Coleção pessoal de ludylora
Sou alvo dos meus piores monstros.Na maioria das vezes me deixando de lado para suprir a necessidade de outras pessoas.E em certos momentos,este ato de solidariedade se transforma num erro enfadonho,me obrigando a lutar contra mim mesma e abandonar qualquer forma de recuperação.
Eu tento tá?
Eu me levanto,saiu, brinco, brigo e até sorrio. Mais isso não comprova que eu esteja bem.
O meu medo de perder algumas pessoas,é pior do que a própria sensação de perda.Aos poucos a ansiedade me convence do pior e eu acabo me afastando delas,como um instinto de sobrevivência – pra eles.Sei que não suportaria ter que perdê-los.Mas no final eu acabo me perdendo,e isso faz toda a diferença.
Algumas vezes na sua vida você se depara com algumas situações um tanto inacreditáveis,ou no meu caso – dolorosas.O pior é que mesmo depois de passar por tantas situações dessas eu ainda não sei como devo agir ou se devo enfrentar.Se dói? Dói muito,chego a pensar que o mais certo a fazer é desistir,mais então eu continuo persistindo e de um modo ou de outro eu acabo conseguindo,por enquanto.Pois eu sei que depois vai aconteçer exatamente tudo de novo,e o pior, vai doer o dobro.
A sensação que tenho ás vezes é tão medonha que chego a acreditar que se eu olhar pra atrás irei me lamentar pelo resto dos meus dias.De fato,algo está sempre a me perseguir,sempre a me dizer do que eu sou e do que eu não sou capaz.É estranho,sinto medo , e a curiosidade sempre fica a espera de um deslize meu.Poderiam dizer que talvez eu tenha chegado ao meu limite,e que todas ás vezes que eu gritei sem pensar, chorei sem cessar,eram sinais de que a sanidade já não era mais companheira da minha mente.E o que fariam?Tenho medo da resposta, mais seja como for, francamente eu tenho que admitir que de certo modo, é até bom.Apesar de não seguir suas recomendações,quero dizer.No fundo é bom saber que eu não ando completamente sozinha.
Já se sentiu sendo cortada?
Não.Não dessa forma.Cortada por dentro quero dizer,dividida entre o real e o inimaginável.Foi o que aconteceu comigo,em pequenos pedacinhos,chegam a ser invisíveis a olho nu.São pedaços de mim,de tudo que um dia eu achei que fosse importante,pedaços pequenos para terem importância,mas grandes o suficiente para me fazerem sangrar.
E quando tudo pareçe estar errado?Quando você olha para todos os lados e percebe que está sozinho?Quando a sua única opção é apenas esperar?.Nada disso faz sentido,quanto mais tento mais complico,quanto mais acredito mais me decepciono.Talvez essa seja apenas uma fase - com pequenas complicações.Ou talvez essa seja a realidade,uma realidade antiga,que eu só consegui perceber agora.