Coleção pessoal de linamarano

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⁠Como um naco de chocolate,
roda em sua boca até derreter,
a mulher chocolate roda na pista.
Ela roda, roda em torno de seu dorso.
Sua língua sorve o doce,
Ela sorve sua mente,
derretendo a razão.

⁠Era bela, era ela,
Seu sorriso,
Aquarela do entardecer.
Era bela bem assim calada.

Mas quando falava,
As palavras lhe condenavam,
à solidão.

⁠Meu celular, seguro mais que barra de chocolate. Dele espero tuas palavras doces, que há muito ficaram poucas, mas quando chegam, adoçam minha alma, pois te amo desde de antes de nascer.

Meu amor, meu chocolate, meu vício bendito e maldito, que me distrai das amarguras da vida, que me aquece nas finitas noites sem fim. No teu peito entorto meu pescoço, e indireito meu coração machucado que não desisite de ti.

⁠A Chocolatelência de Van Gogh

Só pela arte, poderia a mulher chocolate,
Posar para o mestre Van Gogh.
Imagine, um belo final de tarde à beira mar,
O sol ainda quente, derretendo o avatar.

A modelo, graciosamente, pingando sem graça, gotas de chocolate, sob o olhar de lince do pintor, pincelando cada gota, um verso, um suspiro, uma rima, abrindo a cortina, na tela molhada de leite e cacau, obra prima.

Apenas o sol espectador silencioso, de um encontro indecoroso, um milagre, onde o pintor e sua musa, sua admiradora, sua amante, é mera fantasia.

⁠Chocolate, minha essência,
Doce extravagância, pura indulgência,
Meu exagero, minha fantasia,
Prazer supremo, que alegria!

Veludo e brilho, és meu poder,
Luxúria intensa, meu renascer,
Balada eterna, infância perdida
Canção de amor, minha vida.

Lina Marano

⁠Não era Rapunzel, nem Cinderela, nem Chapeuzinho ...
Era Farfalla Blu, que vivia presa em seu quarto,
E sonhava debruçada na janela da sacada, com seu grande amor.
Sua mãe não era madrasta, nem bruxa ...
Era uma fada madrinha que queria protegê-la do mundo.
Mas, assim, cortava suas asas neon, tal qual foi ensinada.
Um dia, Farfalla Blu viu aquele homem dançando ...
Não era nem Príncipe, nem Lobo, era seu amor, e Farfalla dançou.
A mãe não gostou, mas Farfalla Blu escolheu o twist.
E no final, até a mãe dançou.

⁠A dança das cadeiras

Ciranda da vida, a dança das cadeiras,
Cada volta um ciclo, destino que desenrola.
A música soa, novos ritmos, novas brincadeiras,
E à cada parada, permanecer na dança, nos consola.

Na orquestra do tempo, novas melodias incluídas,
Cada reinício, um novo interesse, uma nova paixão,
Novos rostos, de velhas presenças desapercebidas.
Neste jogo de estar, uns ficam, outros se vão.

A cada parada, um adeus, uma despedida,
Como folhas que ao vento partem, vida após vida.
Mas há o encontro, na pausa, uma nova mão estendida,
Em cada assento vazio, uma história nova, uma ferida reaberta, uma ferida esquecida.

Assim gira a roda, na aproximação da distância,
A cada ciclo, a vida nos ensina a resiliência, a importância,
De saber dançar mesmo quando a música parece incerta,
Pois a cada volta, novo desafio, uma nova descoberta.

E quando a música finalmente parar, o que nos resta?
O eco dos passos, as memórias desta Festa.
Com suas perdas e ganhos, cada momento, uma chegada.
Na dança das cadeiras, da vida, o prêmio maior é a jornada.

⁠borboleta voa,
em cadência rápida
esvoaça e carrega
o olhar que enlaça

sussurra na brisa
o ritmo encanta
baila e desliza
desafia e levanta
poesia viva,
paira e flutua,
um ballet que motiva
de ousadia e punjança

entre fendas de luz,
ela se lança,
dança e avança
na ilusão que produz

(Ritmo de Borboletal

⁠A borboleta voa leve no seu mundo mágico, carregando sua bandeira de felicidade
Aprendeu a viver o amor,
E a Colecionar as memórias dos doces momentos

Guarda tudo numa caixinha de música
E sozinha, abre o coração em doces canções da mocidade.
Dança na arte, refúgio do seu ser,
Onde não há dor, solidão nem tormentos

Batendo as asas, a caixa se abre
E mergulhada no jardim de lembranças, revive os melhores momentos da vida
Em sua arte, não há solidão, apenas saudade
Entre flores e melodias, dança a borboleta, uma eterna miragem

⁠Pare de reclamar
Que partiram seu coração.
Triste é viver,
Sem saber que tinha um.
Viva. Ame.
E morra feliz .

