Coleção pessoal de LEANDROCK

221 - 240 do total de 1226 pensamentos na coleção de LEANDROCK

TALVEZ EU NÃO SEJA DO TIPO NAMORÁVEL

Cansei de jogar a culpa nos outros, a verdade é que eu não sou uma pessoa fácil. Demoro para ser cativado, tenho dificuldades para perdoar mentiras e minha sinceridade quase sempre afasta as pessoas de mim. Quando as pessoas falam “eu te amo” na primeira semana eu fico com o pé atrás pensando: “de duas uma, ou ta falando isso só para ver se eu vou dizer se também amo, ou de fato não deve dar o mesmo valor que dou para um eu te amo”, enfim... Ando meio cético no terreno dos sentimentos e tenho desenvolvido o péssimo hábito defensivo de querer descobrir primeiro o defeito das pessoas, na tentativa frustrada de depois não ser surpreendido. E sabe o que eu descobri com tudo isso? O óbvio: que ninguém é perfeito, que todo mundo tem defeitos e que se procurarmos motivos para não ficar com alguém, sempre vamos encontrar vários. E em meio a qualidades e defeitos de pessoas que eu mal conheço, eu me pergunto: “Será que eu conseguiria conviver com isso a longo prazo?”, “Será que com o tempo essa pessoa vai continuar a sorrir quando eu contar as minhas piadas sem graça?” “Será que se eu não ligar, ela vai me ligar?”, “E se eu ligar? Como eu vou saber se ela teria me ligado?”,”Como poderei saber se sou ou não indiferente pra ela?”. No fundo, eu sei que todo esse questionário se resume a uma palavra: medo. É o velho medo de sofrer... Existe uma frase do Paulo Coelho (eu nunca pensei que um dia fosse citar Paulo Coelho, mas esta frase é realmente muito sábia), que diz: “O medo de sofrer é pior que o próprio sofrimento”. E mesmo sabendo disso, a gente continua a temer. Afinal, é natural ter medo de andar em labirintos, depois que se descobre que existem armadilhas nele. Antes disso a gente anda no labirinto e mesmo não sabendo para onde estamos indo, não nos sentimos perdidos. Engraçado essas coisa, né?! E levando em consideração as minhas feridas abertas, meu traumas, medos e fantasmas eu cheguei a conclusão que talvez eu não seja do tipo namorável, mesmo que uma outra parte de mim discorde, a parte racional é a quem escreve agora. E eu queria poder dar voz a minha outra parte, aquela que só quer um pretexto para por meu lado romântico em prática, mas isso me torna tão vulnerável... Sabe, a gente se abre, a gente acredita, a gente sonha e depois quando as coisas não dão certo, damos um jeito de nos culpar por isso. Mas é besteira esse lance de se culpar por acreditar, porque agora vejo que bem pior do que se culpar por ter acreditado em algo que não deu certo é não conseguir acreditar mais em nada. É... Talvez eu não seja do tipo namorável, talvez eu deva dar um tempo das pessoas, ou admitir que eu sou um solteiro convicto. Mas a verdade é que eu não sou, e por mais que eu queira convencer meu lado racional disso eu não consigo. Porque quando meu Eu racional diz “talvez eu não seja do tipo namorável” o meu Eu emocional responde em um lonnnnnnnnngo e pesado silêncio, e mesmo sem proferir uma única palavra, neste silêncio impossível de ignorar, é como se ele dissesse: “hey, eu ainda estou aqui viu?!”. Talvez eu não seja do tipo namorável, mas talvez eu seja mais do que aquilo que o meu racional diz. Talvez eu seja até um sonhador, um bipolar, um lunático, um romântico, talvez eu seja a minha ultima esperança.

"Eu tenho uma teoria: os opostos se atraem mas não se completam. Todo esse lance de gostos, visão de mundo, valores e sonhos pesam no fim das contas. É preciso que haja algo que a gente se identifique e também algo que a gente sente falta, é preciso de tanta coisa para que as coisas possam dar certo. E ás vezes parece que não é preciso nada, apenas o sentimento. Vai entender..."

Faço das minhas palavras as suas, mas não faço do teu silêncio o meu. Porque as palavras quando bem colocadas não deixam dúvidas. Já o silêncio diz tanto, mas tanto, mas tannnnto e de tantas formas, que chega ser impossível se concluir algo. Dizem que quem cala consente mas quantas vezes por orgulho você já se calou frente a um silêncio ainda maior, mesmo sem concordar ou compreende-lo? O silêncio é a forma mais fácil de se perder aquilo que nunca se teve

Bondade é fazer o que é certo, independentemente do que é dito, e não fazer o que é dito, independentemente do que é certo.
Pessoas que tem mente aberta, geralmente são pessoas inteligentes..

