Coleção pessoal de MaelAzevedo

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Se posso te dar uma dica para você conseguir 'esquecer' algo é: 'esqueça' que tens que 'esquecer' -, o ato de 'querer esquecer' te faz 'lembrar' antes de esquecer.

Complexo né?

Deixa melhorar.: Esquecer deve ser um ato natural, e não condicionado. Quando queremos esquecer alguma coisa, devemos apenas substituir por outra coisa, de certo, outra coisa que nos faça bem, que nos faça feliz, que nos faça aprender que, esquecer é o ato de tornar experiências frustrantes em lembranças que nos trás sorrisos tolos sem sensação de saudade.

...daí a vida faz história e você se torna coadjuvante. As situações vão acontecendo e você vira refém. As pessoas vão passando e você vira passagem. Os sentimentos vão surgido e você vira confusão.
Sempre ensinaram que ser autor da sua própria história seria o ideal, mas esqueceram de avisar que não há graça em histórias vividas por um só homem. Esqueceram de lembrar, ou lembraram de esquecer que um homem só, sozinho, não conta história de dois, para dois, com dois.
Não divide sol, não divide céu, não divide solidão, pois solidão tem aquele que aprendeu a ser um só em dois únicos. Daí você passa a se alternar entre principal e coadjuvante.
...vai sendo principal quando for o egoísta de si, e coadjuvante quando for o apoiador do outro.
Ser um homem só, na prática nunca foi atraente, você pode até suportar, aceitar, se sentir ligeiramente bem, mas ser um ser por dois, para dois e a dois, sempre será algo mágico.
Um homem só não tem problemas de dois, tens razão, isso é fato. Mas um problema de um dividido por dois, será sempre meio problema e um afago na vitória.
Cuidei em entender que história boa tem começo, meio e fim, mas o começo se faz no prefácio, e prefácio pode ser feito na orelha da capa do livro, e se meu livro for você, então venha com abraços quentes que minha boca vai na sua orelha contar nossas histórias ardentes.

...a maturidade e sua facilidade de disfarçar os excessos em uns e a falta em outros. Sua capacidade de nos surpreender em seres vistos como 'novos', seus montes, e a mesma capacidade de nos surpreender em seres vistos como 'velhos', sua ausência.

...e que a surpresa seja tempero, mas não estrague o sabor que tem sido viver para encontrar o novo...
...que a experiência do novo seja sempre positiva, para que a soma seja natural...
...que o novo me dê receio, mas jamais me acovarde perante minhas vontades...
...e que minhas vontades sejam tão intensas quanto são os abraços e os beijos dos apaixonados...

...se você acredita, metade já está dando certo, a outra metade é fazer acontecer. Se até bactéria cria resistência, então quem é você para fraquejar...

Na vida sou(somos) um experimento, uma alquimia, cada um que vem a nós joga uma pitada de si, outros mexem, outros passam e nem percebemos, somos felizes com aqueles que permanecem e seguram o caldeirão que somos cada um de nós no íntimo.
Há aqueles que chegam e com uma simples fórmula de sorriso no rosto nos faz bem, nos deixam feliz, uns tem fórmulas analgésicas e nos mexe ao tempo que nos paralisa, somos 'bolinados' e não conseguimos reagir, uns tem fórmulas tão fortes que nos explodem lá dentro nos fazendo tremer dos pés a cabeça, há outros que são de fórmulas ainda mais complexas e nos explodem para fora, nos tira do sério, com esses não conseguimos ainda misturar a nossa alquimia de vida. Porém nesse momento vem os que ficam e seguram o caldeirão. Até que chegam aqueles que de forma simples entra, joga sua porção analgésica, meche, revira tudo, acende o fogo e se vai, levando toda alquimia. O ladrão. Com esse nunca soubemos ao certo lhe dar, nunca entendemos ao certo sua fórmula, pois ela sempre vem misturada a outras substâncias e...bem, como somos experimentos de alma e corpo, devemos logo usar de lavar o caldeirão, esfregar os olhos, enxugar a alma e voltar a fazer alquimia.

Queria ser um pássaro e me sentir ainda mais livre. Poder deixar em terra todas as angústias, todas as ilusões, poder aterrar todas as mais fúteis mentiras e voar, voar para bem longe de toda tormenta.

A vida nos dá muitas oportunidades, são oportunidades por vezes disfarçadas, compete a você perceber e/ou criá-las dentro do contexto para que suas necessidades sejam supridas. Saia da caixa, pule as paredes do labirinto, mas jamais padeça na preguiça ou comodismo. Ser forte é ser além da sua própria expectativa.

...te vejo, mas não aí, mesmo distante, te vejo aqui, bem aqui dentro. Não sei se por bem, mas como disseram antes: "passarinho bom, é passarinho que volta...

