Coleção pessoal de MaiaraPepe
Espaço, tempo e amor
Uma palavra ou, as vezes, até o silêncio, diz tudo que precisa e deseja ouvir. As coisas resolvem, então, simplesmente acontecer. A fluidez é incrível. Assim como um rio corre para o mar ou como um polo negativo é atraído por um positivo. Elevados sejam os que são capazes de amar. Dentro de redomas sociais, convenções sócio-políticas e econômicas, quem liga para a cotação do dólar? Quem visa valores? - Não os que amam.
O amor é não quântico, não mensurável, tente definir o seu amor: Muito? Bastante? Mais do que tudo? ... Só? Os extremos das sensações sempre são muito mais do que palavras ou números. Expressar amor é tão fácil. Expressar o quanto se ama é tão difícil. Espera-se que seja suficientemente subentendido por trás das ações.
A estrada nem sempre é longa, nem sempre é difícil. A dificuldade das coisas está dentro de nós mesmos, distância é relativo. A história de um amor está pronta para acontecer quando os seres se comunicam no mesmo tom, no mesmo timbre, alcançando não só os ouvidos, mais fundo do que isso, bem mais, eu diria.
Tempo é uma mera medida e espaço, apenas barreira física. Quem ama não vê dimensão, vive na dimensão do amor. Qual seria a dimensão do amor? Eu não sei – se alguém souber, me conte. Ou melhor, não me conte. O mistério é o dono das diretrizes da humanidade. A dimensão do amor não conhece nenhuma das outras existentes e supostamente existentes.
Filosofia pura existe entre dois amantes. Amantes cúmplices, amantes inteiros, que habitam a mente, coração e corpo um do outro. A vida passa para todos, o mundo gira, o sol sempre está lá e os amantes também. Pois bem, também passam, giram e sempre estão lá. Passam por momentos, por lugares e partes do corpo. Giram na dança, na dor de cabeça e no brinquedo de criança. Sempre estão lá... Lá onde ninguém pode tirar, lá onde tudo é muito pouco, onde os problemas da humanidade se tornam poucos. Lá onde a eternidade se torna um piscar de olhos, onde existe a “ferida que dói e não se sente”. Lá na dimensão do amor.
As vezes é preciso deixar. Deixar de lado, deixar mudar, deixar livre, deixar guardado, deixar do jeito que está. Deixar mentir, deixar sorrir, deixar sofrer, deixar viver. O importante é deixar acontecer... controlar nem sempre é a melhor saída, deixe descontrolar.
O difícil é acreditar. Quando se desacredita, algo te diz para não ser tão cético, algo te diz que vale a pena acreditar mais uma vez. Acreditando de novo e desacreditando em seguida... Percebo que não tem cura. Palavras são extremamente banalizadas e facilmente pronunciadas, para um romântico sem cura, acreditar nelas e depois, por elas próprias, ser desacreditado, já é rotina. Uma rotina que, no momento, não me faz bem.
Entre um átomo e outro existe o nada, entre eu e você existe quase tudo, ou quase nada. Prefiro pensar que quase nada.
Me contento em pensar que estamos debaixo de um mesmo céu... e quem sabe de uma mesma núvem... ou então de um mesmo pensamento...
Nunca senti isso, estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo, me sinto vazia e pela metade, temos dois braços, duas pernas, dois olhos e duas orelhas... a boca: só temos uma para falarmos menos e ouvirmos mais e nosso coração: temos um para encontrarmos o outro.
Se vc quer brilhar, seja como o sol, brilhante e gigante por natureza e mesmo com toda essa imensidão dá espaço para todas as estrelas brilharem.
Sabe quando você pensa não ter mais forças, nem mais vontade de lutar ou ao menos seguir em frente... Sabe quando você junta todos os cacos, consegue colá-los mas não é o suficiente... Sabe quando precisamos de mais, de mais amor, de mais carinho e principalmente mais respeito e consideração... Sabe quando você pensa que não vai aguentar mais uma queda por menor que ela seja... Nosso lugar infelimente é nos braços de um mundo falso e inseguro, imaturo e infantil, com medos e mentiras ignorântes e prepotentes, hipócritas e medíocres...
Vivemos, convivemos, perdemos, ganhamos, choramos, sentimos, tivemos muitos sonhos, sonhamos acordados também, fizemos planos, os planos se desfizeram como um castelo de areia que é lentamente destruído com as ondas. Tudo se foi muito rápido.
E os momentos bons continuam na memória, as lembranças de um passado onde não me arrependo de nada, não vou me esquecer, não vão sair do meu coração mesmo não querendo estar lá, cada riso e cada lágrima me fazem hoje ser quem eu sou e ter a experiência que tenho. Não vou ter medo de dizer "eu te amo" nem dizer "agora não dá mais", meu coração dói as vezes, mas como a felicidade é passageira, nenhum sofrimento também será eterno. Obrigado pra todos que estão comigo ou que um dia estiveram e foram sinceros. Saudades se acumulam e acabam transbordando, mas serei forte como sempre fui. Aos que me desejam o mal, boa sorte, aos que trairam, obrigado pela lição, a de vocês vem com o tempo.