Coleção pessoal de maahoi
Se tiver uma coisa que eu sei que tenho e que não é tão saudável assim, é o comodismo. Quando a gente se acostuma com uma rotina e menospreza todo e qualquer tipo de mudança, por mais minúscula que ela seja. Talvez isso explique o fato de eu odiar receber visitas. Parar sua vida pra fazer sala, se privar de atitudes que você só faz com os íntimos, ser ponderada com palavras e palavrões, ter sua privacidade invadida e ainda ter que aturar alguns inconvenientes. Ah! Tudo isso me enlouquece e me deixa mais mal humorada que a TPM. Eu não consigo esconder que não me sinto a vontade com visitas, não sei fingir simpatia, não sei forçar uma satisfação que não estou sentindo e não faço questão de saber essas coisas, porque assim à visita vai achar que está agradando e vai querer repetir a dose. Não quero que a dose se repita. Prefiro que as pessoas se toquem, mesmo que depois falem de mim pelas costas. Não estou nem aí. Se eu fosse me preocupar com o que as pessoas falam de mim, não era tão feliz como eu sou. Não sei se o que eu faço é correto, se é que existe alguém pra dizer o que é e o que não é correto, mas continuo fazendo sem culpa e que se dane todo o resto. Na verdade isso não tem nada a ver com o que eu realmente queria dizer, não era dessa conseqüência do comodismo que eu precisava desabafar. Mas infelizmente, eu não quero mais falar sobre o que ia falar. Desisti. Não vale a pena e eu sei que ninguém vai ler mesmo. Vou guardar meus pensamentos pra mim, como sempre faço, afinal, uma mente criminosa nunca revela o que realmente está pensando! E pode crer que minha mente é um dos piores filmes de serial-killers que eu já tenha ouvido falar. HAHA, pena que eu nunca tenha tido coragem de colocar em prática. Um dia, quem sabe... Brincadeira! Não se preocupe você nunca fez parte dos meus filmes, a não ser que você seja quem eu não quero que você seja...
Tô exausta de construir e demolir fantasias. não quero me encantar com ninguém, parei de me importar com o que pensam sobre mim e passei a me importar com o que eu penso sobre mim. fiz isso porque quero ser feliz, sem dar a mínima para o que acham, pensam ou falam que sou. pois isso, definitivamente, não me define. quero mais realismo e não excesso de simpatias, superficialidades, sociais forçadas, modinhas enjoativas, gostos padronizados ou atitudes dissimuladas. quero o autêntico da vida. quero viver a essência das coisas, desperte-me borboletas na barriga! surpreenda-me, instigue-me, impressione-me! mas faça isso com sua essência, seja crítico, fuja do discurso comum. duvide das verdades absolutas. questione. mude. recicle-se. vá além da superficialidade. Seja diferente!
Nós humanos somos seres estranhos. Nunca estamos felizes com nada. Vivemos sempre buscando algo que não temos, e o que temos já não nos importa. Algo como: a felicidade está em um patamar acima do nosso e estamos sempre a buscá-la. Enfim, por mais que tenhamos bens, saúde, uma família, sempre falta algo. Que seja algo distante, que seja impossível, pois será isso que iremos desejar, ainda que o que precisamos, de fato, esteja ao alcance de nossas mãos. Carros, casas, bens, dinheiro, dinheiro. Seria essa a definição ideal de felicidade? Não sei, a resposta não é tão simples. Talvez a felicidade não se resuma nessas coisas, em bens materias, embora estas coisas ajudem muito. Talvez, as coisas mais valiosas que temos, por mais démodé que seja, são amores. Não amores carnais apenas, paixões, mas sim amores, amores pelo simples viver, do amanhecer de um dia, de uma vida envolta de prazeres simplórios, e que não são necessariamente relacionados a dinheiro. Tá, reconheço que isso é filosófico demais, mas é realidade. Afinal, a vida deve ser encarada como um simplicidade impressionante, porque a vida é mesmo complexa. Mas é difícil ver simplicidade na vida, porque, aliás, a felicidade é, além de tudo, complexa. Quando criança, eu queria ser adulto, mas por que cargas d’água hoje eu gostaria de ser criança? Por que sentimos falta daquilo que tivemos, e que sempre desejamos descartar?Afinal, o que te faz feliz? O que nos faz feliz? O que é ser feliz? Talvez seja a esperança de saber que o amanhã poderá ser melhor, e é por isso que batalhamos hoje. É, talvez ser feliz seja isso: viver o que temos pra viver da maneira que podemos.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Pense e acredite naquilo que é melhor pra você , liberte toda tristeza que sente , aprenda a ouvir os outros , aceite a vida como ela é . Chore sempre , pois cada lágrima é um desabafo . Seja você , observe , olhe , abuse , batalhe , lute pela pessoa que ama , faça o melhor pra você , esqueça simplesmente o que passou , procure acordar de bem com a vida , desfaça daquilo que não tem jeito , caminhe , assim você encontrará o seu caminho !
