Coleção pessoal de mafipena
Gosto de ti…
Sim, gosto de ti!
Como um rio que corre à deriva e sem barco que nele navegue, porque o meu corpo, em ti, se perde!
Sim, gosto de ti!
Como a lua gosta das estrelas no firmamento, às vezes sem manto e ao desalento!
Sim, gosto de ti!
Como uma estrada sem fim, porque és tudo para mim, num todo sem fim!
Sim, gosto muito de ti!
Como o ar que respiro e de ti tudo aspiro, até os meus mais secretos desejos que tu descobres, com os teus mais delicados beijos, no seio dos meus seios!
Sim, gosto de ti, tanto ou mais que eu de mim próprio, porque és o meu prolongamento, num querer sem aprisionamento, liberto de dor ou de outro qualquer sofrimento!
Gosto de ti, porque sim!
Porque és em mim tudo o que sonhei e imaginei, sem decretos ou qualquer outra lei, a não ser a do amor sem favor, mas com eterno e fervoroso louvor
Poderia haver um amanhecer de luar,
uma ponte sobre este imenso mar,
um rio onde se pudesse caminhar,
poderia o vento agreste me acariciar,
o sol nunca permitir o enregelar,
e um abraço sorrindo em cada lugar.
Amor não é só…
Amor não é só abraços e beijos e palavras bonitas…
Amor não é apenas dizer aos outros que se tem alguém para amar.
Amor também é companheirismo, atenção, é mesmo em silêncio sentir cumplicidade.
É orgulhar-se de quem tanto se gosta, viver em felicidade.
Há a gaiola, há a vida e a (des)confiança
e há o muro, há a cerca e o preconceito
e há o filho, a família e a aliança
e há a grade, há a profissão e o preceito
e há o relógio, o horário e o acontecimento
e há o estatuto, há a lei e o mandamento
e a regra dizendo é proibido.
E é a vida, é o mundo e é a gaiola
e é a casa, o nome e a vestimenta
e é o imposto, a renda e a ferramenta
e é o orgulho e o coração sem ação.
E era o amor, era a amizade e o medo de magoar
e era o laço e o enlaço e o final sem chegar.
E era a vida, era a vida o mundo e a gaiola
e era a vida e a vida era a gaiola.
O que pensei já não penso
O que senti já não sinto
O que aprendi foi imenso
Até mesmo quando minto
Do que fui e já não sou
Existe em mim saudade;
Dava tudo o que não sou
Para ser uma verdade.
Sou outra, não me conheço
Nem sei a outra que sou,
Só sei que quando amanheço
Não sei a alma a quem dou
Se à outra que mal conheço
Se a esta que em mim ficou
Tudo é silêncio
Tudo é silêncio à minha volta amor,
Tudo é sossego e paz, tudo parou,
Até a minha mágoa a minha dor
Cansada de chorar já se calou.
Neste silêncio atroz, esmagador,
Procuro saber em vão porque aqui estou,
Porque vim e amei com tanto ardor,
O que fui e agora já não sou.
A debater – me em mágoas e ansiedade
Pergunto: - onde está a Felicidade
O ideal que qualquer um de nós procura?
Alguém perto de mim responde então:
- Na paz da consciência e na gratidão,
Encontras o segredo da ventura.
Graça Figueiras
A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para o pôr fora da porta.
As mulheres sempre souberam o que quiseram. Os homens é que realmente não sabem. Eles acham que sabem, mas não sabem. As mulheres acham que não sabem, mas sabem.
A mulher que se preocupa em evidenciar a sua beleza, anuncia ela própria que não tem outro maior mérito.
Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.