Coleção pessoal de Lucasl
O chão sob meus pés
Já não é mais capaz de sustentar
As incertezas que me regem
Que me seguem
Seguem a própria vontade
E em mim insistem em ficar.
Da água ao vinho
A chuva que do céu cai
E vai seguindo, dizem
Minha alma lavar
Insisto também
Nas memórias, na caminho
Nesse redemoinho intitulado tristeza
Persisto em ficar.
Porque escrever?
Talvez seja porque
Ser, não sei mais
E crer a cada dia
Mais difícil tende a ficar.
E o vento que antes soprava em meu caminho
Junto a todos a quem tinha muito carinho
Foi-se embora
Decidiu me abandonar.
Uma hora todos vão embora
E o que sobra, são só memórias de um tempo bom.
De um tempo que eu desejava que parasse.
Uma hora todos vão embora, meu tudo vai embora
E eu só queria que pelo menos uma vez você ficasse.
As palavras são a salvação pra minha alma encarcerada em uma jaula de carne, dominada por um triste coração que em vão sentimentos tenta ter.
Esse coração somente o sofrer conheceu até o momento, sem alento, seu sofrimento só aumenta, e a cada dia uma nova tristeza experimenta.
Mas na pureza de versos escritos, encontro a luz no fim do túnel, e atrás dela me ponho a correr, e nesse triste coração um sentimento bom veio a crescer, a esperança de que um dia, possa essa jaula voltar a ser como uma criança, que logo após se machucar, com um pouco de carinho, recupera a confiança, e livre novamente se põe correr.
No que se firma o medo? o arrependimento? no ser? Ou no querer?
Queria eu ser algo relevante, a vida adiante tocar. Queria ser mais, algo além do nada, algo além de palavras impuras.
As juras e promessas a muito tempo feitas, me levam à um abismo sem fundo, onde a morte chega e te leva tão devagar e dolorosamente que te faz preferir a queda.
Me sinto só, um anjo caído, decadente agonizando, definhado.
Triste e sem esperança é minha vida, como a dor da partida, os raios de sol se foram deixando somente a escuridão, o vazio, e uma vida por um fio.
Olhe dentro dos meus olhos, e me
diga o que vê.
Sonhos? Um completo vazio? Ou a
esperança de um feliz alvorecer?
Se um dia puder eu ser, aquele que
a felicidade a sua vida pode trazer,
não me esconda, não fuja, me conte
seus sonhos e divida sua felicidade
comigo.
Seja o meu porto seguro, seja a
fonte de minha força, a vontade pra
nessa vida vencer.
Minha dor eu devo esquecer, o que
passou passou, quero apenas seguir,
poder livre pensar e sorrir, quando
em minha mente sua imagem surgir.
Acho que já aprendi o suficiente,
simplesmente por lutar contra o
destino.
Há quem acredite, há quem dele
duvide, não sei se é esse o nome,
não sei se tem endereço, mas tudo
que me trouxe até hoje finalmente
percebo, que foi só o que mereço.
Vou olhar pra frente e isso somente,
do passado, levo apenas a sabedoria
adquirida, e nesse caminho de
apenas ida, sigo , onde todos tem
que sentir a dor da partida, da
perda, triste história chamada, vida.
Sozinho em uma multidão, amarga e sem compaixão é a vida, solidão, a sina dos que somente não da vida recebem.
O triste saber, do querer e não poder, do ser e não parecer, amanhã ou agora, a hora, o minuto, eu disputo todos os dias pelo breve amanhã, e somente nisso não estou só.
Do pó vim, pro pó voltarei, e tirando uma ou duas exceções, nada mais serei, senão uma memória, pó de estrela, daquelas que nunca brilhou, apenas sonhou, mas nada além de um sonho impossível alcançou.
O que pra muitos é apenas escrever,
pra mim, é desabafar, evitar de vez
enlouquecer.
Quando eu crescer, muitas coisas
poderia ser, talvez músico, talvez
médico, talvez poeta, um aventureiro
das palavras, não; acho que não, o
tempo dirá.
Sonhar nunca fez mal, a não ser que
se prenda ao sonho e esqueça de
viver, são muitos detalhes a
descrever, ser ou não ser, viver é
complicado, um fluxo constante, um
vai e vem, acabo me tornando refém
da raiva, do desdém, amém, viro a
página, mais um capítulo enfim, um
louco ansioso em busca do dito, fim
Queria pensar sem que doesse, queria enxergar, além do real.
O abstrato, o surreal, a licença poética da vida.
A ferida que dói no universo, o verso o inverso.
A vida é óbvia, nascemos e na mesma hora começamos a morrer, cedemos sempre a fraqueza, por mais ridícula que seja
O desejo, o que vejo, almejo perder toda desconfiança, viver e tentar me surpreender com o que pra mim, é sempre óbvio, me lembro que esqueci de ser criança.
Sou apenas mais um louco, desejo pouco,
Mas sonho além do possível.
É incrível onde se pode ir sonhando, andando entre mares de possibilidades.
Descobrindo e criando verdades, triste é a realidade daqueles que não sonham, que não amam, que não se entregam.
A si próprio renega o ser que recusa amor;
Se entrega a uma vida escura, solitária, se entrega a dor.
Desejo apenas poder sempre sonhar, não quero muito, quero viver, aprender, escrever, música fazer.
