Coleção pessoal de leandromacielcortes

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Nada se perde. Nem as faltas, nem os excessos. Se não deu certo, a gente arquiva como experiência.

Amigo é aquele que não te abandona diante desse deserto que é a solidão, mesmo quando todos já desistiram de você.

Amanhã? Amanhã muita coisa já se perdeu nesse abismo chamado passado. Amanhã as prioridades já mudaram. Amanhã os pensamentos são outros. Amanhã os ventos já mudaram de direção. Amanhã, muita coisa que é hoje já deixou de ser.

Eu sei que você está ai agora pensando em como teria sido bonito. Teria se não fossem os erros e os tropeços. Teria se não fossem os desencontros, os distanciamentos e os constantes silêncios. Teria se não fosse você com essa sua mania de construir castelos de areia onde nada mais cresce e nem floresce, senão, sonhos rodeado de promessas.

Amar é fazer politicagem também. Pois, sempre tem aqueles candidatos, que prometem mundos e fundos, antes de serem eleitos os amores de nossas vidas.

Vivo tantas vidas, tantos dizeres. Vago por tantas bocas, tantos íntimos. Tanto falam de mim, que de mim nada sei. Apenas sei, o que dizem. Apenas dizem, o que não vivem. E vivo, sem saber. Sou de todos . Sou de ninguém. Pertenço ao mundo. Menos a mim.

Amar é fazer pequenas concessões. É renunciar a algumas regalias da solteirice, sem perder a liberdade. É casar com a rotina, sem abrir mão das metamorfoses. É amar, re-amar e reinventar-se diariamente. É construir o amor a base da cumplicidade, norteados pela fidelidade e amparados pela lealdade. É preciso avançar alguns estágios, amadurecer, para então, decidir abandonar a solidão, para dividir a casa, o quarto, a cama, a intimidade, a alma, a vida. É necessário saber que aquele corpinho sarado, logo irá ceder lugar à famosa barriguinha. Que ela tem seus defeitos e vive seus dias e tempestades. Que ele vive suas desordens e que ela é perfeccionista. Que a rotina derruba a maquiagem e por vezes borra o rímel. Que as pequenas discussões atestam a democracia no amor, o discordar saudável livre de repressões. Que nessa guerra de egos e orgulhos exaltados é preciso que se abra um corredor para o diálogo. E que entre idas e vidas, o luxo reside na simplicidade da entrega. À que se viver o lúdico da relação, sem perder as rédeas do relacionamento.

No amor a gente se entrega, doa, cede território e partilha pedaços. A gente briga (troca carinhosa de palavras) e reconcilia. Vai colando os pedaços desse vaso trincado . Mas, vai uma hora em que transborda essa represa. O doce, nem tão açucarado, azeda e a gente amarga o adocicado dissabor do fim. A gente se divorcia, separa e sofre. Dói! Eu sei que dói! E dói uma vezes só. Você pensa que vai morrer. E quase morre! De alguma forma a gente supera e se reergue e segue em frente. Com menos do que entrou nessa estraçalhada relação, mas sai com boas recordações, de um amor nem tão bom assim

Que junho traga mais calor, leveza, amor e paz ao meu coração e que leve consigo todas as tralhas e pesos desnecessários. Que fique apenas o essencial ao corpo e a alma, o que torna os nossos dias mais quentes.

Aceitar um fim é um ato de grandeza é reconhecer que esgotaram-se as tentativas. É permitir-se um novo recomeço sem mágoas, sem rancores e sem medo de um novo tropeço.

O amor é esse eterno ato de morrer e ressuscitar diariamente dentro da mesma relação sem cair em tentação. Livrai-nos do mal senhor, agora e para sempre. Amém!

Não se engane. Não ouse
Falar daquilo que não
Vive. Atos antecedem palavras,
Mas palavras sem atos,
São como galhos secos
Em árvores que podem ser
Lindas, belas e viçosas por fora,
mas frágeis e quebradiças
por dentro e incapazes de
Produzir frutos.

Não grites vossa felicidade
ao mundo. Nem todo mundo
festeja o barulho vindo do
Vosso coração.

É mais um dia de sol lá fora. É só Deus abrindo as cortinas da vida e trazendo luz a sua vida.

Não corra contra o tempo, corra contra si mesmo. A maturidade diante da vida evita que envelheçamos antes do tempo.

Entre fases

É na infância que brigamos
Com o tempo e clamamos
Pela adolescência. É nessa
Fase que ansiamos pela
Maioridade. E quando adultos
Tornamo-nos amigos
Do tempo e desejamos
Apenas uma velhice
Saudável e tempo para voltar
A ser criança e brincar de
Ser feliz entre ciclos sem a
Pressa de outrora.

Branco no preto

O amor não tem cor.
A vida é incolor. Nossas
Relações não distinguem
Cores. Não somos o
Que toleramos, somos
O que vestimos com
Naturalidade. Não Somos
O que olhamos, mas sim,
o que falamos.Não somos
O que Respondemos,
Mas sim,O que pensamos.
Somos da cor dos nossos
Atos e pré-conceitos.

Dentro de mim

Meu desassossego pede calma.
Calma a alma que ansiosa
Se torna menina ingrata
Com o corpo que ora lhe
Cede morada e mais tarde
Asilo. É dentro de mim
Que vivo meu exílio, retiro.
Quando o mundo lá fora
Se torna um caos. Quando
O mundo lá fora se torna
Intragável. Quando o mundo
Lá fora já não me ouve
Mais. Me recolho dentro
Do meu corpo, meu refúgio,
Meu cais, meu porto seguro.
Dentro de mim é onde me
Encontro. Onde desencontro
Comigo mesmo. É onde
Vivo minhas neuras, fugas
E lutas. Dentro de mim
É onde vive o meu amor
Por ti. Dentro de mim é onde
Vivo minhas indecisões,
Desistências e insistências.
Dentro de mim é onde tudo
Acontece.

Ora, se te olham com fervor,
Olhe-os com brandura.
Sirva com doçura aos
Que te servem com
Amargura. Desarme-os
Com a tua sensatez.
Não ceda a tentação
De se tornar mais um
Ignorante crônico a
Destilar o seu veneno
A esmo, quando o antídoto
A curar nossas relações
É o amor.

A voz que cala consente com o erro. O silêncio não é vítima, mas sim, cúmplice das suas barbáries.