Coleção pessoal de ketllyne

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-Podes me ouvir agora?” – A Morte sussurra “-Vem comigo, vem. Acorda desse pesadelo, sonha o sonho dos anjos. Vem comigo.” – Ela senta-se ao seu lado. “-Ou quem sabe... esperemos!” E gargalha. “-Esqueçamos a pressa. Na morte não há tempo. Deixa-me discorrer um pouco sobre a minha solidão. Deixa-me estar aqui contigo nesse pequeno intervalo que temos e então, só então te levarei.
Falei contigo... Falei contigo durante todo teu sofrimento, tua agonia, e ao contrário do que pensas, não desejei esse encontro mais do que desejo a nossa separação. A eternidade é vazia, certo, mas eu não alcanço o deleito no fim de vidas que tinham tanto a serem vividas, ainda que esses fins me proporcionem encontros. Espero que entenda. Não tenhas medo. Não sou o que me pintam porque o modo como me pintam é uma compreensão limitada do meu significado, não represento a euforia do paraíso, isso não, mas peço que compreendas que também não sou o dissabor do nada, do vazio. Sou paz. Uma profunda e acolhedora paz.” A morte pega-te nos braços. “-Agora vem, vem comigo, na morte não há tempo, mas não prolongarei tua espera.
Só quero que saibas que choro todos os dias por vidas como a tua, pereço como perece o mundo cada vez que perde uma alma que não teve a chance de encontrar a paz enquanto duravam as batidas do coração, pereço como perece uma floresta que perde sua mais preciosa semente que nunca usufruiu do prazer de se transformar em flor.

Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!

Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.

A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.

Se choras por não teres visto o pôr do sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas.

Sinto impulsos covardes, assustadiços e escapistas de voltar. Também porque sinto saudade, muita, de tudo. Mas sei que não devo.

Se ao menos dessa revolta, dessa angústia, saísse alguma coisa que prestasse.

E você continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que antes eu nem sentia falta.