Coleção pessoal de LiviaSamara
Tive a ousadia de procurar detalhadamente, com extrema precisão, meticulosamente, onde tem mais seres com o seu nome... E olha que curioso, o maior número se converge aqui no Brasil, mais precisamente 21.736 "Alexandrinos" vagando por aí, mas a maioria deles não estão muito perto de você, somente alguns 284 que foram escolhidos entre cada grupo de 11.000 outros nomes. Mas a chances de notícias assim saírem em produção jornalística da BBC de 2014 são quase mínimas, mas não deixaremos de ter fé.
Somos tão singulares... Mesmo que haja 74 mil potenciais sósias para cada pessoa no mundo. Mas não com a mesma voz agradável, que preenche o espaço, não com esse abraço caloroso e leve, mãos hidratadas, sobrancelhas expressivas e não posso deixar de mencionar... portador de um tapete charmoso e confortável. (hahaha)
A cordialidade e a gentileza tornam você uma pessoa tão, mas tão agradável. Seu otimismo, entusiasmo visão amplificada das situações te fazem merecedor de admiração.
Não quero que viva na correria, só quando necessário. No mas, deixa o celular de lado, as redes sociais, os conteúdos da internet de um modo geral e vai tentar descobrir o cheiro das coisas ou fazer um bolo fitness de banana com canela, já tentei e não teve o final esperado.
Em falar nisso, já reparou no tamanho de uma formiga comparado ao nosso tamanho? tem um site muito bacana que fala sobre essas coisas, se chama "A Escala do Universo". E adivinha o que eu descobri? Que girafas são tão grandes que o único jeito de serem mortas por predadores é sendo empurradas para o lado, tipo aquele golpe que lhe dei antes de cair na cama (hahaha), já pode se considerar uma girafa agora!
Entretanto, somos parte desse mesmo reino, assim como as águas-vivas, baratas, piolhos, cachorros, entre outros, e devemos aceitar tal fato, não acha? Girafinha :)
Há lugares que nunca deixaram de ser barulhentos, eles te perseguem em quatro rodas. Aumentam o som pra poder conversar, não deveria ser o contrário?
Sabe, assim de olhinhos caídos todo capotado no moletom, calça jeans escura
Sabe, assim, na minha direção no preto\branco levando chuva
Um espetáculo desanimado
com a tristeza de teu ego.
Sabe, esse teu cordãozinho amarrado no pescoço
Tua barba por fazer
Trazer algo possível, um número de anos que uma pessoa conseguirá viver,
ou uma porção de expectativas por você.
Mas agora, sabe, parece dificultar a visão por essas lentes escuras dos óculos
Parece coberto demais, preso demais
Perto demais do teu gostar esburacado
Pois bem, meu amor, eu sei bem que não saberia o que fazer se um dia você quisesse vir
Ver, você podia me ver
Mas você não costuma andar pelas esquinas do meu bairro
Nem deslisa os dedos de frio nos postes de ponto de ônibus
Me diz, tu sabe amor? o cinza dos teus olhos, das mangas do teu moletom.
Eu já não sei mais, quer dizer, eu acho que sei.
Meu casaco ta todo molhado de ter tomado chuva só pra comprar um macarrão as 9 horas da manhã, e lembrei-me que não comprei outro casaco pra passar o inverno...
Ganhei um CD de natal, e adivinha? A música Trovoa, que um dia tu me mostrasse, tem nele...
Deitei-me mais cedo hoje, não pra dormir.
Liguei o computador, escolhi um filme pra assistir.
Era de uma garotinha muito linda de cabelos dourados encaracolado, ela cometeu um grande erro por vingança e durante toda a sua trajetória no filme, alguém a convence do contrário, que ela poderia sim fazer uma coisa boa. Nem que fosse para o orgulho de seu irmão caçula, Victor.
Foi um bom filme Annie.
Mas agora, deitada em minha cama desforrada, exatamente como eu gosto, eu senti uma vontade absurda de escrever alguma coisa, nem que fosse só um torpedo pra minha tia lá do interior da cidade, agradecer pelo bolo que ela nos enviou mais cedo pra comemorar o natal.
Ela nunca deixou passar uma data comemorativa, uma das poucas na família.
Minha mãe até comemoraria, se não fosse o seu pavio curto sempre a nos irritar.
Se não fosse os 20% de bateria no celular... maravilha então!
Bom não está, mas está razoável...
Tive problemas com minha mãe, minha tia ligando altas horas da noite pra me passar sermão sobre convivência na família. (Se tem uma coisa que eu odeio é pessoas me passando sermão)
Mas ainda tem o meu pai, que me faz me sentir melhor. Não, ele não faz sermão comigo. Ele faz o melhor e mais delicioso café da manhã, mesmo sendo o velho cuzcuz com ovo e uma xícara de café de todos os outros dias. E aquela velha conversa: "Como vai no trabalho? Estão lhe puxando muito o saco? Lembre-se de mais tarde guardar metade do seu salário no banco... é importante pros seus projetos futuros. Não esqueça de escovar os dentes antes de sair. "
Ele faz eu sentir fome. Ele sabe o que eu sempre precisei...
