Coleção pessoal de lutadeus
Exílio...
E a falta de amor misturada com paixões termináveis; me fez escolher o exílio.
O calor do meu corpo misturado com o sol que me castigava e a noite que congelava minha alma se tornou rotina sem saudade de camas vazias.
Caminhei as vezes com vontade de cair, mas havia dentro de mim a vontade de uma verdade, não a que eu dizia; mas uma que eu sabia que encontraria.
No exílio o coração de sonhos se tornou coração de pedra.
No exílio desejos foram escondidos e sonhos destruídos.
No exílio eu caminhava de cabeça baixa com medo de olhar para trás e não olhava para cima pois não queria me entregar a beleza das estrelas.
Sempre em frente, apenas seguindo sem nada para procurar, desejando apenas ser encontrado, o tempo passava, minutos eram séculos de espera.
E assim eu caminhava.
E no caminho tropecei e fui ao chão, meu corpo pedia para que ali eu ficasse, o meu coração de pedra que em cada batida me massacrava, parou.
E com o rosto ao chão virado para o lado, contemplei beleza que não havia visto quando meus olhos focavam o chão e com um único suspiro desejei o fim do exílio, musica nova se fez e coração de pedra explodiu em emoção, minha alma congelada foi derretida por lagrimas de sonhos que apareciam e me levavam a um novo caminho onde as estrelas sussurram seu nome...
Eu me perdi.
Caminhei numa estrada que nunca conheci.
Contemplei paisagens.
Escutei belas musicas.
Conheci em fim a beleza da vida.
Eu estava tão perdido e ao mesmo tempo grato por ter um motivo para viver.
O sol me aquecia.
A lua me aconselhava.
E todas as estrelas me seduziam.
Porem sem eu querer e desejar veio o vento me dizer que solidão não me pertencia.
Sem eu querer o vento me trouxe outra opção.
Então eu chorei.
Chorei por que havia sido encontrado, desejado e amado.
Então eu vivi momentos inesquecíveis.
Vesti-me e caminhei novamente na estrada de um amor verdadeiro.
E foi belo, imaginável.
Porem.
O vento que me apresentou tal caminho retornou em forma de tempestade.
O mesmo me disse que se arrependeu.
Pois o sol, a lua e todas as estrelas que me pertencem estavam sós.
Eu de forma indiscutível me reneguei a voltar para aqueles que me acalentavam.
Minha opção absoluta e inegociável, me fez sonhar e continuar a amar.
E assim foi feito.
Eu continuei a viver.
Eu continuei a sorrir.
Eu amei, eu fui amado.
Eu desejei e fui desejado.
Celebrei e comemorei a verdade absoluta de que eu apreendi amar e ser amado.
Mas....
Numa noite qualquer sem querer olhei para o céu.
E contemplei uma estrela que estava caindo.
Minha alma chorou.
E escutei a lua me dizendo que minhas lagrimas seriam secadas pelo o sol que me iria entregar a verdade que o vento não me revelou.
Que as palavras de um poeta são pesadas para serem carregadas...
.....
..
Tadeu
Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, "Não bate! Vira a maçaneta e puxa!", ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a geladeira, "Pensa antes no que você quer, depois abre!". Quando ela dirigia, ele ia cantando as marchas, feito um técnico no banco de reservas: "Quarta!", "Terceira!", "Quinta! Oitenta! Bota a quinta!". Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos como um Waze contrariado: "Por que cê tá subindo a Augusta?! Pega a Nove de Julho!". "Não, Rebouças não! Rebouças nunca! Vai pela Gabriel!". No dia em que discutiram feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica -"Por cima! Todo mundo sabe! Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!" versus "Por baixo! É uma dedada só, puft!"- decidiram que era preciso diminuir a convivência.
Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona, em vez de dividirem o sofá. Às terças, ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. E, quanto às mexericas, bem, continuavam irredutíveis.
Decidiram, então, dormir em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um prum lado do corredor. Ele via a série dele, ela via a série dela. Em algumas noites, até, viam a mesma série, mas cada um dando pause quando quisesse, botando legenda na língua que bem entendesse -antes, ela sempre queria pôr em inglês, "pra praticar", ele sempre queria pôr em português, "pra entender": acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam. Ele precisava parar o carro atrás do dela, à noite, atravancando sua saída, de manhã?! E custava muito a ela botar o iPad dele pra carregar, depois de ler o jornal, vendo a bateria no vermelho?!
A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados, cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um tempo, mas -de novo- não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do restaurante. Na casa dele não tinha os cremes dela. Na casa dela não tinha as lentes dele.