...se for saudade, que seja...
...na saudade analisamos a dança, os passos, a melodia...
A saudade é desafiadora e o saldo final é sempre muito positivo.

...pensei que fosse mais fácil ser adulto. Quando criança sonhei que ser adulto era ter superpoderes, acreditei que faria o que quisesse, pensei que estaria onde quisesse, pensei que teria o que quisesse e principalmente quem eu quisesse. Então acordei, e tudo virou pesadelo.

...minha vontade era ter o dom de saber, ou o 'poder' de mostrar, quiçá a magia de mostrar, mostrar o caminho que deves seguir.
- Quer saber a verdade?
- Queria ter a coragem de pegar a sua mão e juntamente caminharmos, trilharmos nosso caminho, em alguns momentos soltaríamos as mãos para podermos correr algumas ruas sozinhos, mas não sem combinar que quem chegasse primeiro a frente, teria que buscar o outro no meio do caminho caso fosse necessário.
Fazer entender que soltar a mão, não quer dizer afastar-se, caminhar em direções opostas, não, não, te mostraria que soltar a mão é um ato de torcer por você e poder bater palmas sempre na sua vitória.
Gostaria de poder colocar-te em braços fortes, quentes, para explicar sobre cada caminho, cada pedra, os problemas dos atalhos, e fazê-lo ouvir minhas histórias, fazer-me de ouvidos para todas suas histórias, frustrações, medos e angústias mais 'agudinhas' escondidas em seu coração.
Aprenderíamos juntos com cada tropeço.
Tocaria seu coração com um sorriso, com um beijo, conversaria com ele diariamente explicando a essência do 'ser', a dificuldade do 'poder', o prazer do 'saber', e a necessidade de 'aprender'. Por fim fazer-te-ia compreender a humildade que é 'voltar'. Pois ao voltar, terias mais uma vez meus braços como um afago para poder chorar cada experiência que ficou e não findou como você quis, mas como a vida planejou. Porque a vida para o futuro está sendo desenhada nas páginas do presente.
- Queria dizer que "a vida não é diário, a vida é agenda".
...sabe, minhas vontades são tão grandes que tenho engolido diariamente algumas palavras que levam junto sentimentos, sentimentos que me sufocam e embriagam minh'alma, fazendo corroer minha essência em função do velho medo em pegar na sua mão e chamar para caminhar.

...isso tudo é a evidência de um crime.

Vejo uma mensagem ainda não lida e meu coração acelera, e sofre umas dores. Prazerosas dores ele sofre. Então leio e naqueles milésimos de segundos sou roubado de mim. Então me sinto obrigado e responder, talvez como forma de me livrar, talvez como forma de me fazer presente ai ao seu lado, talvez, sei lá, sei apenas que a resposta não faz a dor passar, apenas permanece meu coração em dor e a alma aflita por ter sido roubada se angustia cada vez mais. Talvez só responda para tentar pagar como recompensa, recompensa para minha liberdade. Falar-te o que se passa quando você está comigo.
Tão perverso jeito de ser, tão perverso jeito de estar.
Me parece Síndrome de Estocolmo, mas faço uma reflexão e passo a crer que seria Síndrome de Oslo mesmo, pois vejo sua ligação e não consigo ficar sem atender, por mais que eu sofra na condição de querer falar-te, gritar-te meus sentimentos, então vejo que sou merecedor desse castigo insano em querer ser mudo por opção, como forma de esconder a verdade, e então passo a ser suicida. Mato em mim, todas as vontades, por medo, covardia. Mas uma covardia heroica, pois só quem é mudo sabe quão sufocante é, ter um mundo a gritar, e no mais puro silêncio do medo de te perder, usar todos meus poderes e silenciar, calar...(mudo).

...o que ontem disseram sobre mim, bobagem, vem cá que vou te contar como faço hoje...

...divida comigo o que tens de melhor, e tudo que for melhor te levarei a fazer...

...como um ladrão você vem e vai, sempre levando um pedaço de mim, me fazendo cair em meus devaneios.
Te ligo, você me liga, e daí começa uma sessão de sequestro, sem perceber você sequestra meus pensamentos, me sequestra de mim, ativa minha cegueira, como se me pusesse uma venda negra aos olhos me fazendo perder o sentido de certo, de errado, de impossível e possível. Me faz acreditar que o prazer de ser, é o prazer de estar. Então chega, me toca e como uma anestesia meu coração desacelera, meu corpo fica mole, meus olhos fecham sem perceber que as pálpebras vão de encontro uma a outra fazendo você a minha frente sumir numa escuridão particular, interior, e em braile seus lábios, nossos lábios, fazem em minha mente você ressurgir, em cada beijo, em cada amaço, abraço, toque, um pedaço de mim vai sendo arrancado, vou sendo descoberto e ficando desamparado. Então você ladrão, se vai, se vai sem data para voltar, em mim a incerteza que esqueci de comprar o seguro do meu coração, então, o medo se encarrega de fragilmente guardá-lo de você, ou de qualquer outro que venha, mas você já descobriu onde estão as chaves e hoje já não sei mais até quando você não vai querer levá-lo, levar meu coração de mim, e arrancar a única coisa de mais valia que tenho aqui para oferecer a quem não é apenas um ladrão.

