação de incômodo mediante aos meios existentes,
A aceitação da situação individualista se torna prioritária,
Talvez seja necessário sempre enfrentar esse momento durante nosso período carnal,
Vossa vontade de sociedade estável e interativa é o meio de salvação própria,
Há quem diga que esse é o único meio existente considerado relevante,
Não sabemos quantas vezes e quantas situações serão criadas para que exista outras possibilidades de possibilidade diversificada,
Para que o momento não acabe em desgosto
Talvez nesse novo caminho de passos novos,
Possamos iniciar esse momento tão esperado que por muitas vezes, fora deixada de lado e não cometemos o mesmo erro
Realmente pensar no erro nos faz repensar sempre e acabamos deixando nosso foco principal,
limitando nossos sonho que acabam virando mesmices corriqueiras.
Viver sobre as próprias custas é saber escolher sempre o próprio método e a própria vontade
A luta de um salvador
A busca pela própria aceitação
O anseio de não saber se vai vencer
A incerteza se o amanhã será um dia válido
Sempre busca a verdade e solidifica o que o outro não vê
O herói de todos nós, enche o peito de desejo e elicia todo o mal que lhe provém
Se vangloria de todo feito e de toda boa vontade
Se diz pai de todos os bastardos, conduz o próprio caminho e redireciona os mal-intencionados
Sente que a vida é injusta, e, definitivamente é
Ele nos representa a mais pura veracidade mediante a um mundo maquiado.
Absorve todo caos e torna ele um aliado
O único ser da terra que sabe que a vida não é apenas uma, ele faz da sua ocasião, milhares de desejos revividos e milhares de histórias reescritas
Em outras palavras podemos chamar de alguém que nunca vencerá na vida, vive a vida dos outros
porque a sua não é digna de ser contada, busca a inferioridade e sua ambição se torna uma palavra incoerente
Sua felicidade não é autêntica, basta um simples momento de desordem em seu rumo e todo segmento será problemático
Catástrofe atrás de catástrofe, até voltar a uma vida fúnebre.
Viver e ser lembrado,
Criar e ser referenciado
fazer de tudo e ser aclamado,
Morrer e ser reverenciado
O mesmo fim, serão todos enterrados.
Vivo da noite, pois no dia, a sombra já me atormenta.
Ela sempre estará atrás de mim, e eu vou deixar.
Nunca a deixarei, mesmo sequer lembrar mais dela e de seu nome,mas nunca esquecerei do que passei
Infelizmente eu agradeço por ter vivido esses momentos. Infelizmente eu devo agradecer por ser quem eu sou hoje. Devo a minha vida a esse momento e tornarei a minha vontade, a felicidade do outro, extrairei minha vaidade e minha ambição.
O meu único erro vai ser sempre olhar para trás, pela janela, a procurando nas ruas ou até mesmo dar a sorte de ser acordado e ver que ela ainda existe.
Na noite, a sombra deixa de existir, e poderei fazer o que faço, sem medo de reencontrá-la
Mesmo querendo-a, quando ela não fazia parte de mim.
Você faz falta tanto quanto eu sinto falta de mim na época que esboçava um sorriso de felicidade.
O erro foi meu em ter te deixado, pois você era o meu maior desejo, infelizmente o destino não saiu como planejado, e minha vida será um eterno lamento.
Nosso silêncio já diz e sabe
Nossos silêncios conversam
Nossos silêncios não tem vida, mas é físico e diz o que quer.
O cubículo que carrega esse ardor se expande e ecoa sobre vossos pensamentos
Seu domínio de guiar os intermitentes é amedrontador sobre os olhos dos vigias
O vazio é liderado por almas incompletas e sofridas
Carrega-se no peito a mesma perda dos que choraram em teu leito
Perfura a si a negação eterna e a tragédia afetiva
O mesmo ser que chora em silêncio clama por liberdade ao berros
Olham a ti por cima e te esmagam
Quem pisar fundo, nunca mais será esquecido e terá o mesmo molde a vida toda
Nossos silêncios conversam e nós não sabemos o motivo
Mas queremos deixa-los falar, o tempo que for necessário, assim poderemos não só entender eles, como nós mesmos
A noite é o lar dos enfermos, que se encontram na pequena caixa de sonhos escritos no teto
Que jamais será realidade, que jamais poderá ser cumprida.
Pois a vontade não vem de nós, apenas o bom grado.