Coleção pessoal de keyladebora
-Li, reli, soube da vida
-Vi, revi, assisti a enlaces
-Questionar a cerca do amor é tolice,
Pois o que não nos é tangível
Difícil é sua compreensão
- Dá-lhe conceito,
- Utopia.
- Dá-lhe forma,
- Cegueira.
- Cobrar-lhe razão,
- Loucura.
- É sorte?
- É construção?
- É procura?
- É um achado?
- Alfa? -
- Omega?
- É o caminho?
- Ou o final dele?
- Porque quanto mais procuramos conhecimento, quanto mais estudamos,
Mas longe, dele ficamos?
- “Só os burros encontram amor pra vida toda,
E se no meio do caminho quiser sair de seu estado de ”burrice”,
Irá ameaçar sua situação de felicidade plena.
Eu sou burro, quero ser sempre burro”*
- Será que a exibição exacerbada da alma...,
A procura constante por enriquecimento intelectual...,
A expressão ilimitada do saber...
Distancia-nos de tal regozijo, o amor?
- Não sei, só sei que nada sei, sendo assim , um BURRO, E BURRO FELIZ
Chega o momento em que as nuvens dão lugar ao calor do sol. E as libélulas saem expondo sua leve e frenética dança, a procura de parcerias para dar continuidade de sua beleza.
Vão, vêm, se trombam, se atropelam, como mine helicópteros magrelas e desgovernados, cintilam a luz que roubam do rei.
Voam alto, voltam ao mato... até que encontram pouso, um lugar pra desligar seus motores, descansarem e assumirem a ilusão apregoada pelo desconhecido, a da eternidade.
Peleja também humana e imperceptível
Que a beleza seja só complemento, sentimento seja o principal, que alma prevaleça ao toque, que a alegria venha do sentir e não do ter, que a lágrima venha do riso e não da tristeza, que o mundo acorde, que eu me acalme e acredite.
São tantas as confusões
O mundo, aí fora, me assusta.
Múrmuros, gritos, risos, todo esse barulho me devolve pro nada
É tudo sem sentido, e eu sinto
Um néctar gelado descendo por minha garganta,
Sem gosto , mas refresca.
Olho pra todos os lados e não vejo nada, nenhum Oasis.
Apenas um copo suado, um estranho do lado, sem nada pra dizer
Algumas bitucas afogadas nas cinzas, que ainda insistem em queimar
Turbilhoes e mais turbilhoes de histórias, deixo escapar, sem interesse.
Noto olhares frios procurando o que acham que ainda não encontraram.
Procuram por alguém, por amor, por trabalho, um sorriso, por mais um copo
E perdem-se.
São felicidades tortas, vãs, ocas e que se desprendem na fala.
Como se fosse um reunião de “mudos” ( ou surdos?),
Onde o que se ouve, não se escuta
Não, igual a todos aqui, não estou querendo saber.
Um sopro no fundo da garrafa e “- Mais uma?”.
- Não, só a despesa, por favor.
Enquanto espero, percebo que não estou pensando em nada ,
Nada além de não estar pensando em nada. É estranho !
- Não confunda os outros com sua loucura.
– OK, vou tentar
Sou igual a todos eles, também procuro algo.
Desta vez vou procurar minha carona lá fora, bye!
Mostre sua cara, oferte-se.
Prove novos sabores, arrisque-se
Ganhar ou perder faz parte, mas não é tudo.
E viver como abutres, esperando o que sobrou
Da morte, do resto, do fim, é triste, é nojento...
Fatigante.
Não sentir seus sentimentos,
Tentando entender os dos outros é tolice,
Faça suas próprias “nóias”. Viva-as
A qualquer momento que quiser acordar, faça.
Sempre é hora de recomeçar.
Tente levantar-se sem muletas
Sem escoras, alinhe-se
Verás quão mais extenso é o horizonte
E esta linha, ao fundo da paisagem, não te impõe limites.
Pois ali está a porta pra o que quiser alcançar.
Na subida, use sempre bons conceitos, virtudes.
Pra quando houver descidas ter onde se apoiar.
Aventure-se, grite, corra, ria, dance, chore, curta,
AME.
Deixe de existir e VIVA.
Dar nomes a objetos, criaturas, atitudes e sentimentos equivale a suprimir boa parte da poesia, que é feita gradativamente por dedução, sugestão e sensação. Eis a magia.
Somos tão frágeis e ás vezes tudo que temos são promessas, que mesmo sabendo que nunca se cumprirão, ainda nos agarramos a elas como a um bote salva-vidas em meio ao oceano revolto.
Me olho
Não vejo
Nem sinto
O que vejo
Só vejo
O medo
E na noite
O desejo
Me perco
No ensejo
Sem rumo
Ou gracejo
Sem som
Ou molejo
Sem rima
E traquejo
Sem força
Bravejo
Perdida
Velejo
Sabendo que o medo
É só o que vejo
Visões diferentes,
Rumos parciais,
Futuros reticentes
Será a diferença que os torna tão iguais¿
Historia já contada
E outra, por fazer
Lembranças já vividas
Outras, por viver
Almas cintilantes
Um por ouvir
Outro, por dizer
Olhos brilhantes,
Lúgubres de paixão
Um por idolatria
Outro por admiração
Alguém louco pra ensinar
Outro, ávido por aprender.
E muito mais lhes forçam a distancia.
Apenas um algo lhes forja aliança
E diga-se, o mais forte de todos:
Amor , disfarçado em cumplicidade
Que se enfeita de amizade
Recheado de vontade
De estar e sentir
Um algo que a outros edificou:
Lennon e Yoko, Bonnie e Claede, Hitler e Eva.
Difícil pra o mundo entender
Não só de corpos se faz tal fusão
Não por se descrever
Mas sim por não ter razão.
Sempre me procuro na noite.
E quando encontro acordo.
É como acordar na melhor parte de um sonho,
Quase nunca adianta voltar a dormir.
Mas dormir pra quê¿
Sonhar porque¿
Se o que acho é teu,
És tu em mim.
Quando que na verdade
Nessa busca, nesses sonhos,
O que tento é me encontrar.
E por mais que eu corra,
E por mais que eu fuja,
É difícil me esconder do melhor de mim: Você
É naquele momento que precisas apenas olhar pra alguém em quem confias que tu foges até de teu espelho.
Vontade louca de fugir e a infame constatação de não ter pra onde ir, pois a qualquer lugar que eu vá, sempre levarei-me comigo.
Sempre acreditei que madrugadas foram feitas pra se pensar e não pra dormir.
E também sempre acreditei que poderíamos ser bem mais do que apenas existir.
Poucos entendem o que penso, por isso, sempre "escrevo pra não ter que falar sozinha". E não quero ter que morrer afogada em palavras que não disse.
E nem adianta me esconder atrás de tristezas e depressões, tentando fugir da vida. Em determinado momento terei que curar-me.