Coleção pessoal de LilianRod

Encontrados 9 pensamentos na coleção de LilianRod

Há uma maré que é baixa
Mas é no fundo do oceano
Que se acha
Guardado o seu conteúdo

Nos ares da vida voo
Quem fica não é e eu sou meu ONDE

Algo Mais (Walmir Palma) p/ Rosa Passos


Ouço sua voz,

De tão feliz levito

E o infinito

Cabe dentro de mim.

Basta sua voz

E nada em mim respira,

É como se Akira

Filmasse Areta e Elis.

É paz!

A gente nunca esquece.

É meio Elizete.

É Dalva tão feliz.

Na sua voz,

Toda canção é mantra,

É luz que Yogananda

Emana entre os mortais.

É cura. É néctar de rosa,

De dentro para fora,

É voz e algo mais!

Labirinto (Walmir Palma)


Como saber
O que fazer para entender
O que não posso descrever
Apenas sinto?

Tento dizer
Mas entre a língua e o querer
Cada palavra tende a ser
Um labirinto...

Falar de amor,
Como esquecer tamanha dor,
Fazer de conta que passou,
Mentir enfim?

Apenas sou
Mero poeta, um cantor.
Sei que Deus já lhe perdoou
Por mim

Entalhe (Walmir Palma)

Quando você me beijou
O céu se fez escarlate
Foi tão imenso o calor
Que o meu amor despertou
Do seu repouso de mármore

Quando você me deixou
Eu abracei uma árvore
Tamanho era meu amor
Que lá no tronco ficou
Meu coração feito entalhe

Essência (Walmir Rocha Palma)

Pudesse a voz
Numa só melodia
O que entende a visão revelar

Fosse ver apenas
O sentido dos olhos
Todo o canto então seria:

Traduzir
Cada voz/visão viver
E a essência do ser cantar

bs.:este poema foi musicado por Rosa Passos.

Risco corre quem deseja
E quem não corre
Se reprime a vida inteira
Trancado em seu próprio mundo

Recado (Walmir Palma)


Eu lhe dei a liberdade
De entender os meus segredos
Eu plantei sinceridade
No deserto dos seu medo

Um oásis para a sede
Tão febril de sentimentos
Sua fonte de prazeres
Onde flora o pensamento

Você leu a minha história
Nem foi ao final do livro
Guardo você na memória
Para sempre já não digo

Como é simples a verdade
Descobri a sensatez
Eu colhi felicidade
Você a perdeu de vez

A Nave (Walmir Palma) p/ Oscar Niemeyer


Eu vi o traço do arquiteto incontinente

Insustentável tal leveza e o gênio ousa

No coração da pátria enfim inconfidente

A liberdade sutilmente as asas pousa


Sonho conjunto que a memória perpetua

Planta- se o sempre nos elãs da geometria

Unem- se retas ao milênio que acentua

A esperança mais presente que tardia


Cumpre- se a curva equilibra- se a mandala

Na convergência consciente dos vetores

A nave voa na amplidão aterrissada

Sucumbe a farsa onde a razão fincou valores


A criação desnuda o pêndulo no plano

Fundem- se ali o artista e o esteta

Em desafio qual esfinge ao olho humano

Deus quando faz das suas mãos as do profeta