Coleção pessoal de log
Entretanto, não se pode um mundo assim, talvez jamais
se poderá um dia.
Enquanto existirem fanáticos, enquanto existirem regalias.
Enquanto existir pobreza, riqueza, centro e periferias
e essa mente demente insistente em ser indiferente,
só de meras palavras será a poesia.
Cara, se você que me lê
não está achando o mundo estranho,
tão estranho quanto o mundo estranho
é você.
Ah metal perene,
fruto aleatório dos
metais da Terra,
você cinza, você sóbrio
e o mundo tonto pela Guerra.
Se permita confundir, considere repensar. Somos todos instáveis e potencial, ainda que nos digam o contrário.
Seja mais (ou menos) que apenas o que desejam de você.
Seja o que você quiser ser.
Por que ler?
Porque a leitura nos permite ver coisas que não vemos,
aprender coisas que não sabemos,
sentir coisas que não sentimos,
recordar coisas que esquecemos,
perceber coisas que não percebemos.
Ler é, no fim das contas, recriar-se e, assim,
recriar o mundo.
Ler é um ato nobre de pura resistência.
"É no fechar dos dias
que me abrem ideias:
ideias diversas, ideias demais!
É Flauvertes,
Flauvertes fúgubres e aspirais.
Vem me vindo outros, poucos, incapazes
vão me saindo faíscas, fugazes, pontuais."
"E ela ainda me olha sem saber
que sua solidão fria em mim recria
a saudade de um dia poder dizer
que eu te sinto, que eu te quero
e você é pedra... sem perceber."
"Eu vou encarar a vida.
Eu vou encarar a despedida.
E, quer saber?
Que escolha há
senão marchar na luta
e enfrentar a lida?"
"Que o utópico quixotesco em nós,
o iludido que jamais desiste,
sonhe incansavelmente...
sonhe, porque a realidade existe."
"Todo dia é uma interpretação.
Todo dia é, então, você e nada mais.
É você e seus medos,
você e suas expectativas,
você e seus dilemas existenciais."