Coleção pessoal de Literato

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Órbita

Para cada erro consciente
Um perdão embriagado
Para cada perdão consciente
Um erro embriagado

Para cada erro embriagado
Um perdão consciente
Para cada erro consciente
Um perdão embriagado

O que ela queria mesmo era inimigos reais, um apenas que fosse. Os hipotéticos nunca foram suficientes. Concluiu que seria demasiado heroísmo lutar apenas contra si própria o tempo todo.

O tempo não passa. Nós é que passamos.

Deus é a Fé.

Acredito em vida antes da morte.

Um dia de ser caça o outro de caçar a dor.

Acepções

Tímido: pessoa que tem vergonha de si mesma.

Chato: pessoa que quer caber nos outros a qualquer custo.

Solitário: pessoa que se escraviza de si mesma.

Culpa: azia na cabeça.

Angústia: claustrofobia do coração.

Felicidade: saber lidar com a tristeza.

Tédio: o oco dando eco.

O problema dos livros didáticos é eles serem didáticos.

‎A verdade vos libertará, contanto que você a liberte primeiro.

Tropeçou tanto no caminho que acabou criando um novo jeito de andar.

Meu verso do avesso se vira sozinho.

Guarda-fogo

A ressaca veio antes do porre
As dores do parto da própria dor
Dizem que bebo pra me consolar
Mas a verdade é que bebo para perder o consolo

Sugerem igreja, terapia, namoradas
Mas a alma segue indiferente a essas morfinas espirituais
Não há cura para os poetas
E é uma pena
Não a falta de cura dos poetas, e
Sim o fato de não ser eu, um
Poeta

O problema de subestimar alguém é você estar certo.

Meu humor, meu jeito de esculpir com minhas cruzes.

Todos estamos apenas de passagem.
A maioria de nós apenas seguimos as pegadas que já estão na estrada
sem deixar nossas próprias.

Eu questiono muito Deus, por isso mesmo nossa fé é recíproca.

Se os meus olhos já me denunciaram, por que eu haveria de me manter em silêncio?
Se minhas palavras já te fazem margem, por que eu haveria de ser indireto?
Se minha procura já te indica como norte, por que eu haveria de andar no sentido oposto?
Se meu desejo é maior que os meus medos, por que eu haveria de domar minha ansiedade?
Se minha poesia já te escreve a caneta, por que eu haveria de insistir no lápis?
Se os meus lábios já supõem seus beijos, por que eu haveria de beijar outras bocas?
Se já regulei meus abraços, por que eu haveria de deixá-los frouxos?
Se já me mostrei desarmado, por que eu haveria de me manter em guarda?
Se já provei desembaraço, por que eu haveria de me mostrar inseguro?
Porque um flerte é como um tarja preta, no momento certo cura, no errado mata.

Insônia é acordar para a morte.

Tem sempre um acaso no meio do destino, ou tem sempre um destino no meio do acaso... .

Nunca falamos muito, acho que nunca falamos nada. E não sinto necessidade de começar agora. O que poderia dizer? Existem séculos e séculos de silêncio entre nós e, debaixo dos séculos do silêncio, ocultas lá no fundo, se calhar esquecidas, se calhar presentes, se calhar apagadas, se calhar vivas e a doerem-me, coisas que prefiro não transformar em palavras, coisas anteriores às palavras...