Coleção pessoal de lazzio
A certeza do voou
Eu me escondi
Pra não te assustar.
O que está em mim
Não vai melhorar,
Vejo esse tempo
Por dentro passar.
E cresce essa dor
E grande será!
Veja os pássaros e voam
Nem eles consentem.
Não há um ser existente
Que perto ficará contente.
Vai se retirar
Não poderá sonhar
Que estava à te olhar
É o que me faz sofrer!
Se um dia eu melhorar
Vou te procurar.
Não sei se vai aceitar
Mais sei que vai entender.
Porque é sempre assim?
Essas histórias que não tem fim.
Será que nosso tempo é pouco?
Ou no fim somos todos loucos?
É nossa sede de viver,
De pensar só na gente.
Tem que vim outro!
Que não ficará contente.
Que os pássaros não consentem
E terá o seu final louco.
Despertar
Arrepia os pêlos e faz delirar
Como brisa que passa
Lembrança que olhos não virão
E o corpo sentiu como verdade
Verdade? Sabe se que não é.
E esses detalhes sombrios
Como fora criados?
Esses loucos...
Estão e sempre estiveram aqui
Andam Com suas lâminas afiadas
Sempre deixam suas marcas
Que sangram e ardem
Esses passos aqui fora
Podem até mudar de direção
A vida somou, multiplicou, adicionou.
E o que não foi visto
O corpo ainda sente.
A Areia que desce
Não consigo aceitar o como estou
Mais não consigo lembra o como era
Mesmo com todas essa mudança
Algo que me faz esquecer
E aceitar novas memórias
Um certo premio de consolação
Seria o tal: se acostumar.
Que passe, que venha!
É meu, sou eu, vou sentir!
Vou tirar, chorar e sorrir.
Vou absorver e moldar
Não há controle sobre ele
Há vários fios, direções.
Mais esse nó no centro é meu!
A direção foi tomada por mim
Eu escolhi.
Influenciada pelo que vejo?
Pelo bom, que bom?
Pelo mau, que mau?
O juiz, o juri, o jurado...
É um só! É...
A pele que vai arder
É essa sobre a chama.
Eu sei! Eu sei!
Esses fios e nó
Se entrelaçam em outros
De outros e outros
Que riem e choram...
E choram muito!
Quem não sabe...
Não quer saber!
É melhor assim, não é?
Deixa acontecer?
Do que vai passar
E o quem vai sentir
É melhor escolher.
Se vai chorar... Se vai rir...
Vai ser assim, e é melhor viver.
A dádiva
Está longe ou perto?
Não consegue distingue
Tem força presença
E não toca como vento
Mais É possível sentir
É luz ou escuridão?
Os olhos não vêem essas cores
Perfeição de carne nunca verá
Não há sentidos conhecidos
Que possam descrever
O desconhecido que assusta
O desconhecido dá força
O que vive e faz viver
Pelo sopro ou por química
Só resta a contemplação
E procurar a razão.
Escudo e espada
De uma fonte pra jogar
Essas moedas de memoria
Os pedidos deixa pra lá
Não pensa nisso agora
Brinca com a água
Molha os teus dedos
Olha para a frente
Encara esses medos
Lembra dos pedidos
E deseja novas ocasiões
Boas ou ruins não importa
São tuas as decisões
Mistura o que teve
Com o que esperava
Semeia o encontro
Diz a primeira palavra
Entrega o que tava guardado
Essa é a chance esperada
Dispensa as moedas e a água
O tempo tem escudo e espada
Do respeito às regras
Que os seres criaram
Tentam viver os humanos
Os primeiros que burlaram
São os que tem sangue
Sede suor e dor
Pensamentos deduções emoção
Medo força amor
Desfazer
Sem traços riscos: palavras
Sem emoção razão: vida
Sem luz detalhes: cor
Sem passos distância: corrida
Sobre a sombra do que é solido
A paz o silêncio o frio.
Onde está o tempo?
Onde passa o vento?
Se houver tato na esperança do calor
Sentiria falta até da dor!
Vai pedir um sorriso
A senha do paraíso
A mão amiga pra puxar
Uma pele pra esquentar
Um mapa pra se encontrar
Uma trilha pra caminhar
Uma beleza para olhar
Não vai conseguir parar
só vai pedir ar... ar... ar...
Acordei!
Amor
Você me faz me entender
Me coloca na razão
Essa que me faz sentir
O real da vida
Viver realmente
Sei que estou ainda por você
Foi pensando em você
Que continuei que continuo
Foi sua força sobre mim
Reforçada pela luz que está longe de compreender.
Você não é o sonho é a realidade que sonhei, que pedir.
Está comigo mesmo em quilômetros distante.
Penso em você, te fazer feliz.
É minha busca. Pra me fazer feliz...(continua)
Arcanjo
Uma soma...
Um sorriso sem dentes
O mais perfeito que os olhos podem ver...
Um coração que bate rápido.
Os olhos que brilham
Atentos, desejam descobrir, entender.
As mãos que procuram os dedos
A respiração rápida
Que deixa a minha lenta, pensativa...
Os dias a frente, a oportunidade
Ensinar e aprender...
Caminhar, observar, fazer...
A vida viver.
Obrigado Gabriel!
Saudade
A que aperta
Não sei de onde tiro o espaço
Mais continuo...
A mesma que me deixa fraco
Tem a essência e a formula
O incentivo pra amenizar
Sei o que estou perdendo
É a minha vida é a parte do todo
Mais eu sei!
Nos danos não me cabe pensar
Eles vagam
Mais não ouso olhar nos seus olhos
E assim contínuo...
Um temporal de imagem
Se formando nas nuvens do pensamento
Lembras de tempos bons e ruins
Guardados por sete chaves de gelo
Num tempo ruim é melhor que derretam
E com elas se vão os segredos
Das vidas... É... Não é só uma... Várias...
Como contos nunca contados
Nunca ouvidos, pra vocês nunca vividos
Mas vivos em mim!
Presentes na alma, almas vividas
Só eu sei, só eu saberei...
Seus pensamentos
As palavras se entrelaçam
Aqui não há regas
Aqui há pensamentos
São como tubos de linha
Você só vê as pontas
Se tentar decifrar
Pode se perder
Aqui é um labirinto
E confesso... Nem eu sei a saída
As paredes são coloridas, e você
Pode se decepcionar com algumas cores, elas revelam...
As mais claras aqui são obscuras.
Foi a tentativa infantil de escondê las.
Como um ser vivo, consigo imbernalas.
As vezes acho que me engano, que talvez dormem por conta própria.
Que bom que dormem!
Ou melhor seria se despertassem?
Que não seja eu que esteja dormindo, e que tudo isso seja um sonho!
Melhor que seja. Que fique assim, pra mim e pra você,
Difícil de entende...