Coleção pessoal de LaylaPeres
Chegou a hora de dizer adeus. Chegou a hora de voltar para casa e lutar por aquilo que sonho desde menina. Chegou a hora de se recompor e tentar ser feliz com ou sem ele. Uma das coisas que aprendi é que a minha felicidade só depende somente de mim, e não dele, nem da minha mãe, nem da paz mundial.
Esse é o fim. 365 dias sem ele completos. Inúmeras vezes tentei aproximação mas foi em vão. Não adiantou. Ele não voltou e não vai voltar. E acredite, é melhor assim. Esse é o fim. Nunca saberei se estou realmente pronta para me despedir, já que sempre é tão difícil despedir de algo que acabou fazendo parte da sua história. Eu vou e não volto, nunca mais.
Te amar nunca foi o suficiente. E eu esperava que no meio de tantos meses, a sua chegada acontecesse. Mas não foi nada disso. Você não voltou e eu prometo não mais chorar por isso. Prometo que tentarei observar de um outro ângulo. Prometo que tentarei dar risada disso, um dia. Prometo também que não me humilharei mais por um menino, jamais. E nem deixarei me perder. O fim é esse. Um ano se foi. 365 dias acabaram de se completar. E só espero que no futuro, se lembre sempre do que te disse. Não quero que fique triste. Quero que seja feliz, de verdade. E lute por aquilo que sonhou. Essa é a hora. Essa é a hora de me despedir.
Lembrei de todos os meninos que souberam dessa história de escrever durante um ano. O meu ex namorado foi contra, o meu ex ficante também e resolveu ir embora, e eu não fiz nenhum esforço para ir atrás. Escrever causa certo medo. Estraguei meus relacionamentos por escrever para alguém que havia ido embora sem ao menos se despedir, sem ao menos dizer pela última vez que como desejava me abraçar. Estraguei meus relacionamentos por medo de me envolver e te deixar. Mas com o tempo isso não foi o suficiente.
O mundo é cheio de voltas e não digo que talvez não posso encontrá-lo perdido por aí. Talvez, no futuro, possamos ser o que eu queria para nós. Talvez, sentaremos em um bar e daríamos risadas disso, ou quem sabe, contaríamos nossa história para nossos filhos. Mas talvez nada disso irá acontecer. Talvez esse realmente seja o ponto final que neguei a colocar em todos meus textos. O mesmo ponto final que inúmeras vezes jurei que iria colocar mas com medo e aflita, neguei. Neguei porque era mais fácil prolongar uma história que na verdade, não era mais história alguma. E você sabe tão bem quando eu. Você sabe que nunca mais vai me ligar porque não tem o meu novo número, e sabe que decididamente resolvi te tirar de vez da minha vida.
Mas eu sinto falta. Sinto falta daquele jeito que você era comigo e como era com o mundo. Era tudo tão lindo e idiota que de qualquer forma, voltava a acreditar em lendas. Tudo era bonito mas era uma pena que havia data para acabar, e seria dia quatro de novembro de dois mil e dez. E hoje eu estou aqui, podendo contar a vocês tudo o que me aconteceu nesse ano cheio de altos e baixos, de bebidas e ressacas, de amores sem devoluções. Ele talvez irá ler e sorrir ou pode até mesmo reparar que já se passou tanto tempo. Me deparei com a verdade diversas vezes no escuro e eu não sabia o que iria fazer da minha vida.
Minha vida sem ele se tornou um caos mas ao mesmo tempo precisei organizar tudo aquilo que sempre negava. Era muita choradeira acumulada, muito motivo para querer desistir de tudo, e muita falta de força de vontade. Minha vida se tornou um grande drama quando tive que despedir de tudo e aos poucos fui me estabilizando. Não de maneira certa, mas fui voltando ou tentando ser aquilo que era mas que não me lembrava. Muita carência em forma de textos e muito drama em cima de doses.
Esqueci dos meus valores e daquilo que sempre acreditei. Odiava ser de todos e não ser de ninguém no final das contas, odiava aquela sensação de ser usada, e meses depois, estava me permitindo ser usada e ser de todos. Me perdi de tudo aquilo que confiava e seguia.
Corri muitas vezes em círculos a procura de você, de mim, do nosso destino que brincava e esconde-esconde, mas a única coisa que conseguia encontrar era tudo o que não gostaria de ver e nem de ouvir. Eu corria em círculos atrás de você e ele corria em linha reta. E ficava cada vez mais bonito, prepotente e estúpido. E por incrível que pareça, sinto dó dele. Dó porque eu sei que ele não passa de um menino mimado e carente.
