Coleção pessoal de lidiamaraalmeida31

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⁠Quando te vi, nada de especial surgiu,
Não havia lua brilhando, nem perfume no ar,
Eu não te notei, e você a mim também não,
Mas, entre nós, algo sutil floresceu,
Sem nome, sem razão, sem querer,
Algo que negamos, que calamos,
Um desejo não dito, mas que pairava.
Foi desejo? Talvez, ou talvez não,
Se você me quis, eu também quis,
Mas se nunca me quis, finjo que nunca te quis.

As horas passam, é madrugada,
Aniversários se acumulam, um após o outro,
E o silêncio entre nós cresce, ensurdecedor,
Meu esforço para te alcançar, em vão,
Ficou claro que não queres minha companhia.
Finjo estar bem, até o ser de fato,
E quem sabe, um dia, sentiras saudade,
Buscarás meu nome, e talvez,
Encontres estas palavras,
Te pergunte se são para ti,
Ou pense que há outra,
Mas a verdade é que foste única,
A única em anos que coloriu meus dias.
Mas que importância isso tem?

⁠No murmúrio sereno dos meus pensamentos,
Surge um mundo onde apenas você resplandece,
Decifrando o silêncio, em meio aos encantamentos,
Nesta vida, seria eu quem a ti obedecesse.

Sustentaria teus momentos de dor e inquietação,
Nas sombras, guiaria tua alma, segurando tua mão,
Seria o ser que em ti encontra a razão,
Aquele sonhado desde a infância, o coração.

Basta teu desejo, tua vontade definir,
Para que sejamos um, juntos a existir,
E assim, eu seria o teu alvorecer, o teu porvir,
Aquele que esperas, para contigo sorrir.

⁠Na flor da juventude, a voz da professora ressoava como um oráculo, semeando sabedoria em cada enigma que proferia. O primeiro aval de 10 pontos, um símbolo etéreo da perfeição, oferecido com generosidade, estava entrelaçado ao fio do esforço e da conduta.

Esse princípio, esculpido pelo tempo, tornou-se meu farol na travessia da vida. Em cada novo capítulo, em cada encontro humano, carreguei comigo essa métrica de perfeição, outrora concedida. No início de minha jornada profissional, fui agraciado com o selo da excelência, mas sabendo que sua permanência dependia do meu zelo e dedicação.

No vasto tecido de nossas relações, um sem-número de laços reflete esse padrão de excelência. Cercamo-nos daqueles que em nossas vidas pontuam com perfeição: parceiros, amigos, confidentes – todos portadores desse título nobre.

Mas, então, a questão inquietante surge: somos nós, de fato, merecedores desse mesmo veredito? Se o reflexo do meu ser encontrasse o espelho em outra alma, aspiraria eu a permanecer em seu círculo íntimo? A severa autoavaliação se impõe, exigindo-nos não apenas sustentar, mas também merecer o pedestal dos "10" que almejamos nas relações que cultivamos.

⁠E ela era a visão mais sublime que meus olhos já ousaram contemplar. Seu perfume, um bálsamo que acariciava minha alma, enquanto seu sorriso irradiava a essência do paraíso aqui na terra.

⁠Nas vielas estreitas, o destino traçou um amor proibido, que nunca se encontrou. Entre suspiros profundos, num suspiro cruel, nasceu a história de um amor impossível, fiel.

⁠Na rua deserta, um olhar se perdeu,
Um amor improvável, que jamais aconteceu.
Entre suspiros guardados, num sonho sem fim,
Nasceu a saudade de algo que não existiu, enfim.

⁠No silêncio dos suspiros, o encontro das almas se deu. Um elo de afeto, no peito, a brilhar,
Entretanto, a realidade, um compromisso meu,
Amar, mas não tocar, o destino a desafiar.

Nos olhares, o brilho de estrelas a se encontrar,
Num universo à parte, a cumplicidade a brotar,
O coração, dividido, sem querer magoar,
Um amor impossível, a se esquivar.

Leal ao pacto que jurei guardar,
Mas o coração não segue o contrato assinado,
Em outro mundo, um amor a navegar,
Amar, sem possuir, o destino desenhado.

Entre o dever e a paixão, um mar de indecisão,
Os sentimentos, um turbilhão a me atormentar,
Na sombra do segredo, vive a emoção,
Um amor proibido, difícil de aceitar.

Assim, no silêncio, guardo este querer,
Na poesia das estrelas, onde não posso alcançar,
Amar em pensamento, sem nunca pertencer,
Uma história não vivida, mas sempre a recordar.

⁠Em noites serenas, o amor se insinua,
Entre laços que o destino tece com ternura.
Na tela da vida, trama-se o enredo,
Um amor proibido, sentimento que arredo.

La dolce vita, onde o amor floresce,
Entre olhares que falam, mas o destino padece.
Amor inalcançável, como estrelas no céu,
Um amor sem réu.

"Amore impossibile", sussurra o coração,
Preso em um dilema, sem solução.
Palavras doces, como uma canção,
Embriagam a alma, causam comoção.

O tempo, implacável, tece sua teia,
Entre o que se quer e o que a vida anseia.
Dor e paixão, em um conflito latente,
Um amor impossível, silencioso e carente.

"Amore non corrisposto", ecoa a verdade,
No drama da vida, sem felicidade.
Entre amores entrelaçados na dor,
Persiste o impossível, mesmo com fervor.

Assim segue a história, um triste lamento,
Um amor que pulsa, porém sem alento.
Entre promessas e sonhos adiados,
Um amor impossível, eternizado.

⁠No vasto cosmo, onde estrelas brilham intensamente,
Nosso amor vive, mas é um sonho distante e carente.
Constelações testemunham nossa história proibida,
Em universos paralelos, nossa paixão escondida.

Entre galáxias, nosso destino se entrelaça,
Mas barreiras cósmicas separam nossa graça.
Na imensidão do espaço, o amor é uma quimera,
Um conto etéreo, ardente, porém, passageira primavera.