Coleção pessoal de LHG

Encontrados 9 pensamentos na coleção de LHG

Porque me ensinaram tão certo e eu faço tudo sempre tão desprovido de certezas, tudo tão cheio de erros.

A gente cresce e tropeça nos nossos defeitos, escancarados pelo mundo a nossa frente. Bate, rebate.

Vocês deviam ser os mais felizes sempre. Eu queria comprar esse poder, mas sou dona apenas dos prazeres momentâneos.

Ao lado, se reclama. Longe, se lamenta.

Não é possível separar esse laço de afinidade da infância.

As lembranças me atormentam, não gosto de sentir saudades daqueles tempos...aceitar que não voltam, que morrem, que mudam.

Sentimentos mexidos. Ás vezes, eu só queria colo amassado, queijo derretido, bronca rebatida.

Síndrome de ser pequena, de ser assim, pensar que o mundo gosta de mim e sonhar que nada tem fim...até o que já teve.

Que saudades daquele tempo!

Difícil mudar, criar outra família, ser outro alguém em outro lar; coração aperta.

Saudade daquela menina na escola, tardes dormidas, e quando estava tudo bem na segurança do nosso amor.

Precisamos entender tão rápido aquilo que o tempo jamais deveria ter medido, a hora de ir.

A felicidade está dentro de nossos corações, não em alguém ou em algum lugar; ser feliz é ter paz espiritual. Estar com alguém, dividindo nossas alegrias deve apenas nos acrescentar, jamais diminuir a possibilidade de construir o que poderíamos fazer sozinhos.

E hoje eu aprendi que estar sozinho não é sinônimo de solidão, mas apenas um momento de reconciliação entre você e sua própria alma.

Percebi que agradar alguém quando se está se desagradando é o maior sinal de falta de amor próprio e você deve realmente procurar alguém que te ajude a recuperá-lo, antes que seja tarde demais.

Aprendi que enquanto você chora, a maior parte ri. E, que o choro de lágrimas revoltadas e raivosas são tão inúteis quanto querer perto aquele que não te quer.

Enxerguei que quando as pessoas perdem a paciência comigo, a minha já se esgotou há tempos e estou concentrada, tentando ser alguém melhor.

Aprendi que recebemos presentes inesperados, de pessoas inesperadas e, que estes presentes, quase sempre nem são materiais, são olhares, palavras, abraços, coisas que durante a limpeza do armário nunca conseguirei jogar no lixo.

E eu vi que buscar amizades é a coisa mais tola que podemos fazer! Verdadeiros amigos nos amam como somos e aceitam, ajudam; não destilam palavras negativas a seu respeito quando não concordam com você.

Entendi que posso ficar horas, dias, semanas tentando explicar a complexidade de meus sentimentos a alguém e, isso não muda o fato de que ele, provavelmente, jamais entenda nem mesmo uma palavra do que eu disse e ainda me julgue como chata ou louca.

Mas, mais que tudo, aprendi que todos os dias vivo aprendendo, descobrindo, vendo coisas que ontem mesmo estavam diante de mim e eu não enxergava.

Que exuberância é mesmo viver! Nunca temos a última oportunidade, a última vez, a última descoberta. O caminho abriga segredos só descobertos pelos mais audaciosos.

Todas as vezes que desacreditei, a vida se encarregou de mostrar todo o brilho. Só vê o brilho quem quer, só sente, quem deixa a magia tomar conta...

A magia e o encantamento do circo representam a vida como sonhamos e gostaríamos que fosse...com palhaços para divertir, mágicos para surpreender, bailarinas para trilhar com belos passos as canções de cada época que se vive e um público aplaudindo carinhosamente acertos e falhas, encarando-as como uma prática a ser melhorada!
Que pena...que a liberdade dos circenses se restringe apenas aos palcos, sob as tendas e lonas, cercadas de cadeiras e uma alegria que se vai junto aos trailers no fim da temporada.
Gostaria que a vida fosse mesmo um circo. Sem lona, sem hora, sem texto nem palco...sem ingresso, sem ter que ser sonhado, sendo só a realidade!

