Coleção pessoal de Larissa-Marques01
Seus joelhos já estavam feridos de tanto cair no chão. Permanecer ali não estava em seus objetivos. Deus sempre sussurrava em seu ouvido: " levante-se ainda não chegamos ao fim. Se não deu certo, não era pra acontecer. Eu sou do tamanho da sua fé. Deixe-me entrar em sua vida, deixe-me conduzir seus passos. Deixe-me te fazer feliz. " - Ouvindo aquelas palavras ela se ergueu.
Muitas coisas mudaram de uns tempos pra cá. A triseza não era tão presente. Procurou um caminho mais calmo e tranquilo, mas ainda estava distraída, com pensamentos longes. Ainda sentia falta de alguém. Estava feliz mas em algumas noites seu passado vinha à tona e sentia recaídas. Não chorava. Aprendeu a engolir o choro e deixar que a música fizesse o serviço de traduzir sem palavras o que sentia
Deixa ela se acabar. Deixa ela beber. Deixa ela fingir um sorriso enquanto o brilho misterioso do seu olhar chora. Deixa ela criar um mundo inteiramente seu. deixa a vida a mostrar que tudo que ela pensa, que suas dores não são eternas. Mosta a ela que é somente um passatempo, um ensinamento, pra fazer dela alguém melhor, mais fria, menos sentimental e mais experiente. Deixa ela se anestesiar.
Foi medicada por sofrer por lonjuras. Um cigarro forte. Um abraço invisível forte. Palavras fortes. Saudade intensa. Bebidas mais fortes ainda ..
Tudo forte ..
Pra curar ..
A dor de ter ido tão longe por alguém.
E o doutor:
- O que sentes?
- Sofro de amor, doutor. Sofro de ilusão. Sofro de medo. Sofro do coração.
A bipoloridade estava cada vez menos perceptível. Hora sentia uma felicidade inexplicável, mas em certos momentos não sentia nada.
As férias todas e você aqui, na mesma cidade do que eu. Quantas vezes nos falamos? Quantas vezes nos vimos? Poucas, pouquíssimas. Algumas vezes sorrisos discretos, outras vezes nem uma palavra ou uma feição facial convincente de que a felicidade estava presente. Apenas pequenas trocas de olhares. Segredos escondidos em nossos olhares.
A única lembrança que tenho desses dias é aquele presente. Para outra pessoa pode simbolizar como apenas uma pulseira, mas pra mim, um mundo de lembranças, sonhos, ilusões e um sentimento jogado ao vento. Mas aí, as férias estão ao final e você vai embora.
E minha última mensagem não foi agradável. Foi uma mensagem de decepção. Sua desconfiança machucou, ainda dói, evito lembrar. Mas quando for embora peço que não me avise, porque a partir do momento que você for, juntamente com meus sentimentos, você morrerá dentro de mim.
Você virou as costas para quem te queria bem. Casei disso tudo. Quero viver. Quero te esquecer. Quero ser feliz. Mas ainda guardo as únicas lembranças reais disso tudo: o seu sorriso e o brilho secreto do teu olhar.
Amo- te como as estrelas amam
O vento frio que o espaço esconde
Eu sonho, as vezes, que tive um dia
De teus implícitos desejos ..
Acostumou-se a não durmir. Não tinha vontade alguma em fazer isso. Se caso, chegasse a isso, tirava apenas pequenos cochilos. Mas isso não era suficiente para descançar..
Seu corpo estava exausto. Dores já eram de costume. Sua cabeça encontrava-se pesada. As vezes uma dor insuportável como se houvesse pessoas gritando dentro de si. Com grande esforço se levantou.
Ficou ali parada a observando no espelho. Estava pálida. Sem aquele antigo sorriso. Seu cabelo totalmente desarrumado. E seus olhos? Ah, seus olhos estavam fundos e aquelas honrrendas olheiras eram somente os mapas das suas decepções ..
Sua insane vontade de observar o brilho da lua, fazia com que aquele brilho ofuscasse suas lembranças. Se desligava do mundo. Seu corpo paralizava. Seus comandos não eram obedecidos. Em instantes faltava-lhe o ar.
Tudo que não podia ser explicado a fascinava, a fazia ficar horas e horas ali pensando. Tentando entender o imcompreensível. Não gostava de luz. Isso a cegava. Mostrava abertamente o caminho ao qual ela andaria. Não queria isso. Não queria saber por onde andaria. Acho que era medo de prováveis consequências. Preferia viver ali. Em meio às sombras. Sem nada entender. Se alimentava do silêncio. E daqueeles pequenos ruídos. O som feito pelo vento, e daquele lobo negro, seu velho amigo e companheiro de sempre. Passava horas e horas desvendando os feitios e prazeres que aquela solitária noite lhe submetia.
Não era como as garotas da sua idade. Nem tão pouco almejava ser. Tinha gostos diferentes, fazia escolhas diferentes. Se sentia melhor trancada no seu quarto na companhia do silêncio ou de uma música calma. Não se preocupava se seu cabelo estava bagunçado, não se preocupava com a roupa que vestia, nem com as aparentes olheiras que surgiam ao decorrer dos dias. Aprendeu a se importar com nada, nem ninguém. Aquela chuva mansa a acalmava mesmo sem nada entender. Estava com a mente pesada e o coração despedaço. Tentou reagir, mas não havia forças. Pegou a única lembrança real de tudo aquilo que havia passado. Era uma pulserinha, uma pulseirinha do Bob Marley. Nunca a tirava do braço. Passava horas e horas a observando, se lembrando de tudo se segurando para não chorar. Faltava sempre muito pouco para se perder a razão. Mas o desejo de lucidez era maior, do que se deixar levar por todas aquelas ilusões.
