Coleção pessoal de KelviKlaine

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⁠Quem me dera ter
Os velhos sorrisos de volta
Ter os velhos abraços para abraçar,
Na amarga e solitária noite
Só por mais um minuto
Antes do mundo acabar.
Quem me dera rir até
Que minha barriga se contraia
Que o juramento deste coração me traia
Nem que seja só por hoje
Antes do mundo acabar.
Quem me dera ver-me com orgulho
Na silhueta grotesca do espelho
Nem que seja por um perdão derradeiro
Antes do mundo acabar.
Quem me dera sentir menos
O peso que acarreto dos dias
Aliviar a dor da morte e a certeza da agonia
Antes do meu mundo acabar!

⁠Já percebi a um tempo que, não adianta quantas garrafas beba, quantos palavrões e socos na parede dê, não importam quantos sonos você perca e quantas insônias sofra. Não importa quantas lágrimas você derrame por enfermidade do coração, da alma, do corpo. Não importa quantas vezes você se odeie, se isole, se encha de ocupações e se culpe, nada, absolutamente nada parece diminuir o fato de nada disso fazer sentido, de se sentir a deriva sempre de si mesmo, sem porquês, para quê ou para quem. Percebo enfim que a muito tempo já sinto o peso da idade, e percebo que só tenho vinte e poucos anos...eu acho. Saudades de mim!

Não permita que controlem sua rotina, mesmo que sendo horas árduas. Não permita que ditem seus passos, e amedrontem suas vontades. Não permita que apontem em você os erros que cometestes esquecendo também que ele cometeu alguns imperdoáveis. Não permita jamais, limitem sua felicidade lhe oprimindo com ameaças e humilhações. Você é mais do que está na boca daquele que te oprime e te humilha, e ele o faz, simplesmente, porque não pode ser tão forte quanto tu és, porque sabe o quão covardes foram os erros que ele comeu e esconde. Abrace a si e a quem está na chuva por ti. Atualmente, são raras as pessoas que amam e entendem a luta que travam diariamente!

“Não sou de fazer coisas possíveis
Não sou de me embriagar
Porque metade de mim é loucura
E a outra metade é vodka.”

“No Jogo da vida, qualquer caminho é game over."

Tamanha é tua beleza defronte ao espelho da perfeição.

Se sou eu digno de ter-te terei-vos, mas não te quereis lá, é como desejar o vento e abraça-lo, traz-me teu cheiro, mas não teu corpo, pois quero viver de ti, e não morrer pelo mesmo.

POEIRAS DE MIM

"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.

Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.

Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.

Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.

Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.

Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.

ILUSÕES DO COTIDIANO

"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.

Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?

O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.

Não pude de fato
Possui-la de encanto
Pois apenas praguejo
As entranhas de um medo infanto

Da sede me pus
De canto a olhar
O que talvez seria
Uma miragem do luar

Corri, corri
Para assim me saciar
Deparei-me com olhos sombrios
E caninos a me devorar

Mordi, mordi
Para me matar
O que me matava por dentro
Poder descansar

Foi então que vi
A linda feição se prostrar
De encanto me enchi
De ódio pus-me a chorar

Como pode, oh vida
O que é vivo tirar
A beleza que possui
Uma mulher neste luar.

Mesmo quando o fim se prostrar diante de ti, sabe-se que ainda assim estás lá, com teu corpo, com tua alma; não deixe de ter medo, no caminho incerto da vida, os obstáculos só enxergam ele. O medo é inconsequente, mas fugir é opção.

Somos insignificantes para a força de um elefante, e monstruosos para os olhos de uma formiga. Não são apenas pontos de vistas, mas sim uma disputa sem fim entre o mais forte e o mais fraco. Nós por outro lado, somos muitas vezes os mais racionais, e ao mesmo tempo o mais animais.

“Ouve-se então gritos, e dos gritos, o estilhaçamento de ossos como galhos pisados. Da coragem ao medo, do rosado ao branco, sorriam por disfarce o terror que corriam até os dedos, e alguns sorrisos só serviam prantos.
(Extraído do conto: "O Sobrevivente: Menino Lobo. 2016. Klaine, Kelvi.)”

Eu sou a minha própria luz do fim deste túnel, uma imperfeição admitida. Eu sou a lição de minha alma, onde torno-me o aprendizado de minha vida. Pequenas são minha ambições, sobretudo, elevo meus sonhos, serei meu prêmio, serei minha discórdia e minha vitória. Dificilmente me chateio, pois sempre sério estou, não expresso felicidade ou alguma forma sútil de tristeza. Sou um cara estranho, uns julgam-me louco, outros, diferente, aceito a indiferença como quem aceita tais padrões de comodismo.

A existência de tal somente é justificada quando assim nos convém.

Se nem eu sei quem sou, porque vocês deveriam saber?

Eu procurei encontrar na extensão do destino, um caminho para qualquer lugar.

Diante das decepções, damos valor aos defeitos.

Quando você se acostuma a errar, você sabe quando acerta.