Um belo dia, que de belo não teve nada, tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria algum incômodo, algum detalhe, alguma idiossincrasia de um a pinicar a paciência do outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.
Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas imaginassem um ao outro, amantes ideais, pairando no éter, num mundo sem marchas, sem Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes, sem lentes, sem carros atravancando a garagem e sem baterias de iPad avisando que resta apenas 10% da carga assim que o jornal acaba de ser baixado, seriam felizes para sempre.
Eu lutei.
Eu venci tantas batalhas.
Eu voltei para reclamar o que me pertencia.
Eu celebrei e me gabei de tudo o que conquistei.
De um simples exilado me tornei Rei.
Por onde eu caminhava sempre havia quem me tocava.
Por onde eu caminhava, sempre existia alguém que queria ser o que eu era.
Palavras era o que eu tinha.
Sonhos imagináveis me pertenciam.
Em minha testa uma coroa.
Meu titulo?
O grande poeta.
E assim eu caminhava.
Mas num dia qualquer.
O sol queimou meu corpo.
O vento sussurrou verdades.
E a lua me sentenciou o que o meu coração já temia:
- Poderá amar, será amado, mas o vento será seu carrasco e te roubara tudo o que com palavras conquistar...
....
...
Tadeu.
Para minha AMIGA MARISE BUSTO.
Em minha frente uma pagina em branco para expressar a minha alegria diante de mais uma vitoria sua.
Faltam-me palavras e me surgem momentos que talvez eu não consiga descrever.
Minha alma se alegra por saber que uma nova caminhada começa em sua bela vida.
Você não tem meu sangue, mas é minha irmã.
Não frequenta minha casa, mas é minha amiga.
Não me adotou, mas por muitas vezes agiu como minha Mãe.
Sou seu amigo de trabalho.
Sou um profissional que se rendeu a maneira singela da qual você realiza o seu.
No ambiente de trabalho revelamos o que somos e o que vejo em você é pura LUZ.
No ambiente de trabalho, rimos juntos, lutamos por nossos ideais com bravura e dividimos momentos tristes.
Sempre houve um bom dia, um até mais e o desejo verdadeiro de que tudo desse certo.
Celebrei momentos inesquecíveis ao seu lado, sorri com você pela vitoria de seus filhos assim como você sorriu com a de minha filha.
Cá entre nós, conheci muito de você, eu vi você defendendo a sua opinião eu vi você apreendendo e ensinando.
Amanhã a sua mesa já vazia talvez me traga um vazio, mas buscarei dentro de mim momentos que me fizerem admirar você e irei sorrir e sorrindo ficarei com a certeza de que a vida ainda tem sempre o melhor para oferecer para aquela que se permitiu ser o que hoje você é.
A inesquecível:
MARISE.
Sem mais.
Seu irmão, seu amigo o cara que você chama de gordo, o tal Tadeu.
Tempo.
Senhor absoluto de um tudo.
Que ele demore para que eu tenha mais tempo.
Pois quero sorrir e amar quase que eternamente.
Quero se possível que ele se congele nesse momento em que eu simplesmente me recordo de um tempo em que eu não me preocupava com o tempo.
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Tadeu
DESABAFO;
Hoje me sinto no direito de escrever o que meu coração sente.
Faz tempo que lagrimas não surgem do meu rosto.
Faz tempo que renunciei o dom de escrever para quem eu nunca conheci.
Chamavam-me de POETA.
E minha poesia corria por corações que tal poesia pertencia.
O sol, a lua, as estrelas, o vento, musica e palavras que surgiam com minhas lagrimas e sorrisos misturadas com essa mania doida de ser e continuar a sendo feliz.
Solidão me aquecia e me prevenia que eu não deveria amar.
Minha alma desejando momentos inesquecíveis.
E por muito tempo eu freqüentei camas frias e deixei meu calor.
Por muito tempo conversei com olhares distantes e tristes e deixei meu sorriso.
Eu de um jeito louco eu era solidão rodeado de muitas que apenas desejam minha doce poesia.
Num dia qualquer de uma noite inesquecível eu encontrei uma bela que me fez acreditar que tudo o que eu escrevia simplesmente pertencia a ela.
Rendi-me.
Entreguei-me.
Poesia se fez presente em carne e osso em minha vida.
Foi então que eu chorei.
Chorei, por que o sol, a lua, as estrelas, o vento, musica e palavras que surgiam com minhas lagrimas e sorrisos misturadas com essa mania doida de ser e continuar a sendo feliz foram substituídos pelo adeus de uma mentira.
