Coleção pessoal de levimattos

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Faz de conta que ela não estava chorando por dentro – pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver.

Então isso é amor? Lutar contra a afobação e a resistência de alguém até que ele se acalme? Eu devo te decepcionar: Eu não vou me acalmar. Minha afobação é eterna, eu tenho convulsões ininterruptas e meu desequilíbrio se alimenta dele próprio. Você pode dizer que me ama, e talvez nisso eu consiga com algum esforço acreditar, mas não tenha a ilusão utópica de um futuro adestramento.

Se era para se viver, que se vivesse como um carro em alta velocidade e não um pedestre letárgico. Ela já não suportava mais a letargia. Tinha pressa, tinha sede.

As melhores decisões são as que mais causam estragos, não?

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.

Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta.

Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor.

Esses padres conhecem mais pecados do que a gente...

Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante!

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

A poesia não se entrega a quem a define.

A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.

Sou como um disco quebrado. Arranho em certas partes, pulo outras, mas só toco no volume máximo.

Eu não te culpo, meu bem, eu nunca te culpei. Você sabe que a culpa é algo que escorre da minha boca para a tua em sincronia, em sintonia, é via de mão dupla, eu sei também. E o erro que eu joguei nas tuas costas tem o traço do meu lápis, tem o som da minha voz, tem as minhas digitais. Mas, veja bem, era mais fácil assim, entende? Teu sorriso já é manchado de arrependimento e eu não quis sujar as minhas mãos.

Eu me repito porque não sei ser outra coisa, eu me desgasto porque só sei ser muito. Não sei diversificar e não sei falar de outra forma, só conheço meu próprio modo. E, se me perguntar, não, não estou insatisfeita.

É de se apostar que toda idéia pública, toda convenção aceita seja uma tolice, pois se tornou conveniente à maioria.

A vida real do ser humano consiste em ser feliz, principalmente por estar sempre na esperança de sê-lo muito em breve.

Para se ser feliz até um certo ponto é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto.

Simplesmente eu sou eu. e você é você. É vasto, vai durar. (...) Olha para mim e me ama. Não: tu olhas para ti e te amas. É o que está certo.

Temos a arte para não morrer da verdade.