Você foi duro, retardado e idiota comigo. Foi mais um cara escroto que se eu tiver um filho, um dia, vou ensinar a nunca ser igual. E eu só consigo pensar no quanto me dói e o quanto me vejo tão como antes: Tão fraca e tão sozinha. Volto ao passado ( não tão antigamente assim) mas só consigo ver aquela mesma menina sentada na beirada de sua cama tentando achar alguma explicação. Mas vejam, passaram doze meses e eu não encontrei nenhuma resposta para nada.
as você não estava lá mais quando precisei. Você não estava mais lá quando entreguei os pontos ou quando ressurgi querendo fazer todos felizes. Você não estava lá quando fiquei bêbada e contei a nossa história, e não estava lá quando mais bêbada ainda, deixe-me ser usada pelo desconhecido que resolveu aproveitar. Você nunca mais esteve aqui, e nunca mais vai estar, porque finalmente esse é o nosso fim. Não estava comigo quando quis para sempre me entregar em outras coisas estranhas. Você não estava lá quando sem querer descobri coisas do meu passado. Não estava mais lá e nem pediu para ficar para sempre ao seu lado. Tudo isso se torna triste demais se for parar para pensar. Você não estava lá quando consegui finalmente cozinhar. Não estava comigo quando contavam piadinhas sem graças, e nem quando fazia greve de fome por neurose. Simplesmente você se abandonou e me abandonou.
E com um suave aperto no coração digo que não escreverei mais aqui. Guardarei tudo que aprendi, e quero que vocês guardem isso que disse. E ele foi um grande amor sim, mas haverá outros. Minha vida não acaba por aqui. Sei que vocês esperam que eu diga o nome dele. Eu não dizer. Sabe por quê? Porque ele é o ele de vocês. Ele daqui, é ele daí. E espero que você que me leia agora entenda: Você também é feliz sem ele.
Mesmo que isso seja difícil de aceitar, creia nisso. Creia com fé, com muita fé.
E pode apostar, estou aqui desse lado torcendo por você, por mim, e por todas aquelas que sofrem por um amor mal resolvido.
Há tantas meninas que passam todos os dias pelas mesmas coisas que passei. Sofremos, cantamos, e até mesmo gritamos. Mas estamos vivas, e precisamos dar valor a isso. Precisamos sair por essa porta que nos trancamos durante anos, somente para abalar. Somente para dizer ao mundo que estamos aqui. Não esperamos mais a felicidade e sim, vamos atrás dela, custe o que custar. E vamos chorar infinitamente, vamos sorrir e até mesmo seremos cínicas. Mas estamos vivas. Meu amor, estamos vivíssimas! Se for para chorar que seja na base do rímel à prova d'água. E que se for para sorrir que seja até rolar. E se for para encher a cara, que seja com classe.
Não fui totalmente triste, nem totalmente feliz. Fui a metade de cada sentimento que poderia existir. Ele tem uma vida ótima, e longe de mim de querer me enfiar lá. Antes queria ser dele, mas sei que posso ser dos outros. Sei que não sou tão bonita quanto as outras, mas devo ter algo que os outros chamam de especial. Sei que tenho que me dar ao valor. Sei até mesmo que não devo me arrastar tanto. Aprendi tanta coisa que seria tão impossível escrever todas elas aqui.
Cheia de mim comecei a ver outros sonhos. Risquei os velhos, os que não serviam, ou até mesmo aqueles que só serviam para deixar meu coração confortável. Rasurei todos. Troquei os personagens. Se quero renovação é preciso fazer por onde. Então, me renovei. Cortei o cabelo, mudei o estilo das minhas roupas e peguei pesadíssimo na academia. Não queria que ele se arrependesse, até hoje não espero isso. Só quero que ele veja o quanto eu o amei. Eu o amei sim. E sempre me questiono por isso. Sempre fico me machucando com aquele silêncio de sempre, mas não é por querer. Eu apenas questiono muito, essa é a minha natureza. E ele sabia, sabia que tudo para mim teria que ter resposta e que nunca me conformei com aquilo que havia acontecido. Tudo deveria ter saído conforme aos meus planos. Eu sinto mais saudades daquilo que não tive realmente, daquilo que era confortável. Sinto mais saudades dos planos que tinha. Não sinto mais saudade dele. Só sei que estou bem. Estranhamente e absurdamente bem. Me isolei de todos os homens possíveis durante o mês passado. Queria ter toda certeza do mundo que estava pronta para ser de outro. Mas aí fiz a descoberta que pode mudar minha vida: Eu sei ser feliz sem ele. Isso mesmo. EU SEI SER FELIZ SEM ELE!
