Coleção pessoal de loryandrade
Ficam violentos quando sentem raiva
Eu penso melhor quando sinto raiva
Essa minha doença, meu monólogo
Pra quem não sabe a diferença entre psicólogo e psiquiatra
E ficou pra contar historia um milhão de parada
Treta seria asfalto quente varias guia arrebentada
Aqui ninguém ta mais em casa catete é o piripaque
O que era beck virou crack e a juventude ta internada.
Mais a idade bate e a validade grita
Quem tem base sobe quem não tem se fode e fica
Neguinho queria a fita, bagulho bolado
Bike virou carro, que virou super mercado
Foi ontem, época de praça geral louco
Subconsciente grava imagem sangue e amigo morto
Mundo escroto que, amputa inocência a gente aceita
Sempre pacientemente o beco é sujo, estreito e torto
Começo num beck a brinca quando ainda ninguém
Visava nada alem de tinta e gataria
Água limpa no brejo tinha eu lembro irmão
Enxergava o paraíso chapadão jogando altinha
Saudade é foda a dor que fica perto peito aqui
Me divide pela metade a cada um que vi partir
Lembrei do sonho de fazer um funk bolado
Ganhar dinheiro há doidado um dia ser o dono do bairro
Não existe "não dá". já escolhi meu lado
To cuns maninho do lado rá cum fino apertado
Às vezes... a gente tem que atirar
Um tripulante ao mar pra salvar o destino do barco
Caguei pra sua faminha, pro seu status
Minha marra é pelo orgulho daquilo que faço
Persistir é pouco. é mais do mesmo
Persista ao extremo e aumente suas chances de êxito
Implacável como vento, eles são lento, rap né convento
Mente ligada, venenosa levada
Dizer isso hoje não estragará nada
Que já não esteja pobre a muito tempo
Eu e eu a sós, inimigo dos tira
Soltando a voz, calores e dores, em cada rima
E se toda vitória é forjada
Sejamos nós os autores da maior mentira
Tô na larica, tia, desce aquela empada
E um guaravita, fortalecendo a vagabundagem
Atividade máxima... ainda cedo dá
Pra resolver uns trampo pelo celular
Sem clone no microfone, pique tony montana
Na luta, ataque letal como uma abelha africana
Levada, espada insana, decepa puta à paisana
Cobrar quem ta devendo, igual máfia siciliana
Lobo se veste de ovelha, vacilão não me engana
Tiro o sono dos pipoca, igual coca boliviana
Mente vazia que lota a bilheteria
No mercado que premia poeta sem poesia
Espirito em sintonia na seda que sede a brisa
Compondo tema enquanto queimo o que os verme não legaliza