aprenda a enxergar que você não é tão importante. você faz parte de uma sociedade, não domina ela. você convive com outros iguais. você não é melhor do que ninguém. aprenda a respeitar, e só assim você terá respeito. esquecer o passado de glórias é saudável, até porque hoje, você pode ser ninguém. revise o conteúdo de sua arte. nela você pode encontrar a resposta para seus próprios problemas.agora, se você acha que é Deus, eu só tenho a lamentar por sua vida ser tão pequena. e não esqueça: somos todos iguais.
Sou confusão e gritaria, e ao mesmo tempo, todo o silêncio do mundo. Sou a ansiedade de um desejo sendo realizado, e o medo incontrolável de tudo dar errado – de novo. Sou a preguiça de um domingo a tarde, e a euforia de uma sexta a noite. Sou a vontade de abrir a geladeira, e angustia de ter engordado. Sou um doce sorriso, e uma lágrima quase salgada. Sou uma canção de amor cantada por alguém desafinado. Consegue ouvir?
Sou o que sou agora mas às vezes me pego pensando no passado, e vejo o quanto mudei. O quanto eu fui, e o quanto dexei de ser. E vejo nas marcas deixadas pela parede, tudo que hoje mais odeio em alguém. O destino me deixou do avesso, e agora não sei se é mesmo eu quem estou errada. Deve ser.
No fim das contas, tem algumas coisas que você apenas não consegue não falar. Algumas coisas nós não queremos ouvir, e outras coisas que falamos por não conseguirmos mais nos silenciar. Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você diz porque não tem outra escolha. Algumas coisas você guarda só pra si. E, não muito frequentemente, mas de vez em quando, algumas coisas simplesmente falam por elas mesmas.
Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!
O Contrário do Amor
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Dizem que um amor de verão acaba, mas às vezes o que começa com algo pequeno,
pode levar a algo real. Uma simples viagem à praia pode ser o preciso para limpar
nossa cabeça e abrir nosso coração. E escrever um novo final para uma antiga história.
Tem aqueles que são queimados pelo calor. Eles só querem esquecer e começar de novo. Enquanto têm outros que querem que cada momento dure para sempre. Mas todos concordam em uma coisa. Bronzeamentos desaparecem, clareamentos escurecem, e todos ficam de saco cheio de areia em nossos sapatos. Mas o fim do verão é o começo de uma nova estação, então, nos encontramos olhando para o futuro. Você ainda não viu nada.
Não se deixe abater pela tristeza. Todas as dores terminam.
Aguarde que o Tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio.
A ação do Tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo,
aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão.
Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação que necessita.
Prefiro os mais silenciosos, os que abrem a boca de menos, os mais serenos e mais perigosos. Aqueles que ninguém define e que sempre analisam os fatos por um novo enfoque. Prefiro os que têm estoque aos que deixam tudo à mostra na vitrine...
Não morro de amores por pessoas sem mistério, quando se é muito transparente, muito risonho e educado é raro ser levado a sério.
E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói.