Coleção pessoal de lapejulio
A procura
Para você que procura uma paixão.
não procure!
Abra sua alma e deixe a paixão entrar e você,
arder sua pele e acelerar seu coração
Curta o momento ao máximo,
e se da paixão florescer o amor,
mas novamente sem a procura
que floresça naturalmente.
Desfrute o máximo que puder e se tudo acabar.
Assopre a vela e agradeça por te passado
pelas sensações mais belas da vida.
Agora desfrute do seu ser sem arrependimento
e então relaxa que a roda viva ira girar
Soneto do Desencontro
Como o olhar suporta
Ser grande ver o inalcançánvel
Depois ser tímido, não enxergar
Somente olhar sem devorar
Como o abraço suporta
Ser longo, sentir o extremo
Depois ser curto, não encostar
Somente abraçar sem sufocar
Como pode o amor suportar
O desfazer de um encontro
Que do amor se fez
Como pode o amante suportar
Um sussurro que hoje é
Pouco e amanha talvez
Soneto Comodista
Vem meu amor, vamos sair da caixinha,
Dessa metódica musica que origina fraqueza
De uma nota só, de melodia sem linha;
Do que ouço ao corpo sem destreza.
Afeta-me os fortes ventos vindo do sul,
Que sem norte fez imortal o improviso.
Tamanho canto em desmedido azul;
Que a existência só clareia meus ouvidos.
Vem, meu amor, vamos improvisar,
A musica de uma nota só cansa,
A dança sem o movimento não é ar;
Amor vizinho sempre terá fome de ritmo
Sustente a cadencia, dança e improviso,
E assim a musica do amor não irá ao abismo..
Soneto de Despedida
Da primeira vez ocorreu impetuoso
oprimiu a calma feito um louco
violentando meu ser pouco a pouco
fez dos meus olhos secos aquoso.
Da segunda vez ocorreu a esmo
resumiu o caminho eterno a colisão
assassinou friamente a paixão
fez dos meus olhos amantes ermo.
Enquanto teus olhos brilhavam aos meus
o choro, a sofreguidão, o impeto que ocorreu
era claro meus olhos ainda eram teus
Quando meus olhos se perderam aos teus
a morte, a colisão, o ermo que ocorreu
era claro teus olhos não eram mais os meus
Recitou aos ouvidos que logo morrerei
Amorteceu minha boca de doce balada...
Zero foram alguns dos beijos que dei
Com o sabor da fruta envenenada.
Envenenar com solidão um amante
É como empurrar um coração suicida,
Fixar sua morte em céu não estrelante
Ou ocultar do céu o luar da vida.
Hoje o amor me tornou um cadáver
Morto de amor, mas ao seu lado
Já que mataram seu maior aliado
Nas profundezas do seu ser infernal
Amante e amor ainda vivem por aí.
Sendo assim, morto operante é imortal.