Coleção pessoal de lipodealcantara
Hoje minha princesinha, ou melhor, como havia dito antes, minha criancinha, agora é mulher, adulta.
Não vou mentir que não aparenta mudança alguma de ontem as 23:59 para 00:00, tudo igual, mas como é de praxe, "tudo muda"... Você já pode ser presa o.o
Bom, mas não é nisso que eu quero falar, nem vou te dar aquele básico parabéns, quero relembrar agora nossa história, tanto tempo que a gente se conhece que nem parece 6 anos, eu cresci junto a você, e você junto a mim, e espero que isso não mude, foram tantas brigas, chingamentos, caras e bocas, tantos risos, carinhos, beijos e amassos, nem dá pra lembrar todos.
Existem pessoas que a gente simplesmente não sabe viver sem, não é o seu caso, eu saberia viver sem, só não saberia ser feliz!
Quero te agradecer por me aturar todos esses anos e, por favor, não se esqueça de mim, nunca, seja sempre assim, completa, total, encantadora, cheia de luz, porque eu vou estar sempre responsável por você, minha eterna menina.
Minha menina mulher, que hoje está pronta pra voar.
PEDAÇOS DE MIM
Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante
Já
Tive noites maldormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.
Por que você ama quem você ama?
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.
Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Quem sou?!
Eu sou para cada pessoa aquilo que ela acha que eu sou, mas o que para mim importa é o que eu estou a procura de ser e isso eu ainda não sou.
Difícil é se descrever, fazer com que palavras definam quem você é, ou deixa de ser. Não acredito que eu seja ninguém de tão grande importância. Presumo que eu seja como qualquer um, com certos defeitos, porém acompanhada de qualidades. Posso ser constante, inconstante, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo. Em grande parte do tempo, sou previsível, admito. Mas o imprevisível me acompanha de perto, quando necessário. Consigo ser o bem e mau, o certo e o errado, a tristeza e a felicidade. Eu posso ser tudo, ou simplesmente nada. Talvez eu seja isso; uma porção de coisas.
Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre florestas e sombras de ilusão
Guiado por pequenos passos invisíveis de amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo pelas mãos delicadas de anjos
Reerguido, mais forte, redimido,
Anjos salvei
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei
Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
Forte, mesmo sem músculos,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”
Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
"Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei, eu sou o meu pico preferido, eu sou o renascido do acidente que escapei, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai, eu sou o que me recordo. Eu sou a saudade que sinto da minha mãe, a infância que me lembro, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro que li, a cena de rua que me arrancou lágrimas, eu sou o que choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisou, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que se juntam, eu sou o orgasmo, a gargalhada, o beijo, eu sou o que desnudo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá! Eu sou direitos que tenho, os deveres que me obrigam, eu sou a estrada por onde corre atrás, eu sou o que penso, eu sou o que faço e o que ninguém vê. Portanto, venha a mim com corpo, alma e falta de ar! Eu acredito é em suspiros, alegrias explosivas, amizades verdadeiras, olhares faiscantes; Em sorrisos que varrem qualquer tristeza e em abraços que trazem harmonia para a vida da gente..." "O tempo passa, e com ele as coisas também passam, outras permanecem, mas nunca do mesmo jeito, elas mudam, a vida muda; Tudo muda, o lugar não é o mesmo, as pessoas não são as mesmas, os sentimentos não são os mesmos, a situação é outra. Esse é o propósito da vida; Se viéssemos aqui pra ficar sempre do mesmo jeito, no mesmo lugar, não teria porque estar aqui. O tempo passa, coisas velhas se vão, coisas novas chegam, elas não vem com manual de instruções, a vida não pára, pra que possamos aprender a lidar com elas, temos que aprender durante a caminhada, muitas vezes, com os erros, nos machucando. Acertando ou errando, o importante é aprender, pois isso tudo é apenas uma preparação para os novos desafios que virão... Aceitar o passado e as circunstâncias da vida que não podemos mudar traz enorme alívio e a paz de espírito que procuramos tão intensamente. Devemos deixar o passado para trás. Cada dia é um novo começo. E a cada dia nós dá a oportunidade de olhar para frente com esperança, nos afastando dos vícios e de tudo aquilo que nos faz mal. Um poder maior me ajudou a encontrar um novo caminho para a minha vida. Esse poder está sempre conosco. Quando tememos enfrentar uma nova situação ou quando algo dá errado em nossa vida, podemos lançar mão dessa força maior para nos ajudar a dizer o que deve ser dito e fazer o que deve ser feito. Nosso poder superior está tão próximo de nós quanto nossa respiração. Ter consciência de sua presença nos fortalece a cada momento. "
Minha Culpa
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou?Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.