Coleção pessoal de lauramello
Eu tenho que aceitar ser quem sou.
Mas isso não é de vez em quando.
É sempre, é hoje, é amanhã, é eternamente.
Pouco importa o que a vida me reserve.
Eu preciso aceitar ser quem sou.
Aceitar a minha história, os meus fracassos e as minhas glórias.
O que me acontece é tudo meu e de mais ninguém.
É muita responsabilidade ser quem somos.
E eu seguro firme essa barra.
Eu não me largo por nada, eu não me abandono.
Posso até viver na rua, ou num castelo.
Quero e preciso aceitar ser quem sou .
Sim, eu preciso e quero!
Se estou bem, faço poema.
Se estou triste, na tristeza o poema existe.
Se estou confusa, um poema a tudo esclarece.
Se me apaixono, num poema me derramo.
Se fico em silêncio, escrevo um poema mudo.
Se grito, o poema grita mais alto dizendo:
- Vamos parar? eu não sou surdo!
Se me agito, o poema vira canção e as palavras dançam como se estivessem num bailão.
Se estou quieta, é o poema dormindo no meu coração.
Se fecho os olhos, o poema salta deles querendo ir além da visão.
Se vou dormir, um poema que dormia acorda querendo que eu o escreva.
Enquanto não escrevo, ele não me dá paz.
É, acho que o meu problema é ser poemática demais.
Às vezes duvido que eu seja uma mulher.
Penso que sou um poema; mas não um poema qualquer (...)
Olho para o céu pela janela do quarto da minha vida, e acredito no infinito de maravilhas que existe além da imagem que vejo.
Acredito que por detrás de cada estrela, da lua, das nuvens, (sejam elas brancas ou escuras), em nada do que vejo lá no alto, existe algo que me ponha algum medo.
Acredito que apesar dos mistérios que envolve a grandiosidade que é o universo e de seus segredos; nada me serve de ameaça.
Porque tudo que possa me virar do avesso, me tirar do prumo e me deixar sem rumo, não vem de fora, mas de dentro de mim.
Dizem que cada um de nós somos um lugar.
Baseado nisso, concluo que conheço pouquíssimos lugares.
Alguns, porque nunca estive lá; outros, estive só de passagem.
E outros, eu até estive por um longo período.
Mas hoje, olhando para eles, confesso que são lugares desconhecidos pra mim.
Eu achava que sabia, mas não sei nada deles.
Eu só quero sobreviver ao voo.
Pois não tenho asas, mas eu declaro que irei voar.
São as palavras que têm poder, não as asas.
às vezes, a vida me ofende.
às vezes, viver é uma ofensa.
às vezes me sinto ofendida pela vida.
às vezes não, quase sempre!
eu trato a vida tão bem.
então, por que ela me maltrata?
por que tanto desdém?
vez em quando é generosa;
e ao mesmo tempo tão ingrata.
vida fingida! se finge de minha amiga,
até tirar meu coração com as suas próprias mãos ...
aí, Maktub : me mata.
Porque ser comum não é certo, é anormal, é chato, é tudo o que não sou e nunca serei.
Ser comum seria errado, não seria do meu agrado.
Adoro ser diferente.
É fascinante esse meu lado complicado.
Esse meu lado de gritar com a boca fechada, berrar silenciosamente.
Lado que tem luz própria, lado reluzente.
Sim, porque nós todos temos dois lados.
Agora, o que diz quem é você, é o lado que você vai escolher transparecer.
Herói é aquele que consegue encarar os seus medos, ir a luta e vencer. Fazer tudo isso em condição de anonimato, sem ninguém perceber.
Eu descobri ser uma herói de mim mesma, assim, como você.
Meu Deus, não sei se mereço.
Sei que preciso. Mas precisar, não é merecer?
É uma pena que se for, a sorte não quer nem saber.
Não sei também se é a sorte que decide.
Mas se for, muda a minha sorte meu Senhor!
Senhor meu Deus ...
Que toda atitude mesquinha,
Que todo sentimento ruim,
Nunca parta de mim.
Nunquinha!
Que eu ame com verdade,
E que dentro de mim, nunca haja maldade ...
Amém.
Amor é colheita.
Colha!
Amor não é escolha.
Paixão é sangue fervendo nas veias.
Amor, é calma na alma.
Nem sempre a vitória é uma conquista.
Às vezes, é ter sabido lutar com dignidade mesmo tendo sido derrotado.