Coleção pessoal de lapasssos

Encontrados 17 pensamentos na coleção de lapasssos

⁠Me entrego de corpo e alma, faço o meu melhor, uma dedicação exemplar, o que consigo suportar. Mais ainda tenho que lidar com o coração disparado em uma ansiedade sem fim. A expectativa que crio, que insisto em colocar em mim, um excesso de pressão, que tende a desabrochar pensamentos ruins. Começo a me autossabotar, apesar do meu progresso, penso que é impossível conquistar aquilo que tanto quero, e a sensação de inferioridade volta, surgindo para me amedrontar. A culpa não é minha e sim dos que não aguentaria um dia em meu lugar. Com isso há necessidade de fugir dos concelhos alheios. Não há nada mais sutil do que está sob a própria companhia. Por isso a solidão não me é repugnante e sim fonte de energias.

⁠Naquela noite, eu permiti que me destruísse,
Até minha alegria levaram, sem toque, sem libido, sem prazer de verdade
Eu continuo a me prostituir, todo santo dia
Eu me entrego, me deixo, me esqueço
Vendo meu corpo, como se fosse nada
Mesmo olhos se encheram de lágrimas,
O desencanto estava em meu olhar
Meu corpo se transformava em uma máquina de prazeres momentâneos: ejaculava, comia e dormia.
A rotina estava amargurada.
A frustração estáva enclausurada na futilidade
Pois ao invés de investir em seriedade
Me enterrei vivo
É que sobreviver, exige ter que submeter a satisfação dos interesses dos outros
Enquanto vou me esvaziando
Lentamente, pouco a pouco...

⁠Medo.
Tenho medo de mudar tanto e já não me lembrar de quem eu já fui
Tenho medo de finalmente ser eu, e querer voltar para quando eu não era
Tenho medo de ouvir coisas que não estou preparado para ouvir
Tenho medo de me permitir, me entregar de corpo e alma
Tenho medo de me frustrar por amores sem amor
Tenho medo de dar amor sem ser retribuído
Tenho medo de viver o que não é entendido
Tenho medo de ir e não conseguir retornar
Tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade
Tenho medo de ser inconstante e talvez imprevisível
Tenho medo da rotina, do cotidiano, da vida sem novidade
Tenho medo de morrer sem viver
Tenho medo de ser, como se “ser” fosse algo além de existir, mas não é

⁠Escrevo para ti, porque tu faz falta em mim

Me pergunto porque você partiu, éramos um belo ser singular em sua complexa magnitude. Com você eu nunca me senti só, pelo contrário me sentia acolhido, você tornava meus dias chuvosos em dias ensolarados, com você o café amargo se transformava em um chá de capim limão. Você partiu sem se despedir e me deixou um vazio, e o fato da sua partida me deixou abalado. O local que era teu está sendo ocupado por alguém que mal conheço, me pergunto quem o permitiu entrar e ocupar locais que não eram dele. Agora tentamos lindar com sua partida e com a chegada desse ser que ainda não consigo identificar o que ele quer.

⁠Não importe para onde eu vá
Você sempre está lá
Tento fugir de você
Mas me persegue
Corro para longe
Mas lá está você
Se subo o Everest
Eu te encontro
Se mergulho nas profundezas do oceano
Lá está você
Você me olha com
Desprezo, julgo e ira
É terrível conviver com você
Não suporto olhar pra você
Não quero mais dormir do seu lado
Por que me persegue?
Não te quero por perto
Não te quero em mim
Seria mais simples
Se você me esquecesse
Porque me culpa?
Não sou o mesmo do passado
Eu já lhe disse
Eu sou constância evolução
Já não sou mais o mesmo
Que um dia te olhou com compaixão
Por isso me culpa?
Por eu me entregar
Me permitir
Mas você não se importou
Agora me julga?
Me julga por que sou intenso?
Prefiro a minha intensidade
Do que o seu vazio
Por que sente raiva de mim?
Eu apenas decidi viver
Aquilo que tínhamos não era vida
E quando eu disse que iria parti
Você não teve medo de me perder
Você era imaturo
Não se permitia sentir
Mas se entrega e se perdia no escuro comigo
Mas agora nosso lance se apagou
Nunca imaginei que você
Me olharia todas as manhãs
De frente ao espelho
Com esses sentimentos por mim
Talvez esse seja o motivo
Pelo o qual eu te evito todos os dias
Você me diz coisas terríveis
Que não são fácies de tirar da cabeça
Você não me deixa dormir
Não me deixas em paz
Quando amanhece
Procuro algo para me completar
Algo que me faça te esquecer
Já não te suporto mais
Mas estou aprendendo lidar
Aprendendo conviver
Tenho que aceitar
que você faz parte de mim
E não adianta
Eu tentar te esquecer
Posso treinar te suportar
Mas sabendo que está ali
Me olhando e me julgando
Sei que você virá
Mas estarei alerta
Não vai me golpear de novo
Não vou cair de novo
Você não tem noção
Do quão forte
Nossas guerras tem me deixado
Certo, tem algumas que perco
Mas qual seria a graça se eu ganhasse todas?
Você já me disse que seu amor é condicional
O meu por você era incondicional
Quando me olhar de novo
Vai ver o que você perdeu
O que era teu
E você não soube aproveitar
Até logo, meu eu.