Anjo caído

⁠Num reino de anjos sem luz
Ele carrega estranha cruz
Julgado por ser bom, qual paradoxo cruel,
Anjo caído do coração de mel

Com asas de pureza, desceu do céu,
Um anjo bom, julgado por réu.
Seu sorriso puro provocava aflição,
Mal compreendido, sorri em vão.

O halo manchado pelo desprezo cruel,
Sua gentileza vista como artifício de fel.
Chora o anjo, com tanta pirraça
Seu halo ofuscado por gente sem Graça.

Mas no peito do anjo reina bondade
Indiferente ao falatório
O anjo, caído pelo peso da crueldade,
Se fecha no purgatório
Do seu mundo de ilusão.

⁠Pessoas não tão boas se afastam de pessoas boas para não se sentirem tão más.

... A não ⁠ser que as possam usar de alguma forma!

⁠Quem não tendo ouro, encontra prata e não dá valor, não merece nem o bronze.

⁠Eram apenas sussurros,
Meias palavras que mal circulavam no ambiente
Quando seus olhares se cruzaram.
Ele sorriu e ela também.
Os indicadores se apontaram quase que simultaneamente,
E como por encanto,
Os sons ora abafados explodiram em seus ouvidos.
Mas de onde vinham?
Palavras se completando,
Sons do passado, sons do futuro,
Uma melodia nova mas familiar.
Eles não se conheciam,
Mas se reconheciam.
Quem eram? Como em um quebra cabeça, a peça que faltava para sentirem-se instigados a
Continuar ...
Continuar a buscar o sentido das palavras,
O sentido dos sentidos ...
Vontade de abraços,
Vontade de beijos...
Poesia, prosa e desejo.

Lina Marano
Guarujá, 3/09/2023

⁠Haverá por aí um bom homem, que não procure uma mulher misteriosa, mas uma mulher sedutora? pois o mistério acaba, mas a sedução pode ser eternam... um homem que não seja viciado em joguinhos de gato e rato, mas em ser feliz, em ser amado, porque o corpo envelhece, mas alma é imortal! Esse homem dá valor a uma mulher parecida sim com sua mãe, que lhe dá carinho e cuidados, mas também arrepios..que lhe dá beijinhos maternais e beijões apaixonados. Acredito que este homem esta por aí a minha espera, pois assim era meu pai com minha mãe, e não possível que ele fosse o único exemplar desse mundo.

⁠⁠Irresistível
É o que tu és
Escuro, Branco,
Doce ou amargo
Quem derrete quem?
Você na minha boca
Ou Eu aos teus pés?
Basta pensar em te ver
Sentir teu cheiro enebriante
Alucino
A primeira mordida me leva a segunda, terceira, quarta, quinta...
Quero tudo
Quero todo
Todos os sabores são bem vindos
Te caem bem
Bem em mim
Quero mais,
Quero sim
Duro, fundido,
Quente, frio
Meu vício mais antigo
Será também o último suspiro,
Meu chocolate.

⁠O Outono do teu Amor

Como quando chega o Outono,
O fim do teu amor foi se pronunciando devagar.
Como uma frente fria e outra vão mostrando a mudança da estação,
Você foi intercalando paixão e indiferença, a me preparar para o fim do Verão.
...eu achando que estava louca,
Mas o inverno foi mostrando a cauda,
e nossa cama voltando a ser apenas a cama fria,
Como a tantos invernos já esquecidos.
Sem querer acreditar naquela mudança de clima, eu pedia o teu enlace no meio da madrugada,
buscando no calor, na saudade do Verão, teu coração que ainda pulsava por mim.
Você me enlaçava no veranico do Outono,
mas o vento voltava a soprar uivando, e o sino furin avisava: MULHER O VERÃO VAI TERMINAR!
... tua insonia circadiana voltava a te virar pro outro lado, teu fuso defasado na culpa deste amor, o nosso leito desfeito já não era meu o teu peito.
E para deixar bem claro, todo o amor do Verão, você me trazia frutas,
As mais gostosas da estação, sem já poder entregar a tua alma.
... sem nada entender, mas era assim que tudo acontecia, eu voltando a ser ainda nada, no frio-vazio Inverno da minha vida.
Mas nesse processo custoso, amadureci na bucólica estação: no Outono se faz a colheita para aquecer o Inverno de lembranças e gratidão pela oportunidade que o Universo nos deu de viver esse grande amor, um pouco que foi muito, um Sol acima do sol.

É mais fácil dividir a cama que a cozinha.⁠

Difícil não é aceitar a morte, mas conviver com a ausência.

O nascimento é a SALVAÇÃO (da inexistência).