Coleção pessoal de larisssinha
E vai embora o meu amor. Esvaindo-se pelas frechas das minhas mãos na mais precisa velocidade. E eu não sei o que fazer, o que sentir, o meu lado emotivo agora está um burburinho de sentimentos, com os quais ainda não aprendi a lidar. E ela vai correndo afim de procurar alguém que apague as dores e cubra sua vida com amor. Esse alguém não será mais eu. Mal sabes que o único amor que conseguirá encontrar, será o de momento. Aquele que ama-se por um tempo porém logo regride e decai. Ao pensar que a machuquei, meus olhos entram em desespero para chorar e a única frase que sai da minha boca é: perdão. O tempo separadas vem vindo a visita constantemente, num ponto que não sei como reverter. Deixei o meu lado poético de lado para redigir o que estou sentindo agora. Quero que saiba, que dói MUITO em mim, que eu choro à beça quando isso acontece com a gente, prefiro pensar que não estou sendo substituída para não esvaziar todo o meu estoque de líquido retido no corpo, e não jorrá-lo pelos olhos. Eu sou muito intensa, quando amo, amo muito, quando sinto ciúmes, sinto muito também. Medo enorme de perder a única pessoa que põe um pingo de sentido na minha vida e que faz ela valer a pena. Medo maior do que esse, só que você não sinta o mesmo por mim, esse é realmente maior. Escrevo tanto sobre você, sobre nós, não sei como ainda não faltaram palavras. E quando estamos nos vendo, e você me olha com seu lindo sorriso ah eu me emociono até o último fio de cabelo, e você sabe disso (quando isso aconteceu, estava tocando Wait for Me do Kings of Leon, ouça, é um dos meus recados pra você.) E não quero que isso acabe, eu não deixarei. Gostaria que soubesse, que amar tanto assim é difícil demais e machuca, mil perdões por ser essa intensidade toda, e não se assuste com isso tudo. Se não sentir o mesmo, ignore, esqueça. Eu to pedindo por todas as coisas lindas da vida, e por esses 2 anos completados recentemente, pra você voltar.
E fez-se ponte,
ligando meu andar a sua fala.
Apenas uma voz,
zunia em minha audição e dizia escuta-me e para.
Assaltou-me o instinto fugitivo,
ora chorava ora corria
e logo na terra os pés ficaram mantidos.
Roubou-me os poemas, roubou-me os sapatos.
Partiu-se a ponte.
Encontrei-me sem rumo.
Da sua dificuldade eu nem sei.
Mas a minha fez-se um furo.
Dilacerei-me nas águas do rio, embaixo da ponte partida.
E enquanto afundava-me na correnteza apressada,
via-te bater os chinelos,
na mais precisa correria.
28/04
As vezes, é melhor ter alguém
que suplique a tua volta,
que te queira perto, mesmo longe.
Alguém que cancele os vôos para longe,
só para pousar no seu coração.
As vezes é melhor ter alguém,
que te dê uma vida inteira e além dela,
que faça de você, o primeiro lugar no pódio,
do primeiro lugar no pódio.
Alguém que pela chuva, vá embora,
porém volte logo depois com o amor que jamais havia sido praticado.
Alguém que te puxe as orelhas e cole-as de volta.
Alguém que tome as tuas dores e arme uma cena de circo.
Alguém que ame você com toda a boniteza e nobreza que jamais um outro alguém amou.
Só aceita-se o ninguém,
quando o alguém lhe magoou e deixou a ferida.
Porem que voltará com sua caixinha de primeiros socorros, atingindo o seu feito, sarando-o.
Do seu alguém para quem necessita não ter ninguém
(Resposta ao ser retweet 'As vezes é melhor não ter ninguém)
19/04/15
Está nublado,
Os pássaros que me acompanham no caminho,
Hoje são desaparecidos.
Bom contar com acontecimentos relevantes.
Tu me levaste os agasalhos,
E me deixastes a grande chuva.
Peço que volte.
Te amo com as falhas de todos os ódios.
O inverno do seu coração
10/03/15
Feliz aniversário,
pessoa que somava a minha insônia,
e roubava o meu juízo.
Muitos anos de vida,
pra quem nunca constatou se meu coração,
era ou não de ouro maciço.
Ao primeiro e não único,
um beijo na testa suada,
e um adeus de saudação.
Seu importuno dia
08/03/15
Nos meados de fevereiro,
Por trás da persiana,
vai passando meu bloco serpentino e baderneiro.
Máscaras coloridas e não-caídas,
beijos invadidos por confetes,
E as duplas no romance mal resolvidas.
O barulho das marchinhas e das latinhas sendo jogadas ao chão, não me enganam mais.
Persisto na cena da luz apagada,
adormecemos sobre nossas sombras,
Retribuo o olhar, e a abertura da boca embriagada.
Percebo que eis o meu verdadeiro bloco.
Minha canção de Carnaval.
O mais feliz do Carnaval.
15/02/15
Quem sabe, amor
Nós admiraríamos o começo da segunda-feira,
Dançaríamos diante do cansaço,
Gritaríamos em meio a enxaqueca,
Fumaríamos entre a overdose.
Quem sabe, amor
Eu seria a dor, e você o comprimido,
Você seria a lágrima, e eu o lenço de papel.
Seríamos uma vida só, em meio ao congestionamento
-bala de açúcar ou dipirona?
Noite de ventania aqui na poesia.