E a gente se encanta com coisas patéticas, se apaixona por personagens, encontra soluções não esperadas, em momentos não vividos, mas esperados com tanta certeza que dão até saudade. Sinto também saudade dos vividos, com tanta intensidade e amor de sempre, que até me canso, mas não tanto, tanto que sinto a falta de tê-los comigo! Dias de apatidão, de tristeza profunda, outros são eufóricos, e esses estou com saudades, alguns de conforto, de encontro, de simples passar.

A hipocrisia corrói a mente

da gente.

É o hábito dessa sociedade

indecente.

Fundamentada em imoralidade

e desprezo.

Sai pra lá, não aguento

essa gente!

Subornaram os sentimentos,

nos ensinaram a ser contentes e,

o que não deve ser dito, meu amigo,

nem tente.

Dizer, ser, fazer, crer que você

é diferente.

Os olhos que te vêem,

enxergam o que querem,

é assim pra todo mundo.

Pouco a pouco deitamos

num buraco sem fundo.

E você tenta encontrar, em sua alma,

algum segredo pra limpar

o imundo

dessa hipocrisia da sociedade.

De seres errantes, de

promessas esquecidas,

julgamentos trocados por marmanjos

em busca de felicidade.

No estopim, você será o próximo

a ser questionado

por sua verdade.

Viva, viva,

a hipocrisia da sociedade.

Ela chegou, se apresentou.

Bem-vinda, logo disse.

Não foi mais embora.

Já faz alguns anos,

Não somos amigas,

Velhas conhecidas.

Moramos juntas.

O que diria de morar,

com sua inimiga?

Me preenche o vazio,

Que ela mesma me causa,

Nas noites, sozinha,

Me encho de traumas.

Vás embora, querida,

Não a quero faz tempo,

Não vês aqui o transtorno?

Vá com o vento!

Tu causas ferida,

Passou tua hora,

Não há mais espaço,

Pra essa história!

Chegou o momento

De dizer-te adeus,

Pra recomeçar a vida,

Com um novo Deus!

Por isso, vá, vá...

Deixe-me aqui, só.

Um dia ei de encontrar-te,

Mas você, meu bem,

Não irá me reconhecer,

Serei jovem,

Serei luz, e você,

Não há de me ter.

Já faz tempo que não sorrio com propriedade. Já faz tempo que durmo sem sono, com o intuito apenas de me ausentar algumas horas dos meus pensamentos. Já faz tempo que insisto em orações. Já faz tempo que não faço amigos. Já faz muito tempo que não encontro sinais de que algo está certo. Já faz muito tempo que as lágrimas escorrem sem avisar e mais tempo ainda faz que meus olhos não enxergam beleza, aqui, em mim ou lá fora. Já faz tempo que o cansaço me invade, que a fé balança. Já faz tempo que eu quero o que nem eu sei o que é, mas que formou o buraco que habita meu coração, onde só eu vou, onde só eu entro.

Volta pra mim!
Não me deixa aqui sozinha,
não me deixa morrer dia a dia.
Eu preciso da sua companhia.
Tenho sentido vergonha,
tenho tido medo, preguiça e
falta de amor.
Estou sendo a cada dia mais
abduzida
por meu cansaço de lutar
e ficar sempre profunda nesse
buraco.
Todos têm sorrido e eu
também, mas é um
sorriso assim,
meio triste, meio fracassado,
um sorriso
com vontade de chorar.
Minha cama, minha amiga, meu porto.
Não pergunta, não questiona,
apenas aconchega,
com carinho,
eu, minha tristeza e meu choro.
Tantas vezes, choro
desesperado,
choro de pedido,
choro de conformação,
quem sabe?
Mas um choro que só eu
ouço.
A hora feliz eu tenho
também,
eis aquela em que fecho a porta
de casa e sou apenas eu
comigo mesma.
Sem máscara. Sem sorriso.
Sou apenas a dona do buraco.
Às vezes, buraco fica fundo,
às vezes, buraco fica igual
sempre esteve.
Hoje eu pago os meus
pecados,
sem nem entender de onde vem
tanta falta de você,
o meu amor por mim mesma.