Coleção pessoal de lucianeoo7
Monótonos sons de um violino que faz eco aos bosques solitários onde vagueio sem saber se acordo ou se e para sempre, sem saber para onde voltar ou para quem eu continuo temendo o obscuro mas me unindo a ele.
De tanta inspiração meus nervos convulsivos de agonia clamam por uma dose de ventura, minhas ilusões minha saudade e minha eternidade sucumbida.
Como a aurora da manhã o gosto do vinho glorioso o cheiro dos livros antigos, do salgado das lagrimas perdidas nas belas leituras melancólicas de Lamartine, Byron, Shakespeare.
As névoas puras que outra lua transborda tal beleza me fazem suspirar de dor e prazer profundo e neste instante me sentir venturosa na orquestra dos ventos sagrados e nocturnos.
Meu coração árido e insensível pulsa cansado, minhas tremulas mãos inquietas vertem doces verdades sabias, ouvindo selvagens arpas ao fundo derramo lágrimas.
Nem o reflexo do alumínio poderia ser mais belo em tons vermelhos, rasga profundas esperanças latentes e escorrem matizadas melancolias.
Todos os abismos abitam em mim, eles abitam a muitos anos e por vários já me perdi.
Eu calculei a profundidade do tempo e da dor, descobri desalentos.
Descobri a saudade que acalenta a memoria de meu ser, as profundezas do silencioso jubilo.
Triste do sonhador que acredita em um mundo ilusório, passageiro, triste do sonhador que nasce nele.
Sempre soube que era indiscutivelmente na solidão que podemos descobrir as grandes profundezes do ser, e nela que encontra-se o abismo do pensamento.
Quando olhamos para dentro de si, descobrimos um mundo novo de sentimentos e mais grandiosamente na imensa solidão percebemos a vasta falta de grandes esperanças.
Permitir isolar-se de tudo não e fácil para o mundo atual , poucos sabem a doçura e a amargura desta experiencia, mas a grande transformação que nos presenteia vale todo esforço.
Percebemos o que não nos faz realmente falta, e o que realmente precisamos acontece naturalmente.
Fecho meus olhos ao vento e sinto o frescor da noite bela, sinto tristezas profundas de um tempo sonhado na esperança, de um futuro vivido na saudade e no presente perdido.
E quando a noite vem triste, incensos perfumam minha sala, então brindo a vasta tempestade de lutos e saudades.
Meus amigos são poucos, meu mundo e vasto, a solidão e doce, os livros sempre foram minha melhor companhia.