⁠De fato, eu quase morri, quando em um momento de euforia, que me levou a engolir todos os jugos sobre mim, eu abri mão de mim, eu engoli seco, foi um momento de extrema solidão, onde eu me vi só, com certeza eu estava sozinho naquele quarto, as batidas da alma eram ouvidas por todos, eu gritava em silencio na esperança de alguém me ouvir. Logo após ingerir uma grande quantidade de opressão, eu entrei em colapso, obviamente. Eu travei involuntariamente, vi as pessoas em meu redor correndo disparadamente, o medo estava em seus semblantes, ninguém soube o que aconteceu, ninguém ousou perguntar, mesmo que eu tentasse explicar, eles não iriam compreender, é além disso, além do que acontece nos dias corridos deles. Quanto travei, já não sentia meu eu, era como se minha essência tivesse morrido, fui levado ao um quarto, onde me falaram verdades dolorosas, mas essências. Quando eu me recuperei, meu eu me chamou para conversar, me disse os motivos pelos quais ocorreu desistência por parte dele, eu ouvi com cautela, não soube o que falar pra ele, apenas disse que as coisas vão melhorar, eu me achei muito superficial em falar que as coisas vão melhorar, isso é vago, não da certeza, mas acho que o confortou naquele momento. Estranho que mesmo depois de um mês, ainda o ouço lamentar por não ter completado a missão com êxito. Então eu me pego nesse dia 26, e penso o que seria de mim sem meu eu? Eu aguentaria viver sem ele? Acho que os próximos dais 26 não serão mais os mesmos, sempre irei lembrar daquele dia, onde quase perdi meu eu. Ele é diferente, estranho (mas estranho bom), divertido e engraçado. Acredito que seu eu tivesse permitido ele ficar mais vezes no controle do corpo, as coisas não teriam acontecido assim, seriamos um ser completo. Mas eu ainda não estou pronto para passar o controle para ele, sinto uma enorme ansiedade em só pensar no que pode acontecer com ele, esse mundo é malvado. Só vou permitir que ele viva quando eu sentir que é seguro para ele, enquanto isso, ele irá ficar guardado, trancado. Não a sete chaves, até porque ele já se apresentou para alguns, com minha permissão, é claro.

⁠Então você veio novamente
E eu me permiti sentir de novo
Mesmo eu já tendo dito
Que não iria me entregar novamente
Você me quer ou não?
Me diga, está pronto?
Quer realmente viver comigo?
Ou sou apenas a sua segunda opção?
Talvez o que a gente tem
Seja apenas ilusão momentânea
Algo que só acontece em horas vagas
É um equívoco você não saber quem é
Não lhe julgo, nem eu sei quem sou
Eu permiti você fazer parte da minha confusão
Vou te contar o que você faz comigo
Mas esteja certo que estará pronto para ouvir
Não quero me entregar novamente
Você me faz bem na hora
Mas fode com meu psicológico
É bom pra caraí, não vou negar
Mas não quero repetir
Certo que somos jovens
E não tem nada de errado
Mas talvez o errado
Seja a gente juntos
Separados vamos fluir melhor
Não é um término
Até porque não somos nada
Eu quero além do corpo
Quero uma conexão de alma
E isso com você não posso ter
Você foi o “quase” mais intenso
Que eu já tive.

