Coleção pessoal de GuilhermeMarques17

Encontrados 9 pensamentos na coleção de GuilhermeMarques17

Ragnarok

Tenho a fúria de Thor investida no meu coração,
A cada verso, a cada palavra,
Sinto a força a força do martelo,
A vibração na bigorna,
O choque do trovão.

O olhar de Odin reside em mim,
Sinto o passado, futuro e presente,
Sinto a sua curiosidade sem fim.
Sinto a sua sabedoria, estranhamente,
Como se conhece-se o mundo, inteiramente.

Sou Loki,
Com a sua mentira,
Invejoso,
Com a sua raiva,
Ganancioso,
Sinto a sua vontade
De enganar,
Mostrar a minha esperteza,
Quero roubar
O que deveria estar na minha mesa!

Na noite,
Bebo o hidromel,
Viro Egill,Jórunn, Gunnar:
Poeta e guerreiro,
Não haverá cordel
Que me vá segurar.

Sou Vidar!
Quero vingança!
Quero hornar
Os que perderam a esperança.
Quero vingar
Quem se perdeu na matança!
Com palavras e noção:
Esmago,
Corto,
Perfuro,
Qualquer coração.
Versos são sapato e espada,
É meu destino matar o cão!

Atingir a abstenção de qualquer sentimento ou sensação é atingir a total paz interior

Memento Mori

Recorda-te que tens de morrer,
Por isso vive a viver,
Viver é amar, voar, beber
Com experiências vem o saber.

E quem nunca nada experienciou
Nunca nada irá saber,
Apenas ouve o que lhe foi dito pelo pai e pelo avô
E vive, a pensar que está a viver.

Como é que alguém que não procura elevação
Espiritual,
Define o bem do mal,
Tendo apenas noção
De uma vida banal.

Viver é procurar, questionar
E sobre isso textos lascivos escrever.
Tens de recordar,
Que tens de morrer.

Escrevo versos banhados de dor e angústia de ser eu,
Escrevo sujo, sujo e imundo como mero plebeu.

Após escrever vou nadar intensivamente em piscinas de lama,
Saltarei do penhasco que mais magoa,
Não me lavarei por uma semana
Apenas para me olhar ao espelho e não ver a minha pessoa.

Mas ao esfregar o olhar
Volto a ver o meu reflexo
Então atiro-me ao mar,
Parado, estático, perplexo.

Já não consigo distinguir a minha falsificação de felicidade da verdadeira essência do sorriso

O meu ódio pela humanidade é o ódio que sinto por mim

Na Inclusão na sociedade é essencial a ocultação de sentimentos e vontades: Um controlo da essência do ser.

Semi-Louco

Não sou louco,
Ainda permaneço são.
Talvez um dia fique rouco
De por dentro tanto gritar em vão.

Corre-me nas veias a cursiodade e medo,
De sucumbir à loucura,
O receio de já ser doido em segredo
E apenas não ser visível na minha postura.

Fico apenas na tua mão
(Se ela me estiver mesmo a segurar),
Pois já deixei claro que não
Abandonarei algo que me faz respirar.

É como esperança que me faz preenchido,
É como luz que ilumina as minhas ruas,
Faz-me sentir renascido,
Ficam sois, vâo-se as luas.

Paranoia constante e pavor,
Graças às blasfêmias que me são ditas.
Oh cale-se senhor doutor,
Pare com essas pragas malditas!

Você não sabe,
Ninguém sabe,
Ainda não há maneira de saber!
É suposto eu simplesmente me entregar a esta realidade
Que me faz sofrer?
Apenas pelas suas supeitas e suposições
Sem certezas?
Fazem-se "Malucos" que partem mesas e corações
Graças a essas promessas...

E depois existes tu que me devias trazer mais sanidade,
Mas so me deixas mais desgastado,
Devias ser a minha felicidade,
E só me fazes mais desatinado.

És igual a quem odeias e condenas,
E eu visto a capa, mas sou como tu,
Fazemo-nos de Atenas
Mas não sabemos nenhum.

Liberdade

É vento que nos leva pela janela,
Para as estrelas e países mais distantes,
É príncipe que salva a cinderela
De madrastas arrogantes.

É oxigénio
Que precisamos para respirar,
É o que faz um génio
O mundo mudar.

É tudo o que eu quero
E alguma vez precisarei.
No desespero...
A roubarei.