Coleção pessoal de lasana_lukata

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⁠Quando me perguntam se está tudo bem como se eu fosse o problema, respondo que comigo sempre está tudo bem⁠, o mundo é que às vezes não está bem comigo!

⁠a dança das cadeiras é a dança dos fantoches

⁠o cego que não quer ver,
pode ter sido pago para não enxergar;
o mudo, em silêncio,
pode ter sido pago para se omitir.

⁠há uma doença mentalmente transmissível chamada Desânimo e seu agente transmissor é Satanás, ladrão de vitalidade.

⁠o terceiro limpa-para-brisas
a uma narcisista
no céu, dizendo volta,
teu rosto de nuvem
insiste em gotejar
na vidraça dianteira,
o narcisista é um vaivém,
mas, pelo retrovisor-
na vidraça traseira-,
o terceiro limpa-para-brisas
ainda enxuga
temporais do passado.

⁠Deus é bom...

Deus é bom,
mas não ouve mais som;

em bom tom,
Deus não ouve mais som;

em bom som,
Deus não ouve mais som;

alta voz,
Deus não ouve mais som;

pode gritar,
Deus não ouve mais som;

Deus não é ".com"

⁠a inteligência é a habilidade em tirar partido das circunstâncias. Quem tira partido das circunstâncias de fragilidade emocional não é inteligente, mas astuto; não visa o bem, mas o engano.

Abram os olhos
porque há igrejas
que são astutas ciladas
do diabo.⁠ Não visam o bem, mas o engano.

Muitos confundem crescimento com inchaço, inchaço é doença; muitos confundem astúcia com inteligência: a inteligência visa o bem, a astúcia, o engano.⁠

⁠Garça

durante o voo,
há sempre um corvo
adicionando lama
às minhas asas.

⁠vivi errando
de poema em poema,
buscando o emblema da poesia.

⁠como a lacraia cortada ao meio,
assim é Satanás,
metade anda para a frente,
metade para trás,
injetando a verdade
misturada com mentira.

ansiedade, ruína da esperança.

Não sei de onde tirei a ideia de que poderia caminhar ao seu lado.
Creio que em delírios, carrego nos meus braços o esqueleto da Esperança.

⁠há uma crença na imortalidade da lama

⁠não só o corpo, a alma também tem que perder peso.

quebra palavras contra os muros;
⁠escreve entre quatro paredes,
mas no quarto há uma rachadura,
por onde entra a voz do povo.

⁠fórceps

garça força a saída do peixe;
dentista, a saída do dente;
poeta, a saída do verso;
inclusão, entrada forçada;
este mundo
nem me ouve,
nem se abre,
só a sabre
penetrei.

⁠alienação


um homem ia ao mercado,
ia tão alienado,
sem saber que repolho
brota aberto e, trancado,
ensimesma-se do mundo.

⁠dos pastores,


não seja um Melquizedeque,
se vende por um copeque.