Caído ao chão, sem poesia eu chorei um choro que ainda machuca meu coração.
No chão sem desejos eu senti uma bela chuva caindo sobre mim, me desejando vida.
Ajoelhei-me e deixei a bela chuva me trazer vida com a esperança de que dali eu me levantasse em paz em busca do que eu era.
Mas a chuva não parou.
Aproveitou-se que eu me encontrava no chão e se tornou uma tempestade me afogando e trazendo momentos que desejava esquecer.
Aprisionado pela chuva num vale de lama e entulhos sem esperança eu fiquei.
Mas para quem um dia permitiu-se ser um POETA tal grilhão não foi o bastante.
Levanto-me.
Vou sorrir.
Quero uma musica.
Quero e posso escrever sobre felicidade.
Quero e posso escrever sobre o amor.
Se um dia minha poesia chegar a seu coração, não se confunda e se possível não me aprisione, pois um poeta escreve o que deve ser escrito.
Mas cá entre-nos o poeta só consegue amar a sua própria poesia.
E a poesia de um poeta vive bem lá longe num lugar chamado vida e por mais longe que pareça, um poeta sempre chega ao seu destino contemplando o que existe de belo em seu caminho......
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Peregrino TADEU.
Planejar é preciso.
Sonhar é necessário.
Realizar é um desejo.
Mas viver sonhando é tudo de bom.
Eu posso ser feliz, eu quero ser feliz, eu vou continuar sendo feliz.
E se eu chorar, não se preocupe as lagrimas me dizem que ainda sinto que existem sonhos para serem realizados.
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Tadeu.
Hoje acordei.
Lembrei-me de um ontem que já se foi.
Fiz o que deveria fazer.
Eu vivi o meu hoje.
A noite já chegou e penso no meu amanhã.
Por isso a minha noite que ainda é meu hoje; vai ser de musica, sonhos, desejos e por não dizer com um copo na mão ao lado de que me quer bem.
O meu hoje foi feito de lagrimas, adeus, sonhos acabados, desejos, encontros e despedidas.
Desejo que o meu amanhã seja feito de encontros e que se possível que eu esteja lá vivendo um novo e belo dia onde o meu ontem vire apenas mais uma pagina escrita e vivida por mim.
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Peregrino TADEU.
Hoje é domingo.
O sol lá fora me entrega a certeza de um novo milagre.
Visitei quem eu amo, liguei para amigos e me sentei em um banco qualquer.
O vento chegando a meu rosto o canto de pássaros ao meu redor me entregou uma paz absoluta e eu chorei.
Chorei por que com essa paz a minha alma gritou que faltava algo que meu coração sempre desejou e procurou.
Minhas mãos enxugando rios de lagrimas e eu gritando para os céus o que me faltava já sabendo a reposta.
Levantei-me para continuar, pois a resposta envolve eu entregar meu coração para uma bela e viver por ela e com ela.
Novamente gritei e repreendi meu coração tolo.
Eu nunca mais vou sofrer.
Eu que sabia amar, eu que sabia desejar, eu que entreguei tudo para alguém que hoje é um nada que me assombra e me persegue me revelando que eu simplesmente escolhi a pessoa errada para entregar o que eu tinha de melhor, me tornando esse ser cheio de amor que tem medo de novamente acreditar e me entregar.
Sento-me e espero.
Sozinho, confuso, machucado, mas feliz.
Pois desejo um novo amanhecer.
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Peregrino.
Eu errei.
Vivi momentos, me apeguei num tempo distante.
Eu chorei.
E chorando me entreguei em outros braços.
Então sorri.
E entre sorrisos descobri que tudo é um nada.
E errei de novo.
Mas agora caminho sabendo que o meu erro é simplesmente a verdade absoluta de que posso e vou continuar a errar.
Pois meu erro foi saber onde quero chegar.....
Quero falar de um cara comum.
Rapaz de família, bonito e feliz.
Esse dito do qual me refiro encontrou do nada uma bela com sorriso lindo e pele macia.
Apaixonou-se e dessa paixão ele descobriu o verdadeiro amor.
Planos foram traçados desejos e sonho imaginável é o que tinha o tal rapaz.
Porém ele era um poeta.
E de poesia e poesia ele mantinha sua vida.
Porem a poesia dentro dele cresceu e atingiram outras que não era a que ele jurou amar.