As palavras hoje resolveram trucidar,
e se afogarem no abismo.
Sobraram letras ainda da infãncia, que da morte não foram reféns, ah eu sinto muito.
Entrego-lhe-as com sorrisos em forma de carta, nela presente os estilhaços do poema que eu levei horas tentando encontrar, aqui na poesia.
Os traços salientes do seu rosto
As entrelinhas do seu corpo, querida Helena
que em mim transformam-se em enchente.
E o vento que gira e venta e percorre
todos os fios dos seus cabelos, tão negros
caindo por entre seus olhos e te atrapalhndo na correria dessa vida.
E você os bagunça, arruma-os atrás da orelha. Isso é tão lindo.
O beijo arfado e sufocante que nunca existira ali.
A multidão que perde olhos quando você vai para a praia, me afogar.
Você passa e calam-se os alheios,
vomitam os incertos,
sorriem os que sentem-se iluminados por sua presença.
Queria que fôssemos dois.
E pensar que nesses memoráveis pensamentos, tais não deixaram de ser,
pois nunca estivesses ali.
Naquele banco, daquele salão,
naquela calçada, que eu desmembraria
formaria o nome de quem amas incondicionalmente,
Para te fazer passar e sorrir
Lembrando de alguém, ligando para dizer
eu te amo!
E para mim, a vida só resta seguir.
Enquanto o céu for azul
O poeta; translúcido é.
Cinzeia-se tal céu e
O poeta, claustrofóbico fica.
Gastrointerite do desassossego,
Antibiótico, és tu, poesia.
Se for pra sorrir, ria
Se for pra abraçar, esmague
Se o amor deu certo, não mastigue, engula
Se ele for decepção, vomite.
Volte ao primeiro verso.
Mineiro,
de tão boa raça, de tão boa praça
que acolhe os visitantes numa tarde de domingo.
Mineiro,
dedos na terra; olhos na água.
Arrasta sotaque, mineiro,
e faz caseiro, o pão de queijo.
Mineiro,
de cobrir pelos eriçados alheios,
que se faziam congelados; fria é Minas.
Do feijão tropeiro, guarda metade para os forasteiros.
E ósculos de mineiro? É bom?
Mostra pra mim, mineiro.
Chuva de benevolência na primavera,
pra nós é pouco
Eu quero é tempestade de afabilidade,
apego, apreço
Eu quero a soma das equações, e não a subtração
em que as incógnitas somos nós.
Estima, aproximação da gente
porque nosso caso é periódico.
Já morreu
a saudade, inválida
não entendo o sufoco,
ciumeira transviável
desassossegante
não graduei-me na melancolia
sou refém do sinal vermelho.
Menina, diz pra mim que está bem, sorrindo, que seu pensamento está descansando, que seu coração despedaçado está sendo reconstruído depois de acidentado.
Segura a tua alma, com força, vive, chora. As tuas lágrimas deixa que eu seco.
Me prometa que vai aprender a pedir ajuda quando o frio de agosto for capaz de te congelar mesmo com todos os agasalhos e cobertas.
Sabe menina, eu te cuido, você não sabe e nem nunca saberá de nada que eu despejo nos tantos textos e poesias aqui existentes. Te protejo. Não faz sentido querer tão bem à alguém que eu não tenho perto... não dá pra explicar, é maior que minha cabeça, que meus sentimentos, minhas palavras. Só te amo.
Se algum dia fui repentinamente grossa, menina por favor releva porque sou de Áries, e de lua quem sabe.
Se for pra chorar, fique à vontade. As flores inflorescem sem um pouco de água.
Boa noite meu amor, não sei terminar isso, quando o ser humano for capaz de decifrar o amor, talvez eu volte aqui, caso contrário não me espere.
Só, solta a alma com amor, sorria como o sol que todo dia invade tua janela. Sorri pra mim.
Hoje eu pensei em Helena. Não sei como pude ser capaz de criar essa ventania gelada que paira sobre minha cabeça com o imenso barulho da Rua Voluntários da Pátria. Pensei nas vogais, nas consoantes e sílabas que formam o nome dela, e na cor do seu cabelo tão negro, macio e cheiroso. Ele tem cheiro não de jasmim ou lavanda, mas um cheiro suave e tranquilizante. Esteve permeando pela minha cabeça também, seus olhos bipolares de cor, e aqueles cílios pequenos que tanto a incomodam. Saudosista fiquei, quando Ela Disse Adeus tocou no rádio nostálgico daquele carro. Coloquei meu rosto sobre a janela e olhei as ruas como se olhasse para ela, sorri quando num vulto vi sua lanchonete preferida estagnada (quem sabe um dia não comemos lá)esperando por nós. Persegui as entrelinhas do seu rosto nessa minha mente que tanto embrulha pensamentos (para/sobre ela).
Hoje pensei em Helena, logo depois; acordei.
Boas Noites para Helena
Ei, eu não consigo dormir, tá um vento gelado... tô com saudade e frio. Queria ser exato e excessivo o suficiente para você vir aqui e desligar a luz com seus olhos escuros. Helena, instavelmente, orgulhosamente, eu estou com frio. Venha e leia sua poesia preferida do velho Pessoa, me tira esse descompasso de solidão e multidão. Chega, e acalma meu sistema nervoso, sintaticamente falando, acalma minha cabeça precedida de frio e saudade.
Clarice, minutos antes de compor Macaé, seu último copo de água era abundantemente gelado como eu e ele.