Coleção pessoal de lbonilha
Quando eu serei inteligente ?
Quando eu aprender o que já foi aprendido ?
Quando eu pensar o que já foi pensado ?
Quando eu dizer o que já foi dito ?
Quando eu falar o que já foi falado ?
Quando eu amar o que já amei ?
Quando eu querer o que já quis ?
Quando eu sentir o que já senti ?
Quando eu sofrer o que já sofri ?
Quando eu comer o que já foi comido ?
Quando eu cuspir o que já foi cuspido ?
Quando eu lamber o que já foi lambido ?
Quando eu tropeçar e me levantar ?
Quando eu sentar e chorar ?
Sei lá, estou apenas em segundo lugar!
Entendo o que quero entender,
talvez,
me precaver do que é inevitável esperar!
Gosto do gosto do papel,
do dia que chegarei lá no céu,
talvez,
do fel ao léu.
Me sinto bem mesmo sem sentir,
talvez,
por isso eu saiba agir...
Mas como assim ?
Eu nunca me vi!
Não sei como falo, meus sorrisos, minhas expressões...
Somos tão vagos em relação a emoção,
nem nos conhecemos praticamente.
Tenho medo de você,
você parece me conhecer,
diz o que quero ouvir,
eu já te conheci!
Não foi ontem,
eu era jovem,
você, sendo a primeira que amei,
eu lhe contando meus desencantos...
Gosto quando você me escuta.
Gosto de como você pensa.
Gosto do seu jeito.
Gosto do seu cabelo.
Gosto do seu sorriso.
Eu amo o seu beijo!
Queria você aqui...
Pena que já te conheci.
Acordei com vontade de continuar dormindo,
me sinto cansado,
cansado de não ter porquê estar acordado...
Tem dias que quero dormir eternamente!
Só tenho algo a lhe dizer,
eu não tenho nada!
Ando pela rua,
postes poluem o ambiente,
pareço conhecer todos.
Remanesço e creio de me encarregar,
desse karma que me faz delirar...
Triste se existir triste.
Um pássaro fadado a morte;
atrofiado, ele rasteja...
Sua cara contra o chão me da angustia,
sua morte é eminente.
03:48 AM
Ainda não adormeci, nem sequer fechei os olhos...
Parecem estar todos de olhos fechados, enquanto buscamos motivos parar justificar quem morre de fome, o próprio, se levanta e antes de todos tem o seu grandioso momento;
retirou sua jaqueta como quem tira roupas em prazer,
sorriu, agradeceu, logo seu espetáculo se iniciou! Algumas pessoas passavam e o ignoravam, nem se quer viam sua presença ali, nem sequer um bom dia recebeu e seu sorriso era fixo em seu rosto.
Sua varreção prosseguia, juntando folhas com seu velho casaco, batendo ele para todos os lados enquanto acumulava montes, na mesma velha esquina com os seus velhos pensamentos... O seu amor é tão puro pelo casaco como por aquela esquina! Como sem amor nos sentimos vazios, sem casaco existe o frio mas uma calçada suja, nunca há de ser um lar, mesmo que estrague o casaco.
Esse estado de normalidade que me encontro,
me sinto normal, não choro, não amo, não sinto, pareço não existir, por quê esse estado é sempre tão vago ?
Não me lembro de momentos em que eu estava normal,
A normalidade nos livra de emoções, é frio, passageiro...
Que venham as sensações, antes da normalidade, tudo!
Dias na caixa,
asfixiado,
espero,
cansado!
Num instante,
a chuva que passou,
o vento carregou,
no qual agitou minha mente!
Desespero eminente!
Descrente na chuva que vinha,
rendeu meras lembranças!
Por um minuto o ar se distanciou,
o senhor vácuo chegou!
Oh, senhor vácuo!
Por que faz isso senhora chuva ?
Deixaste parar por um mero vento;
que falta de maestria!
Deixa cinza,
vira e se espanta com o vácuo.
Sem vento, não a chuva que se move...
E o mar observa,
enquanto beija a terra com suas ondas...
E escuto sua lamentação de um eterno grito mudo ao eco.
Ninguém deve esperar nada de você,
pessoas tendem a sempre querer e suas realizações provém de suas escolhas, na qual só existe você!
Você é grandioso apenas por ser você!
Risadas da TV,
sempre frias,
palmas compassadas acompanham,
os gritos soam a dor.
No final,
o sorriso é incerto!
Há você menina meiga;
provém o meu querer,
do que eu quis!
Um dia pensei em sentir saudades,
saudades do que você esqueceu,
nem sequer que eu existi;
E o meu único sentir era saber que estava ali!
É querer te encontrar, mesmo que não queira me ver;
Talvez eu ame você, sem mesmo me reconhecer!
Ambições sem sentido nos levam a clareza de uma mente infértil, no qual achar o contrário é dito como o errado;
dorme, sonha e acorda!
Não sei como não se cansa.
Existe um cinzeiro em minha caixa de ferramentas,
no qual há guimbas que já não me recordo mais...
Plastico queimado, envelhecido; do qual bruto se mistura com minhas pontas...
Cinzas tomam contam de todo lugar.
Vacas amedrontam, fique longe delas!
Elas só querem chegar ao outro lado da certa para incomodar, aqueles que se incomodam com "muu"!
Essa moda de vaca que incomoda;
sempre volta para me pentelhar!
Não crio expectativas de nada,
quando dou um passo,
já não estou no mesmo lugar!
E no silêncio, me calo com minha amargura!
Ando cansado, cansado de saber, de procurar e encontrar. No final tudo se resume em abraçar brasas, dói, queima... É indescritível, mas o caminho da nossa vida vai de encontro com a árdua decepção, nada é feliz! Somos alguém pela nossa dor, pela nossa simpática tristeza! Mas tristeza maior, é a de quem não sabe se doar, de quem não sabe amar e de quem não tem um porquê!
Tudo é festa, alegria que esbanja e ego que transborda.