Amor X Ator
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- É coração, a verdade é cruel, mas cruel mesmo é ser verdadeiro e isso afetar as relações.
- Nesse jogo de pegar e não se apegar, você participa como parceiro passivo, normalmente te chamo de ele; ele não se apega, nele não se pega.
Daí você que tem adormecido ai dentro em um cantinho só nosso, experiências a dois que foram especiais à época, não sabe deixar na gaveta da lembrança que deveria ficar exatamente afastada da gaveta da saudade, a sua essência.
Tão confuso quanto entender o mundo, esse mundo que nunca tive intensões em entendê-lo, é ser generalista na maneira de falar: Ninguém quer nada sério. Mas viver, ser feliz, ser honesto com seu sentimento não deve ser algo sério? Deve! Mas não pode ser.
Hoje, falar sobre sentimento, sobre se sentir bem em estar com alguém para um amigo(a) é ser "leso", "besta", "fraco", "enganado", "iludido", etc. E esses, os amigos, sorrirão de você, apontarão destinos trágicos para sua vida emocional, social e familiar.
Pior ainda é quando você se dispõe a falar para aquela pessoa que você gostaria de tê-la, sobre o sentimento que anda circulando em seus desejos. Daí você será "carente", "pegajoso", "inconveniente", "fraco" (novamente), "engraçado" (fazendo apologia ao sentido de palhaço) -, etc.
O que é melhor que abraçar em dois, deitar em dois, dormir em dois, viajar e dividir novas experiências culinárias, visuais, sensitivas até cansar em dois? Ter histórias vividas por dois! Ter caminhos profissionais distintos, mas que se encontram ao final da semana para discussão e felicidade de dois! Há coisa melhor, e mais séria que isso?
O mercado do afeto, do companheirismo, está em processo severo de extinção haja vista a banalização do acesso fácil ao oportuno s_x_ sem rosto e sem sabor. Tá, confesso, um s_x_ casual tem sabor, mas tal sabor é tão casual quanto o mesmo e logo desaparece nas primeiras 2 horas. Bom mesmo é aquele onde a porta se fecha, quatro paredes se formam com uma blindagem e o mundo lá fora é esquecido, e o universo sem pudor passa a ser o seu quarto, onde a porção de mar se torna seu suor, o suor de vocês dois, o suor de nós dois.
Confesso que não pareço, mas sou amante de coisas singulares feitas pelo plural de dois, você e eu. Mas confesso também que apesar de me sentir tão bem em estar com você, sei que é melhor ser O ATOR de mim, e fingir que estou fazendo oportuna a casualidade desses encontros, por saber que se eu transparecer que não estou mais afim das casualidades que você me propõe, é certo, mas tão certo que não te terei mais, que no momento minha intensão é ganhar o OSCAR de melhor ATOR COVARDE DE MIM, a ganhar o OSCAR de PIOR DRAMA QUE VIVEREI.

____________________________________história_do_covarde_amor.

Se no seu mundo tivesse uma porta aberta onde as pessoas pudessem levar-te o prazer das mais agradáveis experiências, talvez você despertasse diálogos mais intensos, prazeres mais longínquos, e um só amor, mas completo de insanidades pluralizadas.

Dar-te-ia colo quente, carinho delicado, suadas intimidades e amor apertado.

Penso na vida com amor, mas não como esses amores que desenhamos um coração a representar. Não, o amor que vos falo é aquele representado pelo suor escorrido em face salgada, é o amor da exaustão no corpo, é o amor que a cama acalenta. O amor que me ocorre quando me faço dentro do duro trabalho em viver.

Me despertem desejos, desejos insanos, me façam crer que ser louco é um estado de espírito sublime. Faça-me em loucuras extremas, onde o suor banhe nossas almas, onde o franzir da testa denote prazer, e um sorriso em canto de boca mostre nossos dentes rachando. É, seja capaz e me desperte um desejo de não esperar o futuro, pois o futuro de ontem é hoje e amanhã será passado se você conduzir minhas mãos quentes e ásperas nas curvas mais sinuosas que seu corpo me proporcionar.