⁠Quando te vi naquela tarde
Meus pensamentos se dissiparam
Quando te vi perdi o folego
Algo que julguei tão errado
Hoje me consome
Como chamas ardentes
Eu me entreguei de corpo e alma
Mas você brincou comigo
Tu me tinha em suas mãos
Em um despertar, tudo mudou
Já não sou mais seu
Até porque, eu nunca fui
Sabe? Eu estava vulnerável
Em um ato de adrenalina
Permiti sentir como ninguém
Mal sabia eu que você não sentia
Nem se quer demostrava algo
O meu amor por você sucumbiu
E quando finamente despertei
Observei que não passava de ilusão
O quão carente eu estava
Para me submeter a tal atos
Ah os seres humanos
Tão irracionais para falar de amor

⁠O que eu criei de nós, do que não vivemos, me faz pensar se realmente poderíamos ser o que eu inventei de nós?

⁠Sinto que sou como uma folha, aquela que desce junto a correnteza d’água, estou me deixando seguir. Sinto a água ao meu redor, ela me deixa mais leve, mas ao mesmo tempo tem força sobre meu corpo, não consigo sair dela, mas que eu tente, ela sempre vence. Talvez por isso parei de tentar, parei de criar expectativas em um novo, não estou nadando contra a correnteza e nem nadando a favor, apenas estou seguindo. Não me lembro como entrei nesse rio, só sei que já estou há muito tempo. A água simplesmente poderia sucumbir sobre meu corpo, mas a relutância, eu sinto.

É tão ruim sentir o peito apertando e querer sentir um abraço, mas o que fazer quando a única coisa que você tem é um travesseiro velho pra abraçar?

Eu que sempre disse que saudade é balela, estou sentido a mais do que nunca. Decisões são tomadas visando um futuro melhor: o topo da pirâmide. Mas a parte ruim desse plano são os degraus dessa pirâmide. A saudade é como flecha que atinge seu coração em cheio.

O vento soprou, e fez o menino lembrar de seu passado, um que ele já tinha colocado dentro da caixa, e escondido no quarto mais longe de sua casa, em um local que foi trancado a 7 cadeados, ele sabia que se eu olhasse pelo furo da fechadura ele passaria por dentro dela medo para abraçar a sua caixa, e não demorou muito para ele olhar.

É incrível com é fácil, colocar um sorriso no rosto e aperta o botão de tirar foto. É incrível como muitos vivem de aparências. É incrível como temos medos de contar o que nos deixa feliz. É incrível como tentamos ser parecer com alguém mais "popular". É triste saber, que há muitas pessoas vivendo com medo de serem elas mesmos, com medo do que as pessoas vão pensar delas. Viva a sua vida com liberdade, que você tem por direito.

Acordo, levanto sem ânimo, olho para as coisas ao meu redor, nada tem cor ou brilho, nada mais me surpreende, ando pelas ruas, com destinos já traçados, sem ânimo, sigo até meu ponto final, entro em casa, busco meu banho quente e durmo, e o ciclo volta a se repetir...
Só quero o fim dessa merda toda.

O desânimo está voltando aos poucos, sinto ele se aproximando lentamente, em breve ele irá me abraçar, e eu novamente serei engolido, até não sobrar mais nada de mim, vou deixar a alma gritar, uma hora ela vai cansar, e então quando ela se cansar, vou aproveito para tentar salvar o que restou de mim.

O futuro me assusta, não sei o que esperar, mesmo que todos gritam em meus ouvidos que eu não tenho que ter medo do novo, mas saca? Quem é de ferro? Quem aguenta tudo sem se abalar? Eu estou com medo do que vai vim pela frente, estou assustado, eu passo o dia dormindo e a noite acordado com medo, eu ando pela rua e nada mais me surpreende, tenho medo que isso dure para sempre. Eu quero ser melhor, eu quero estar contente, mas simplesmente não consigo. Isso aqui é um pedido de ajuda, alguém aí me ajuda!