Coleção pessoal de luanemilio
A despeito da infelicidade de alguns, a minha vida segue. Adoraria parar e me compadecer da tristeza alheia, mas tenho um compromisso marcado com a felicidade. Compromisso este, que você entre outras coisas só adiou. Por favor, não me odeie por tentar ser feliz, não se culpe por não ser o motivo da minha felicidade. Eu, tanto quanto você quis acreditar em um nós que já não existe. Em um nós que na verdade nunca existiu. Fui ser feliz, não me espere, não tenho hora pra voltar!
E por favor, corta essa de: "você não sabe amar". Não se aprende a amar, da mesma forma que se aprende a contar quantas laranjas João terá se perder 4 de suas 5 laranjas. O amor se manifesta ou não, simples assim. A forma como iremos lidar com ele pode variar, mas o momento em que ele irá surgir será sempre uma incógnita. O fato dele surgir em uma das partes, não implica que a outra tenha que necessáriamente desenvolver o mesmo sentimento. Até porque, o amor não se pega por osmose, ele não se clona e tampouco se cria em laboratório. Ele pode até ser multiplicado, dividido, alterado, mas isso ocorre de forma natural e o instrumento de mudança é o tempo.
A nós seres humanos coube a dificil missão de não complicar o que é simples e de não preencher com lacunas o que ja esta vazio. As pessoas se esquecem que vazios somados resultam em abismo, e sem perceber elas se perdem uma nas outras, em uma busca desesperada por sentimento, quando na verdade elas deveriam se encontrar.
[..]Vago por dias e noites como um verdadeiro romântico sem causa, existem muitos sentimentos e nenhum destinatário definido. Há tanta coisa a ser compartilhada que chega a ser pesado o fardo de carregar tudo isso sozinho. Ainda sim, continuo a sonhar e carrego comigo os meus sonhos e estes por sua vez me carregam aliviando um pouco o peso dessa tal realidade. [...]
Não, eu não sou o que deveria ser
Sou apenas o que o sobrou de um sonho
Desses que você nunca ousaria sonhar...
"Meu coração é uma porta giratória que vez ou outra trava me deixando preso, eu fico ali, tentando me livrar dos sentimentos que me impedem de seguir em frente.”
Esconde-Esconde
Ai me perguntaram: Você acredita no Amor? No que eu respondi: Acredito nele e ele em mim, mas vivemos em um eterno esconde-esconde, pois toda vez que o procuro, eu me perco um pouco e toda vez que ele me encontra eu me acho ainda que momentaneamente. E foi observando a lógica dessa brincadeira que eu parei de procurá-lo, não quero mais me perder, eu sei que se eu não dificultar as coisas, se eu não inventar de me esconder nos lugares mais difíceis, ele irá me encontrar, tão desprevenido quanto da primeira vez.
Vazios
Basicamente é o que acontece, as pessoas acabam não escrevendo para expressarem uma ideia ou sentimento, a maioria escreve apenas para completarem a linha. Existem tantas pessoas que falam, e tão poucas que têm o que dizer... Estamos tão acostumados a sentir algo, que quando não sentimos mais nada por ninguém, tentamos desesperadamente preencher o vazio com qualquer outra coisa. Tem gente até que prefere sentir dor, do que não sentir nada. O medo do vazio é tão grande que força as pessoas a se preencherem de coisas que elas não querem ou precisam. E assim, elas ficam cheias, cheias de roupas novas, cheias de indagações, cheias de si mesmas. Elas seguem, todas cheias de distrações que elas mesmas criaram para evitar ouvir o eco de seus pensamentos. Sentindo por vezes pena de si mesmas e esperando que os outros sintam o mesmo por elas, mas eles não sentem, pois eles estão ocupados demais se distraindo de seus próprios vazios.
"Engraçado como essas coisas que não fazem sentido conseguem ser as mesmas que acabam dando o sentido de nossas vidas."
Primeiros Passos
Não cabe a mim dizer: esta é a forma certa ou aquela é a forma errada de amar. Errado mesmo é não amar por medo de amar errado. A gente tenta acertar, tenta diminuir as chances de erros, tenta se preservar e acabamos errando por pensar demais no que na verdade deveria ser simplesmente sentido. E sabe qual é a pior parte disso tudo? É que a gente acredita que tem algum tipo de controle sobre o amor, mera ilusão... A gente tenta, tenta, tenta, tenta racionalizar o amor, mas ele sempre encontra uma forma de burlar as nossas armaduras e contrariar a lógica dos que um dia prometeram nunca mais amar. O amor, às vezes, parece aquelas crianças sapecas que a gente repreende após uma dessas molecagens achando que elas entenderam a lição, mas que cinco minutos depois já estão fazendo as mesmíssimas coisas. Só que o tempo do amor é diferente, até porque o amor não tem nenhum tipo de comprometimento com o tempo, ele transita entre o passado, presente e futuro de forma magistral, fazendo por vezes o passado ser presente nos corações daqueles que aprenderam a amar sozinho.
Talvez o amor seja como uma criança mesmo: ingênuo, sincero, teimoso e desastrado. É isso mesmo! D-E-S-A-S-T-R-A-D-O, igual àquelas crianças que aprenderam a andar há pouco tempo e vivem quebrando as coisas e se quebrando também. É que elas precisam de apoio e nem sempre escolhem o apoio certo. Sabe como é, né? Elas não fazem isso por mal, elas estão apenas aprendendo. E talvez o amor seja isso mesmo: um eterno aprendiz. A gente acha que já fez uma longa caminhada, quando na verdade estamos dando os nossos primeiros passos. Porque cada experiência é única e assim deve ser vivida. O amor é esta criança fantasiada de sentimento que mesmo sem ter a menor noção de certo ou errado vai crescendo dentro da gente sem que a gente possa o conter.
"O que difere o amor das crianças, é que nós podemos educar as crianças. O amor é indomável".