Coleção pessoal de LenitaLabov
Sobre as margens de um lago calmo, a brisa tocava suavemente nossos rostos.
Calmamente contemplei seus olhos negros e sua boca vermelha vindo em minha direção.
Vi tua pele castigada pelo sol e ao mesmo tempo radiante e singular .
Ah quão memorável foi aquele dia inefável.
Uma mistura de medo e coragem, assim estávamos debaixo daquele céu azul sob o sol escaldante e nossos corações pulsantes sem pressa de ir embora, ah se fosse agora! Como agiríamos ?
Em uma folha de papel descrevo as ondas deste mar
Tão revolto quando amar alguém sem ela saber e tão incerto quanto o amanhã
As ondas vai e vem e te quero perto meu bem, mesmo que seja momentâneo
Nesse balanço eu me envolvo, me engano
Espero de novo ao nascer do sol entre pescador e anzol
Um dia na praia caminhar a sós eu e você.
Entreguei a você o meu mundo, mas você roubou todos os sonhos que ali existiu…
A mentira baniu para longe todo sentimento que nasceu naquele solo castigado pelas intempéries da vida. A esperança que florescia foi desfeita pela falta de cuidados de seu jardineiro…
Sua maior tolice foi querer laçar-me em seus engodos, pensando que brincar de amor me faria crê que tu somente serias quem deveria dedicar todo o meu amor...
Não sabias que todas os seus joguinhos manipulador, não fui eu o derrotado, mas tu foste cativo em seus próprios enganos, pois foi você quem morreu na primeira fase de minha aceitação e não faz parte dos meus planos...
Na vida real o protagonista não tem dublê de cenas perigosas, você terá que encenar conforme o roteiro ...
Você já foi o meu amor
Já te amei com toda intensidade que havia em mim
Hoje risada dou ao lembrar que tão bobo pude ser
Mas a vida é assim
Tem começo e fim
Eu sigo sem você
E você segue sem mim
Desejo felicidade pra ti
E em dobro pra mim.
Têm gritos que não podem ser ouvidos, e dor que não pode ser sentida, há alma que chora e ninguém percebe seus gemidos de angústia.
A tão irredutível doença invisível, que apenas os sensíveis à dor humana podem notá-la...
Nosso caso é bruma que se desfaz feito a rapidez de um vento veloz, que arrasta para longe o aguaceiro esperado por uma terra sedenta.
Sim! Somos um vendaval de paixão, um sentimento torrencial que acontece apenas dentro de nós e nada mais. Cessado pela razão de não poder nos pertencer.
Fico pensando, se fosse real tudo que sentimos?
Digo se pudéssemos nos ver, encontrar nossos corpos que queima de vontade de estar juntos.
Mas somos bruma em tarde de verão, que cai sem deixar marcas.
O amor mesmo que visto só uma vez, ou sentido em um único dia, é suficientemente capaz de entrelaçar nossa alma até o último suspiro dessa efêmera vida!
Por onde passei, deparei-me com o peso de trilhar sozinha o meu caminho, pois este só pertencia a mim, e o almejar de ser inteira sem precisar de metades alheia...
As vezes pensamos que não existe nada além de viver em prol do outro. Esse outro pensa que não podemos ser nada longe dele. Mas pode sim! Você tem uma vida inteira de coisas boas te esperando lá fora.
A decisão é sua! Soltar as mãos ou sangrar entre os espinhos até morrer por dentro...
Engraçado como o homem visualisa quem tem o direito de ser livre. A liberdade é vista exclusivamente só para eles, a figura feminina é tida como um prisioneiro que fica no interior de uma caverna, vendo apenas as sombras que por ali passam, e ouvindo o eco de um mundo que acontece lá fora.
A mulher é vista assim por alguns homens, mas não sabem eles, que a mulher observa as sombras, estuda o que está acontecendo, e analisa o que ouviu, depois monta a fulga rumo a liberdade.
Engraçado como é o olhar do homem sobre quem tem o direito de ser livre, do que é a liberdade.
Vista exclusivamente só para eles, a figura feminina é idealizada como uma prisioneira que fica no interior de uma caverna, tendo acesso apenas as sombras que ali passam, e ouvindo apenas o eco do mundo desconhecido que acontece lá fora.
A mulher é vista assim por algum ser do sexo masculino, enquanto esse sai para viver suas aventuras, não sabe ele, que a mulher enquanto presa num mundo de solidão e desprezo, também observa as sombras, estuda o que está acontecendo do lado de fora, analisa o que ouviu e monta a fuga rumo a liberdade.
Em mim casou uma ferida profunda, aquilo que idealizei e chamei de amor, estava mais para amor platônico, coisa que inventei em minha cabeça, e a fiz a acreditar que você era tudo que eu precisava.
Na verdade você foi tudo que eu não precisava passar, nem experimentar!
Covarde! Sim, mil vezes covarde!
Como uma jóia que atraia pelo seu falso brilho, eu me atrai por suas mentiras, me iludi a tal ponto de não mais perceber o lugar de volta.
Na verdade, precisava voltar e enxergar onde foi que eu me entrei.
No fundo percebi que estava presa em um labirinto, onde você assistia de longe o meu sofrer.
Amor fingido que dilacerou o mais belo sentimento que havia em mim. Despertando a fúria e a certeza que nunca mais devo me entregar por inteiro, embora exista neste mundo alguém que ame de verdade!
Quem vai me ensinar sobre o amor?
Quem vai me fazer vivenciá-lo novamente ?
Ah, quanta tristeza me causastes, a ponto de nunca mais dá ouvidos ao meu coração.
Sofra bela moça, e no silêncio aprenda que os covardes te ensinaram a nunca mais ser ingênua.