Coleção pessoal de LuizahSR

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Contradição

Eu volto pra casa chorando, vou dormir chorando e acordo com a imensa tristeza de tanto pensar em você. Eu que não queria que ninguém mais fosse embora, agora só me sinto fraca por quebrar a promessa de nunca mais chorar por alguém. Minha vontade agora é dormir e não acordar pra essa realidade que frequentemente me assusta.
Tanto choro guardado gritando dentro de mim, e parece que a cada dia vai saindo com a água do chuveiro junto com a sujeira e todo o resto, mas continua aqui, gritando. E dói, porque parece que não vai passar, e dói, porque você nunca esteve aqui.
É triste ter que passar por você e fingir que não sinto mais nada. E ainda que seja sem resultado, venho te matando todos os dias da minha vida. Mas eu tenho vivido de conversas, momentos e sorrisos que nunca aconteceram.
Eu não quero que você leia esse texto, porque eu não quero que você me ache boba e patética, pois é exatamente isso que você acharia, porque enquanto eu estou desmoronando por você, a sua vida tem sido um verdadeiro conto de fadas com a sua princesinha de 15 anos de idade.
Ultimamente tenho respirado fundo, é isso que eu realmente venho fazendo, respirado fundo e tentando ser forte. Porque quando se vive de verdade nada é fácil, e se não tem sido fácil até agora é porque eu estou vivendo, de cara exposta para o mundo, quebrando as minhas pernas, me jogando em rios que eu não sei nadar, errando pra entender que não fazer nada tornam as coisas muito mais chatas e entediantes.
Ontem me peguei pensando que, apesar de todos apesares, eu nunca quero deixar de sentir. Meu Deus, que apesar de todas as minhas dores, o Senhor me permita o mais belo dos milagres: Acreditar.
Minha vontade ainda é chorar, chorar, chorar até que a dor e o choro não tenham mais tanta importância assim. E nem você. E como eu sou contraditória, e meu orgulho já não tem mais tanto poder sobre mim, eu fico se você me pedir e pra sempre se você quiser.

Minha vontade é chorar, chorar, chorar até que a dor e o choro não tenham mais tanta importância assim. E nem você.

Talvez seja cedo demais para eu te escrever um texto, mas só quero que você saiba como é bom te olhar, te admirar assim de pertinho, porque até então só tinha lhe visto pelo facebook. Meu Deus, como você é ainda mais lindo de perto, e ficaria tão bem do meu lado. Mas eu preciso me conter, porque talvez você nem saiba quem eu sou, eu estava tão diferente naquela foto. E por isso deixei o silencio tomar as rédeas da situação.
A verdade é que o silencio era meu escudo para evitar uma aproximação, mas o sentimento veio antes que eu quisesse lhe evitar. E no momento que você sorriu, meu medo foi aprisionado. E você estava ali, sozinho, parado na minha frente. Minha vontade era correr pra te abraçar e pedir que não me soltasse nunca mais. E me passou pela cabeça o quanto eu, você, o seu telescópio e o céu poderíamos ser absurdamente felizes juntos.
E quando eu vou ver, já estou pensando demais e escrevendo um texto pra você, como fiz com todos os outros que passaram pela minha vida. Mas eu queria que dessa vez desse certo, já cansei do prólogo e queria que você não fizesse parte dele, porque queria termina-lo e partir para o primeiro capitulo. Você não imagina, não tem ideia de o quanto tenho pensado em você. Talvez você nem venha a ler isso, mas eu queria deixar em palavras o quanto gosto de você. Não é amor, é só um gostar de uma pessoa diferente e que consegue aprisionar meus medos. E caso você leia, um convite para o meu primeiro capitulo.

Por mais clichê que pareça, eu sempre estarei com você.

