Coleção pessoal de Luizmarjr
Os outros são você fora de você. Seus problemas são você dentro de você. Suas decisões são os outros dentro de você.
Paixão é esperar fogos de artifício. Amar é lembrar que as estrelas não fazem barulho. Paixão é um não dito num espaço racional. Amar é um sim dito numa sala negativa. Amor não é só poesia e refrão. É também reconstrução de tudo o que foi demolido durante uma paixão irracional.
Melhor o provisório completo do que o permanente vazio. Melhor o merecer do que o aceitar. Melhor o caminho descoberto do que a trajetória imposta. Melhor o lado de dentro do que ir e não querer voltar. Melhor o pouco com brilho e verdade do que o muito que é fosco e mentiroso. Melhor a antipatia do que obviedades.
Os sentimentos são nosso refúgio e nossa certeza. Nossa intuição mais profunda. Mas o fato de sentirmos algo, não significa por si só que isso seja verdade.
É muito comum colocarmos a culpa em outros ou em algo sobrenatural para explicar as tragédias e dificuldades da vida. Mas a verdade é que nós mesmos somos sempre os responsáveis por elas. Nós somos os culpados. Somos nós que escolhemos.
Porque temos de confessar somente os nossos erros? Poderíamos ter a possibilidade de poder confessar também os nossos acertos, não acha?
Ninguém se apaixona por escolha, é por acaso. Ninguém se mantem apaixonado e passa a amar por acaso, é por esforço. E ninguém se desapaixona e deixa de amar por acaso, é por escolha que as circunstâncias nos apresentam na vida.
Quanto mais somos responsáveis pelas nossas escolhas, maior é o efeito do arrependimento. Por isso sempre procuramos alguém para nos dizer o que fazer.
A paixão é mimada, não aceita ter o espaço dividido dentro do coração. Invade, cega, ilude, constrói sua fortaleza e expulsa qualquer intenção de desviar atenções.
A paixão não mede consequências e os perigos até atingir o seu clímax. A partir daí ela retorna do céu olhando por ande pisa.
Geralmente quando devemos alguma coisa costumamos oferecer boas propostas como pagamento. Mas esse é o preço que nós colocamos. Nunca será percebido como suficiente pela pessoa que recebe.
Toda vez que um filho nos decepciona é como se decepcionássemos a nós mesmos. Um sentimento de culpa nos invade de tal forma que equilibra nosso conceito entre a punição e a proteção.
Mas não importa o quão rápido o nosso mundo gira. Uma pessoa parada, com os olhos fixos em nós, consegue ver perfeitamente o que se passa conosco de forma nítida.