Ser apenas eu mesmo, ser apenas um louco, mas que não desistiu de ser.
Escrevo, e sou escravo, as palavras fluem por minha cabeça em um ritmo enlouquecedor, talvez seja por isso que escrevo sobre dor, a rotina a monotonia me irrita, mas deveras o que posso fazer, sou escravo de minha pequenês que manifesta ser apenas por saber um ou dois versos bonitos escrever.
Isso já declarei em um verso ou dois.
Minha vida é tão vazia que sequer vida pode ser considera.
Ser apenas uma existência, uma passagem, só mais uma vida criada.
Deveras, minha vida é apenas uma estória Contada.
Um conto do ser triste que escrevia sobre viver e amar, sendo amado por poucos e nada ter vivido.
De que adianta escrever belos
versos, que falam de amor, dor
felicidade coisa e tal.
Se para o leitor é apenas um texto,
uma sequêncial de palavras tão
banal quanto o gesto de para o lado
olhar.
Palavras são apenas palavras se não
sabemos delas uma lição tirar,
aproveitar o que há de mais belo, o
que um simples verso tem a te
ensinar
Engraçado, imprevisível incerto, insensível.
O futuro, sempre passível à mudança, pras tristezas mesmo que menina, sempre há esperança.
Pro dito fim, um recomeço, sou, o que mereço.
Talvez seja eu frio, ou somente realista, não brinco de faz de conta, Deixo por conta, que aconteça, que seja, uma brincadeira, uma descoberta, pois apenas marionetas de acaso somos, fomos, um talvez no universo.
Eu sou um silêncio, a inércia do universo, o vácuo, reverso ao som, O que é o silêncio? Um milagre? Pra alguns um dom.
Posso ser tudo, mas sou um nada, sou um silêncio, nada além de uma possibilidade, complexo de entender, sou um nada, mas sou uma possibilidade, realidade abstrata, nada mais retrata senão a confusão, do nada, do silêncio. Sou um silêncio, sou algo, mesmo sendo nada.
Pensa-se viver, Pensa-se existir, diz-se sorrir.
Acho que o mundo não é real, é apenas um sonho desleal ao que quero sentir.
Querer, resume-se a isso, o mundo é uma grande nuvem de vontades, adversas e conflitantes.
Constante o querer, isso e aquilo, sonhei eu algo ser.
Mas o que? Algo além de uma mera passagem pelo universo.
O reverso às vontades das quais o mundo é feito.
É um defeito pensar assim? Talvez um pecado? Já senti-me envergonhado por minhas vontades, quero algo além de mim, além de uma vontade, ou apenas metade de algo.
Quero ser um motivo, quero ser uma nota, um som, o dom de escrever, aprendi que devo crescer, e o motivo enfim, o motivo de seu sorriso, isso eu quero ser...
Queria eu ser um verso, começo meio e fim, sem oposto, simples, reverso inexistente, sonhar com o momento em que seria eu lido, por alguem que ama ao amado, não seria exagerado dizer, amo você, entre um verso e outro, ou um simples acorde num poema cantado, seria eu música para os seus ouvidos, versos de alento pro coração sofrido, deprimido, reprimido por não poder abraçar aquele que te faz sonhar todas as noites com um futuro, lado a lado, queria eu, ser o motivo do seu riso, do olhar brilhante, a respiração ofegante ao ver aquilo que estava conectado com você, mesmo que centenas de vezes de ti distante...
Sonho eu pobre alma solitária, em um dia me encontrar, alguém como eu encontrar e sua companhia desfrutar.
Sonho eu alma que vaga, ter minha dívida com a vida paga, e por fim poder dizer, nasci, cresci, aprendi enfim vivi, e tudo valeu a pena alguém como eu nessa vida conheci.
Sonho eu ser comum, arrependimento algum comigo dessa vida levar, Quando pro sono eterno deitar, poder antes dizer, senhor Deus que estas no céu, obrigado por tão feliz vida me proporcionar, deixo em suas mãos meus troféus prometas para mim, de meus filhos cuidar, leve-me em paz, deito aqui agora em seus braços pra eternamente descansar.
Sonho eu ser amor, para aquela pessoa que Deus me preparou nunca decepcionar, ao seu lado viver, para ela todos os dias dizer, obrigado a por existir, e tanta felicidade me proporcionar, minha vida dedico a ti, eternamente vou te amar.
Tanta coisa a dizer
a pensar
A ser, a ler, escrever
Há tanta coisa a se fazer
Aventuras, alegrias e tristezas
Há tanta coisa a se viver.
Ser ou não ser
Que não seja só parecer
quero a exatidão de um ser.
Cada dia viver
Sonhar e lutar para os meus sonhos realizar
Dormir, acordar
Há muita coisa a se viver
Sonhar não custa
mas no momento é só o que posso fazer.
Viver o sonho
de dormir
e ao seu lado amanhecer.
Escrevo pras paredes, pro ar que respiro,
não dependo de algo ou alguém pra me expressar.
Escrevo porque escrever é amar, assim como dançar ou cantar.
Escrever é dizer aquilo q se sente, a arte de um poeta, mas não necessariamente amar.
Ser poeta não é amar, ser poeta, é escrever sobre aquilo que pensa-se ser o amor, pois ninguém nessa vida o desvendou...