Poeta burro se entregou e deixou a quem ele amava, pois sentia que tinha a necessidade de ser desejado, uma noite e ao amanhecer tal poeta sentiu que o que ele queria era amar, tarde demais o amor dele havia já rasgado retratos e despejado perfumes antes desejados.
Poeta do sol, da lua do vento e da chuva conheceu a solidão.
E a solidão do poeta era acompanhada por uma multidão que queria palavras e um pedaço do tal poesia escrita.
E o poeta chorou.
Chorou por que ele um dia conheceu o amor verdadeiro, chorou por que o que veio depois foram metades de algo que a ele não pertencia.
Mas num dia em que a lua se fazia presente tal poeta encontrou numa pequena algo que o preenchia, e sem pensar ele novamente voltou a sonhar.
Passagem comprada à espera no aeroporto daria uma poesia, mas calou-se o poeta, pois ele ganhou doces beijos e a palavra de que ele era tudo que a tal pequena procurava.
E viveu tal poeta uma nova poesia.
Porém, houve uma despedida e a promessa de uma vida juntos.
Em sua cama que ainda tinha o cheiro dela o poeta fez planos.
Tudo estava certo, poeta se decidiu a renunciar o desejo de ser aplaudido e desejado ele decidiu ser amado e voltar a amar, em seu celular momentos registrados, momentos únicos capturados em fotos, e ele postou como sendo sua mais bela poesia....
Foi ai que o poeta chorou.
Em uma conversa privada outra bela me disse que a mulher que eu amava era casada.
Meu mundo caiu, não acreditei e liguei e ela me disse que realmente era verdade mas que estava disposta a largar tudo por mim.
Indignei-me e chorei.
Eu que havia um dia deixado um coração partido, me vi com o meu endurecido.
Amaldiçoei toda a poesia e me fiz um não poeta.
Segui em frente calculista e dono da razão.
Na cama que antes eu sonhava se deitaram tantas que me desejavam, mas nenhuma delas criou desejos de poesia.
Hoje para mim mais um dia sem poesia resolvo arrumar caixas antigas e me deparo com a foto de uma bela que merece minha poesia.....
.......
TADEU
Num tempo distante eu quis mudar o mundo.
Eu lutei por causas e idéias que acreditei.
Eu fui feliz.
Eu quis ser feliz.
Eu acreditei.
E acreditando me vi só.
Num tempo distante eu deixei de acreditar num mundo de muitos e criei meu próprio mundo.
Mas meu mundo era sem cor e vazio.
E sem eu querer havia uma solidão que não me deixava.
E eu chorei.
E chorando percebi que não poderia viver num mundo só meu.
Tornei-me um visitante no mundo de muitos.
E decidi que seria diferente.
E nunca mais deixaria alguém ferir meu coração.
Mas não foi diferente e novamente me vi só e com o coração machucado.
Rapidamente voltei ao meu mundo criado por mim desejando novamente ser abraçado pela solidão que antes me acompanhava, mas chegando lá descobri que meu mundo havia sido invadido por poesias, musicas e sonhos imagináveis.
Quis eu ir a guerra.
Armei-me e decidi reivindicar o que me pertencia.
Mas chegando perto de tais invasores eles me saudaram e proclamaram que eles estavam ali por mim.
E eu chorei, não de tristeza, mas de alegria, pois meu mundo tinha cor e já não era mais vazio, pois poesia e musica me mostrava bela vida e sonhos imagináveis me apresentavam uma bela e doce vida.
E decidi para sempre ser simplesmente feliz...
Que um poeta sinta a poesia que brota da alma e sem aplausos ele saiba que simplesmente tal mal poesia foi escrita e foi recebida com choro e alegria.
Que ele entenda que a tal poesia a ele nunca pertencia....
Quando poesia preenche o vazio de um coração vazio.
Cabe ao poeta renunciar.
Ele deve apenas continuar sendo ele mesmo.
Um poeta não pode dizer:
-Eu escrevi para você.
Digo isso por que poesia não pertence a ninguém.
Um poeta deve criar uma barreira entre ele e sonhos descritos em tais poesias.
Pois tais sonhos foram construídos por alegria ou tristezas passageiras.
Digo isso, pois um “oi’ de um poeta transforma um dia de chuva e frio no mais perfeito dia.
Ou, um dia de sol num dia de tempestade.
Um poeta pode mudar uma vida.
Um poeta tem a “maldição” de enxergar beleza na tristeza.
Um poeta é espirado e pirado
Um poeta tem um copo na mão.
Um poeta não pode e não deve ter aquela que ama sua poesia
Pois por mais que ele tente sempre existira outra.