No fim, ninguém saberá ao certo quais eram os teus sentimentos, talvez nem mesmo você, só verão seus atos. O problema é que nem sempre agimos de acordo com os nossos sentimentos, na maioria das vezes é a razão que fala mais alto. Mas isso de forma alguma faz do sentimento menos verdadeiro, apenas nos torna covardes por excelência. Por que somos o que sentimos e não o que pensamos.

Dizem que quando algo é para dar certo até os ventos sopram a favor...
Mas nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.

Prefiro as críticas do que os tapinhas nas costas, assim como prefiro os defeitos, do que as qualidades. Me apego nessas coisas que as pessoas tentam fugir e esconder, porque eu sou desses que preferem crescer e não se iludir. Acredito piamente que gostar de alguém pelo que ela tem de pior é a forma mais digna de merecer aquilo que ela tem de melhor. As pessoas são um conglomerado de defeitos, maquiadas de qualidades. O foda é quando você não encontra imperfeição na pessoa mesmo sabendo que ninguém é perfeito.

E mais uma vez eu vou dormir com a vontade de fazer alguém feliz, e quando eu falo alguém, eu quero dizer que não existe pessoa certa, nome cativo ou lugar reservado. Eu posto frases de amor, eu pareço constantemente apaixonado, mas toda vez que chego em um ponto final e releio minhas palavras não consigo reconhecer nelas qualquer semelhança com a realidade que me encontro. Ás vezes me sinto uma fraude, mas quase sempre me enxergo como um sonhador, desses que inspiram filmes, suspiros e seriam capazes de morrer por um grande amor.

Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.

Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.

Amor só descansa quando morre. Um amor vivo é um amor em conflito.

Um ancião índio norte-americano, certa vez, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:
- Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom, e eles estão sempre brigando.
Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu:
- Aquele que eu alimento mais frequentemente.

Quem disse que estar no meio de muita gente é garantia de ter alguém? Cada vez me convenço, talvez você também, de que são poucas as pessoas que na vida são capazes de nos deixar a vontade para gente ser o que a gente é, são poucas as pessoas que diminuem e que cessam a nossa solidão, porque a solidão só vai embora quando o coração consegue ser o que ele é, sem precisar mentir, sem precisar inventar, sem precisar usar máscaras.

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós:
onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração; Pois a vida está nos olhos de quem sabe ver...

“E quem diria…
Depois de todos os pesadelos com “Bichos-papões" na infância, hoje temos medo de algo fútil, como a solidão.”

“Nós dois parecemos um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo. Assim, evito olhar direto no seu rosto pra não dar aquela vontade insana de querer uma porção de coisas contigo.”

Tenho uma particularidade instigante: preciso da solidão. Gosto de pessoas, preciso delas, não sei viver sozinha. Mas sou mimada, preciso quando eu quero. Sou egoísta, gosto de ver televisão sozinha, sem ninguém falando junto. Sou chata, não gosto de dividir banheiro com ninguém. Sou espaçosa, bagunço as minhas coisas. Preciso da solidão pra ler, pra olhar para o teto, pra tirar ponta dupla do cabelo, pra fazer as unhas, pra pensar em tudo, pra fazer nada. Preciso da solidão pra ser eu mesma. Pra fazer alongamento, rir de mim, chorar comigo. Não entendo como tem gente que não abre a janela em dias nublados. Eu adoro janelas abertas, esteja um dia lindo de sol ou um carregamento de nuvens cinzas. Tenho que sentir o ar que vem lá de fora, seja ele qual for. Com seu gosto, cheiro, textura. Falo algumas coisas esquisitas como essa, por exemplo, ar com textura. Conheço cores que ninguém conhece, vejo alguns filmes que grande parte da população acha tosco. Não gosto de deixar as coisas pela metade, mas já deixei...

Pior do que fazer mau uso de uma palavra é vestir qualquer peça de indiferença.

Nos doamos tanto que quando pensamos em nós mesmos ainda nos perguntamos se é egoísmo. Ser o salvador da pátria,ficar a disposição de todos, é anular-se, mas de fato, essas características são da nossa natureza, foram construídas em nossa história de vida, não praticá-las também doem...

Sempre fui de me doar. Ouvia, ajudava, consolava, me importava. E não foram poucas as vezes que, mesmo em segredo, eu deixava de pensar na minha vida pra ajudar os outros. Em segredo, explico, porque não acho que preciso de medalhas, prêmios ou troféus. Se eu faço, é de coração, sem esperar reconhecimento do outro. Mas, perdão, eu sou humana e sinto. O mínimo que a gente espera é gratidão. Aprendi que ela nem sempre aparece. Aprendi que às vezes as pessoas acham que o que a gente faz é pouco. Por tanto aprendizado, acabei descobrindo que é melhor eu cuidar mais da minha vida e menos da dos outros. Não quero morrer santo, quero morrer feliz.