Meu corpo não respondia aos mais simples comandos impulsionados pelo meu ceérebro. Estava deitada, sem reação, com o mesmo olhar de peixe morto. Não piscava. Minha respiração falhava. Sentia falta de ar.
Ver alguém chorando me deixava nesse estado. O motivo de me sentir assim? São tantos.. Me deixava levar por aquela insuportável dor de sempre.
Sou eu que te faço chorar?
Sou eu o motivo dessa sua contínua insônia?
Sou eu o motivo dessa sua tristeza?
O que você está pensando agora?
O que você vai fazer?
Não chore. Achará resposta para a sua pergunta.
Mas te ver assim só alimentava mais a minha vontade de permanecer ali. Noo meu pensamento permanecia a duvida se todas aquelas palavras ditas te pertubariam ou só me causariam mais dor.
Não entendo essa minha estranha vontade de chorar. Me desliguei do mundo. Estava ali, sentada em um sofá, rodeada de pessoas, mas não houvia vozes, não fazia partes das brincadeiras. Meu corpo estava ali, mas minha mente em outro lugar. Me lembrei daquela música. De início sensações boas me vieram. Mas não demorou muito tempo.
Não demorou muito tempo e todas aquelas lembranças felizes se quebraram e se dividiram em milhares de cacos pontudos. E agora?? O que faço ?? Não sei! Vivo me perguntando em pensamento.
Todos ao meu lado olham para o céu, dizem estar perfeito o brilho da lua e de todas aquelas estrelas ali ao redor. Não enxergo lua, muito menos estrelas. Nenhum tipo de luz. Vejo tudo escuro,sombrio. De repente saio daquele lugar em que estava e quando olho no sofá de casa ninguém. Aoonde foram todos?? Sumiram?? - Acho que me largaram de lado. O motivo?? Sei mas não quero admitir. Não consigo admitir nem a mim mesma. Me tranco no quarto, grito em silêncio, me sufoco no meu próprio choro. E para meu alívio, adormeço (..)
Você não sabe o poder que aquelas suas palavras horrendas fazem sobre mim. Me tranco no meu quarto ou até memo no banheiro. Você ainda continua aos berros, aos gritos. Isso me faz mal sabia? E você não imagina como. Sou tomada pela inexplicável vontade de choro, em momentos penso em me auto destruir, fugir, sumir para um lugar qualquer onde você nunca mais me veja, me encontre. Suas palavras vão e voltam na minha mente. Me sinto um lixo, um monstro , um nada, como você diz. Voce diz que não me reconhece, não sabe dizer quem sou. Poisér, eu também naão sei, não tenho a mínima vontade de saber. Quanto mais você me xinga, me compara com outras pessoas, mais frágil eu fico. Começo a mandar sms mendigando por carinho. Pedindo um pouco mais de atenção. Não me fuzile com suas palavras, você não sabe o que estou passando, a dor que estou sentindo. Sinto saudades dos velhos joelhos ralados de antes.
Se afastou de todos os amigos, sem dar uma explicação convicente. A família já não lhe chamava a atenção. Preferia estar acompanhada do silêncio. As palavras já não a interessavam mais. Não sentia fome. A comida não lhe atraia. Não sentia frio. Estava sentada naquele chão gelado, debaixo de uma tempestade. Se deparou com um fantasma. Entendeu que ele seria o medo. Mas não se assustou. Aquele fantasma, era perfeitamente uma copia dela. Permaneceram ali calados, olhando entre si, sem nenhuma palavra. Em pensamento ele a perguntou o que sentia. Tentou gritar. Mas palavras não saiam. Estava regressando ao seu passado. Retomando aquelas suas velhas origens. O instinto de ser um lobo negro e solitario estavam cada vez mais evidentes. Sua mente começava a falhar, suas ideias desapereciam. Olhava todos aqueles cortes em seu braço. Lágrimas de sangue escorriam por seus olhos. E novamente a escuridão e o vazio a pertenciam.
Abrace tudo aquilo que te faz bem, que te deixa com um sorriso lindo sem grandes motivos. Realize seus sonhos, acredite naqueles que querem te fazer feliz. Uma chance à essas pessoas nunca é demais. Se tiver que escrever, escreva, não guarde palavras consigo mesmo, pois isso as vezes te corroi por dentro, te entristece. Não fique triste por um sentimento não correspondido, pelo contrário, carregue para a sua vida, os aprendizados que ele vai te mostrar. Na vida só se alcança o caminho da felicidade tentando. E se gosta verdadeiramente de alguém persista, conquiste o coração da pessoa amada, porque ultimamente dizer eu te amo, já virou piada.
Não desanime no primeiro tropeço. Levante. Sorria. Siga adiante. Erros são nescessários para te manter em pé, te tornar mais forte. Mude essa cara triste, abra um sorriso, coloque suasmetas em primeiro lugar. Se elas não podem se tornar reais, sonhe, viaje através da sua imaginação, imagine tudo aquilo que você pode ser, tudo aquilo que você sonhou, sem medo. Sonhar! Uma palavra tão pequena mas com um poder tão grande, tão inexplicáve. E quantas vezes você ficou mal e dizia ser o fim do mundo e no outro dia acordou com um belo sorriso no rosto?? Diversas ne? A vida é assim mesmo, hoje você pode estar triste, mas Deus te quer sorrindo. E se hoje acordou em um dia daqueles, aqueles que você não sente animo, aqueles em que você chora ao invés de sorrir vá, coloque seus fones e deixe que a música juntamente com seu silêncio te façam entender verdadeiramente o que está realmente sentindo. Antes do arco-iris vem a chuva. Aprenda e entenda isso.