Quando digo outra é que estou falando de palavras escritas ou ditas em nome de uma bela e nova poesia criada em um momento de nostalgia.
Um poeta não sabe amar.
Pois ele apreendeu amar tudo e ao mesmo tempo um nada.
E por incrível que pareça o nada que o poeta ama é um tudo que preenche qualquer coração vazio.
Ensine-me a não ser poeta.
Tire de mim essa necessidade de ver beleza no mundo.
Diga-me que você é minha poesia.
Ensine-me a não escutar o vento.
Ensine-me a não olhar para as estrelas.
Seja você a poesia que eu sempre quis escrever.
Seja eu a poesia verdadeira em seu coração.
E por favor quando chegar, não traga lagrimas, não me diga que me amou pelo meu olhar e por minhas palavras, apenas me encontre e diga que vamos caminhar juntos num mundo onde o caminho é feito de escolhas......
E por que eu não posso tentar o impossível?
Afinal o que é possível hoje, ontem era quase impossível.
Posso tudo naquele que me fortalece.
E caso eu não consiga eu ainda terei forças para tentar novamente. — se sentindo muito feliz.
Eu não te conheço por completo.
Eu vejo suas postagens.
Vejo momentos que você compartilha.
Sei que a distancia é enorme.
Te adiciono.
Você me adiciona.
Sei que nunca apertaremos as mãos.
Sei que não poderei emprestar meu ombro amigo e enxugar suas lagrimas dizendo que vai dar tudo certo.
Sei também que você pensa e muitas vezes discorda de mim.
Musica, poemas, desejos, fatos e o que temos quase em comum.
Uma boa noite, um bom dia, um feliz aniversario, uma mensagem de paz e por que não dizer uma verdade que só você sabe.
Cada um de tem sua vida, mas aos poucos estamos deixando um pouco da nossa própria vida com o intuito de poder e ter alguém que não nós rotule, que não nós julgue, que simplesmente sinta que conseguimos vencer distancias para expressar o que a nossa alma sente....
Eu gritei pelo nome dela.
E ela novamente me encontrou.
Me abraçou e sussurrou que me esperava.
Contei que tentei amar, que fui amado e ela sorriu.
Chorei e pedi desculpas e ela enxugou minhas lagrimas.
Me deitei e ela me abraçou me dizendo que eu fui feito para ela.
Sorri e meu sorriso se misturaram com minhas lagrimas.
Sonhos, desejos e planos jogados ao vento.
Uma verdade absoluta.
Eu pertenço à ela e ela me tem.
Me levanto.
Copo na mão.
Evito o espelho.
Minha verdade, meu sorriso, minha vida é ela.
Grito bem alto para o mundo o nome dela.
- Solidão......
Cansado de sofrer eu desisti.
Me sentei ao chão e chorei.
Minhas lagrimas eram meu sustento.
Meus olhos fechados não poderiam ver o que de belo existe.
Minha alma destroçada.
Meus sonhos jogados ao chão.
Meus desejos entregados em camas vazias.
Eu, perdido.
Eu, sozinho.
Incapaz de olhar no espelho.
O sol já vem.
Não tenho medo dele.
Tenho medo da noite que se achega para me dizer que estou sozinho e que me entrega estrelas que quase não posso tocar....
Eu não sou um príncipe.
Mais o meu desejo por uma princesa me fez escalar torres.
Eu não sou um guerreiro, mais o desejo por uma bela me fez matar dragões e bruxas.
Não sou um cavaleiro alado, mas defendi princesas.
Busquei o amor perfeito e não encontrei.
Dei por fim minha busca, desprezei e fiz chorar todas que queriam me amar.
Me tornei um mostro numa busca por beleza.
Me tornei alguém que não queria amar.
Fiquei só e frequentei camas vazias.
Desisti então.
Não procurei mais o amor pois escutei do próprio vento que eu não merecia tal gratidão.
O sol como castigo surrava meu rosto e a lua como juíza condenou meu coração.
Exilado, no chão, lagrimas me cairão e desejei uma unica solução.
Feito disse a lua dou por fim sua procura, que o sol venha e simplesmente se negue a te entregar um novo amanhecer.
Meu corpo cedeu, meus olhos fecharam e cai ao chão.
Momentos se fizeram presentes em meu pensamento.
Senti o ultimo folego de vida entrando sem razão e eu que esperava morte encontrei vida.
O vento que me chamou de ingrato, encontrou num lugar distante a princesa que eu sempre havia procurado e me concedeu vida para que ela me encontrasse e me ensinasse que amar se resume em ser amado.....