E como todos os outro males, eu estou me livrando de você. Meus desejos eram maiores que o seus, meus sonhos estavam maiores do que eu mesma e eu não conseguia alcança-los.
Mas agora estou assim, ta vendo? Duma frieza só. Eu irônica, meu bem? Ah, não! Isso eu sempre fui, talvez agora eu esteja mais esperta, inteligente e madura o suficiente para escolher as pessoas que não me fazem feliz e tira-las da minha vida. E caso você não esteja mais aqui, talvez você tenha sido uma das minhas escolhas.

Só ele sabe me desarmar como nenhuma outra pessoa. Só ele consegue me ver de verdade, me sentir de verdade, me amar de verdade. Só pra ele eu revelei toda dor e frieza que eu escondia atrás daqueles sorrisos altos e falsos que usava como desculpa para mostrar que eu era feliz. Mas só ao lado dele eu pude ser.

Quantas vezes eu quis correr para os seus braços, ter dito o quanto te queria e sentido o calor do seu corpo junto ao meu. E se eu dissesse isso hoje, valeria à pena?

A primeira vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Mas para continuar lendo um livro, uma pagina após a outra deve ser virada.

Ele era tudo o que eu queria, em noites de inverno. E sempre.

Ela queria somente ele. Muito além do que ele a queria. Ela pensava em como conquistá-lo e ele pensava se hoje ficaria com ela ou com outras que pensava serem melhores. Ela se preocupava com ele. Ele ia cuidando de seu carro super potente. Ela o amava. Ele amava todas, menos a ela. Mas o tempo foi passando, e a mudança veio dela. Percebeu quem tinha que sair e quem nem deveria ter entrado em sua vida. E todos os dias ela conquistava a si própria e apagou todos os “ele” anteriores em seus textos. Agora simplesmente era ela, ela e ela. -E ele? -Ele quem?

Ele tem aquele jeito de Super-herói, que você sabe que sempre vai está por perto quando precisar. É como sempre que você estiver em apuros, ele aparecerá dizendo “Não se preocupa, irei te proteger!”

Desculpem-me pelos textos exageradamente melancólicos. É que eu precisava/preciso dividir essa dor que me faz sofrer exageradamente.

Eu voltei a escutar aquelas musicas tristes, chorar todas as noites quando percebia que o meu dia terminou sem você e, ainda pior, comecei a me odiar e amar todos os teus defeitos. Havia alguma coisa errada, tinha que ter algo de errado. Talvez o maior problema não fosse eu amar todos os teus defeitos, mas sim não me amar. Depois de tanto choro eu cheguei à conclusão que o problema era meu amor próprio, melhor dizendo, a falta dele. Ele não me amava e por isso eu não me amava também. Mas chega! Não aguento mais musica triste, filme triste, texto triste e nem essa vida melancólica que tenho levado. Eu vou fazer feliz quem eu nunca viveria sem: eu. E cuidar desse coração, por que não é a primeira vez que isso acontece, pode ser que nem seja a ultima.

Desistir agora, por quê? Menina, você chegou até aqui por algo que vale a pena. Não se decepcione se ate agora não deu certo, ninguém te disse que iria ser fácil! Desistir agora, pra quê? Make it all worthwhile!

Com certo tempo a gente se acostuma, vai levando, a gente vai vivendo. Por isso queira o bem, do contrario você se acostuma, vai levando, vai vivendo com aquilo que te faz mal.

A gente se encontra, perdemo-nos, nos encontramos de novo e tudo isso no acaso da vida. Mas quando for o momento certo, nos reencontraremos, e dessa vez não haverá partidas nem desencontros, e será segundo Vinicius de Moraes “Que não seja imortal (...) Mas que seja infinito enquanto dure.” Ou apenas será assim, como sempre foi, será como tiver que ser.

É estranho sentir falta de pessoas que nunca tivemos, nem se quer tocamos.

Ultimamente ando tao só, que os unicos romances que eu tenho vivenciado, sao os que eu escrevo.

O que verdadeiramente me assusta é perder a chance que me foi dada, não poder voltar atras e passar o resto da minha vida arrependida, pensando que poderia ter sido diferente.