Coleção pessoal de levib
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Eis que em mim floresce um amor que pensava esta morto com o tempo, com as dores, com os temores, seco qual uma árvore no inverno, sem o adorno de teus pingentes verdes que refletem a luz da de sua vida. Assim como o verde retorna a está com a primavera... Este amor retorna a mim com a simples menção de ti... Como se o vento a sussurra-se em meus ouvidos, como um doce cantar de pássaros aos pés da mangueira de frutos maduros, é o amor...È o amor, então eu digo e repito em voz meiga quase inaudível ainda te amo... Ainda te amo!