Eu o vi pela última vez e foi num sonho.Mas acordei mais leve e talvez até mais tranquila porque finalmente o tempo passou. Finalmente não acordei com raiva e nem com saudade. Acordei como se fosse mais um dia normal e acabaria sendo mais normal ainda. Nenhum acontecimento magnífico e nenhum choro. Nem ao menos lembrei que havia sonhado com o indivíduo. Apenas segui em frente. E o mais incrível que possa ser: Segui em frente tão plena que pensei que poderia voar. Claro que não voei. Galinhas não voam.
Pensei que nunca iria passar. Pensei que iria amá-lo para sempre. E eu só consigo ficar feliz por ter esquecido, por ter finalmente superado esse amor tão louco, tão devastador. Fico feliz por estar feliz. Fico feliz por saber que ele também deve estar feliz. Mas como já se passaram três anos, não posso mais escrever sobre isso. Chega! O ano terminou e eu finalmente fiquei livre disso. Refiz minha maquiagem e meu orgulho e saí por aquela mesma porta que entrei. Saí para ser feliz e ter a vida que tanto desejei. Refiz tudo aquilo que destruí por orgulho, e me dá a minha bolsa e me dê licença, por favor, porque lá fora tem uma vida inteira a minha espera e não posso sofrer para sempre por algo que nem eu mais sei se existiu.
E nada de fuçadinha em redes sociais. Nada de comentários em suas fotos no facebook. Nadinha de nada. Três anos se tornaram quatro, cinco, e assim por diante. E eu só tenho que ficar feliz. Essa loucura toda que um dia conquistei, me deixou melhor, mais humana e mais forte. De açúcar passei a ser de aço. E pensarei mil vezes antes que alguém venha e abale tudo aquilo que construí. De menininha hoje sou uma quase adulta, não tão bem resolvida, mas também não tão crente de tudo. De tudo isso a única coisa que sinto saudades não é do cara que um dia eu amei e que morava nos quintos dos infernos mas sim do meu amigo, do meu melhor amigo que não tenho mais.
Precisei levar muito na cara para aprender. Tomei muita surra do mundo sem que ninguém percebesse e eu também não falei. Não gosto de assumir os meus pontos fracos. Tomei muito esporro, muito chute na boca do estômago em silêncio. E eu só aprendi. Aprendi que três anos passam rápido demais, por mais sofrido que seja, por mais dolorido e louco, um dia ele amansa. Os três anos passaram. De dezesseis, vou para dezenove em setembro. De inúmeras cores de cabelo, fiquei no loiro. E de vários regimes, consegui o corpo que tanto queria. E ele? Ele não sei. Os mesmos três anos que me fizeram aprender, fizeram com que ele fosse embora para sempre.
Não foi triste, foi cômico. Foram correrias dentro de casa, e segredos espalhados para minha prima (já que sou filha única). E ela só conseguia dizer que um dia ele iria voltar. E de fato, voltou para onde nunca deveria ter saído. Voltou para aquela vidinha, para aquele inferninho. E eu não estou mais nem aí para ele. Nem para os três anos que vão se apagar daqui um tempo. Não estou mais nem aí para os problemas dele, e nem para os meus. Só quis embora daquilo que me fez mal, e não acho errado. Achei certo, e pela primeira vez me comportei conforme queria. Me comportei como precisava. Não bebi para esquecer, nem ao menos quis ser mais cool para que ele voltasse.
u o deletei da minha rede social que na época era o Orkut, não queria mais saber dele, não queria mais pensar nisso. Arrumei um namorado que teve que me suportar amando uma loucura, tadinho, ele foi bonzinho. E deve ter gostado de mim de verdade mas nada disso importa. Não mais. Escrevo a favor da vida, da saudade e até mesmo da loucura que criei. Foi essa loucura que me fez ter blog e até mesmo aflorou o meu lado tão menina. Mas nesse processo de loucura, a única coisa que realmente queria fazer era abusar da vontade de todos. Não me importei quem me amou ou quem iria me amar. Passei por cima de tudo aquilo, e eu não queria mais ser de ninguém. Só conseguia sentir um vazio filho da mãe. Ele havia sumido do meu mundo e eu só conseguia ser uma vaca.