No caminho do trabalho encontro uma mulher andando apressada com uma sacola na mão.Ela olhou para mim e perguntou: " Está indo ao trabalho?", eu respondi que sim, e ela continuou: "Isso é bom, quando nós temos um trabalho passamos a ser reconhecida pela sociedade, pela família e pelo marido". (Acho que ela não tinha um trabalho) Depois ela começou a falar sobre seu sobrinho, que estava indo na casa dele levar a sacola, ela contava lembranças desse sobrinho com tanto amor... de quando ele era bem pequeno. E me fazia rir. Ela era muito engraçada, era apressada, era ex-esposa do meu tio. Que eu não reconhecera.
Chegando na esquina do trabalho, a garota que trabalhava no escritório vizinho, me esperava pra abrir a porta porque a porta do dela era muito mais emperrada que a minha, mas quase não consegui porque estava de havaianas. Ela segurou minhas coisas. Um livro,um carregador de celular e minha garrafinha d'água.
"Que livro é esse?"
"É um que eu comprei faz uns dias... "
"Você já começou a ler?"
"Só li três páginas"
Ela ficou olhando fixamente meu livro.
"Se você quiser posso te emprestar... "
"Não, pode ler primeiro, quando terminar você me empresta."
"Pode ler Jéssica, eu tenho outros em casa que ainda não li, fique tranquila. Pode levar."
"Está bem!"
"Ah, eu terminei de ler o Pequeno Príncipe, já ouviu falar?"
"Já, eu quero ler todos Lívia."
Me virei para a porta de onde trabalhava e tirei a chave do bolso. Abri, sentei na minha cadeira e liguei o computador.
Quando ele cair daqui de dentro, talvez eu não tenha mais ânimo para usá-lo... e guarde-o na dispensa.
Deixa pra lá, que eu não sei segurar uma conversa, a não ser que que eu fale sobre como as minhas espinhas ardem ou como eu detesto ouvir pessoas mastigarem comida perto de mim.
Hoje me bateu uma insônia, daquelas que só te visitam uma vez por semana, sabe? Estamos tomando café com biscoitos pra harmonizar o ambiente.
Você entra profundamente em minh'alma alcançando o fim do meu ser. Sabe o restinho do café na xícara, o mais adocicado e desejado?
E eis a verdade que me revela, VOCÊ é minha inspiração para escrever sobre reciprocidade.
Você é a reciprocidade!
A maturidade não veio pra mim com um um estalo, um ploft. Até achei que fosse um botão onde clicássemos. Assim como para o amor.
É loucura.
E isso não é só no amor, é na escolha entre amendoins cozidos ou natural, entre a preguiça e o exercício físico, entre fazer um curso de informática ou torrar uma grana numa câmera fotográfica...
Você precisa de gente que saiba amar, que seja generosa com teu amor. Sensível, doce feito amora que mancha nos dedos. Que sacode o seu sorriso e que não ficar remoendo palavras por horas... dias... semanas...
Deixe-me então, com minha apatia.
Nos faremos companhia.
Tenho certeza que vou adorar trocar uma xícara de chá com a minha arrogância.
Eu fui justa quando disse que você cativou uma parte de mim que outro jamais conseguiria.
Mas tudo bem. Eu posso estar aqui jogando palavras fora, mas sobre as poucas coisas(boas) que te disse não eram mentiras.
Mas não precisa guardá-las com você, não! Jogue tudo fora.
Não precisar guardar isso com você. Não precisa entender o meu pensamento "Limitado".
Toff é uma mistura de leite condensado e chocolate com pedaços de chocolate.
Uma delícia!
Quando pequena, tive um único cachorro, e ele se chamava Toff.
Foi o único cachorro que minha mãe quis cuidar, mas não por muito tempo, porque minha família e eu viemos pro nordeste. E o Toff ficou lá. Depois disso minha mãe nunca mais quis criar animais em casa. As poucas vezes que tentei trazer um, ela arrumou motivos pra tirar em menos de semanas.
Enfim, foi aí que conheci o sorvete, e é tão gostoso quanto a lembrança do meu cachorro, que escondia minha havaiana debaixo das roseiras e eu tinha que puxar com uma vareta velha.
Eu ainda vou ter um cachorro, de novo.
É que eu estava aqui discutindo com ela sobre o porquê te der em todas as salas um vaso com cacto.
E fui pesquisar na internet e dizia que cactos são considerados guardiões, por serem purificadores de ambientes.
Não é fantástico?
Ou pode ser que o decorador só goste de cactos mesmo.
Não sei, é supersticioso um pouco né? Ou não?
Ontem não dormir direito com tanto calor, teve um hora que não aguentei e sai correndo do quarto ofegante, com uma louca vontade de tacar a roupa fora e sair correndo no meio da madrugada nas ruas vazias e geladas.
Desliza sua língua dentro da minha boca e explore-a gentilmente, e deixe-me passar a minha ao redor da sua.
Não, sutiã incomoda. Sufoca meu coração.
Tire -os, por favor. E beije os caminhos por onde ele marcou. Empurrando pro cantinho os cabelos.
Prenda-se a mim.
Debaixo dos braços quentinhos do sul.