Coleção pessoal de kauane_mamedes
Eu disse e me lembro como se fosse ontem: "Você é aquele tipo de pessoa que dividiu a minha vida entre antes e depois." Eu não sei se você acreditou, mas até quando eu achei que ninguém notaria, ainda notam a diferença.
Só eu sei, e isso só eu mesmo, o que eu sinto aqui dentro do meu peito, coisas que ninguém nunca irá compreender. Só eu sei o que se passa na minha cabeça e no meu coração enquanto penso na vida, sentada em frente de casa, tomando tereré e escutando músicas em modo aleatória. Só eu sei o que se passa aqui, e desta mesma forma eu queria saber o que se passa aí, dentro de você.
É engraçado ler essas coisas ainda hoje, porque achei que a essa altura tudo isso que carrego no peito não estaria tão evidente no meu rosto ou comportamento.
Sei que é real, pois os que notam a diferença não teriam interesse algum em colaborar com a história, mas acabou dizendo o que meus olhos, por algum momento, já tentou esconder.
É, definitivamente, existem pessoas que dividem os nossos sorrisos, abraços, momentos, memórias, que dividem a nossa vida entre antes e depois.
Normalmente o medo de se apaixonar é causado por alguma experiência antecessora negativa, mas muitas vezes a realidade é que não é medo de se apaixonar novamente e sim o medo de sofrer novamente.A questão não é o início, mas sim os finais.
Esse medo acontece por você ter se doado muito em uma relação criando expectativas que acabaram não sendo realizadas e acabamos nos culpando pelo insucesso da relação, mas será que é errado sentir esse medo? Não, não é errado, isso é uma autodefesa que você mesma criou para evitar futuras frustrações e pouca gente entende sobre isso.
Vale lembrar que um relacionamento é construído não só por uma pessoa, então de nada vale você se entregar e amar por dois, não podemos nos culpar por algo que foge do nosso controle.
Devemos avaliar algumas situações que podem causar o bloqueio de viver uma nova história, como por exemplo: A resquícios de algum amor antigo que ainda mora em você? Você já aprendeu a ser feliz sozinha? Você já buscou em você o que acha que precisa nos outros? Você se ama o suficiente para não aceitar um amor meia boca só por carência ou aparência?
Não adianta atropelar, não adianta apressar e nem querer precipitar uma situação. Existem diversos fatores que podem aflorar seus medos, são fatos individuais que não devem ser julgados por ninguém, experiências vividas por você causaram consequências que somente você pode lidar, não é possível que eu lhe indique o melhor caminho, seria hipocrisia da minha parte, eu nem achei o meu ainda, só posso dizer o que ando fazendo para caminhar de forma tranquila.
Seja o amor da sua vida, quem chegar e quiser ficar terá que aprender com isso, a lidar com a pessoa incrível que você é. O amor vence qualquer medo, o amor próprio vence qualquer coisa, pessoas passam pela nossa vida e deixam vestígios do que elas foram, mas não devem interferir nas pessoas incríveis que podem chegar, antes de tudo esteja em primeiro lugar.
Eu cai na dela como nunca cai na que ninguém. Não me venha com essa de esconder o que sente e nem de se fechar para não transparecer, eu caí na dela.
Primeiro ela me derrubou com o seu sorriso e a sua parceria, ela nem tinha motivos para ser tão parceira assim, mas foi.
Sempre mulher inteira, me conquistou quando mostrou que não precisava de metades, ela já se bastava.
Depois ela veio e me mostrou uma face que eu não conhecia, que era tão dela que me fez desejar vê-la todos os dias.
Seu toque me desmontava, meu Deus, quem era eu em tuas mãos?
Eu caí na dela e ela pintou meu coração com as suas cores, nunca entendi muito bem sobre isso, mas sempre soube que cada canto meu tinha um detalhe dela.
Ela se tornou minha artista predileta, fez meu coração de sua tela.
Eu caí na dela, não escondo, sou adulto o suficiente para mostrar meus medos, pontos fortes e fracos, minhas claras certeza e duvidosas inseguranças.
Cair na dela me fez ver que algumas quedas doem, podem te fazer perder o chão, mas o que fez com quem eu sou não tem explicação. Cair na dela foi algo que talvez eu pudesse evitar, mas que me fez aprender que “na dela” não é o meu lugar.
O amor termina quando o relacionamento acaba?
Não, nem sempre.
Amores intensos demais ainda moram em você após o fim do relacionamento, a um tempo atrás eu escrevi um texto sobre a transformação do amor, o sistema de continuidade e a energia necessária para fazer com que ele seja constante.
Amor não é um negócio simples não, a gente sente e nem sabe o porquê.
Whindersson e Luisa eram um dos casais que mais inspiravam pessoas, eu já escrevi muitos textos utilizando a imagem deles, era um casal que me inspirava muito e me fazia continuar acreditando.
Mas o que eles ensinaram com a separação?
Em seu texto Whindersson e Luisa disseram: "Decidimos não ter mais uma vida de casal, mas jamais terminar nosso “relacionamento”. Estamos nos separando pra maioria das pessoas. Mas a verdade é que só estamos terminando uma fase, acabando sim um casamento, mas jamais o amor, carinho e respeito um pelo outro." Acho que isso já diz muito, fases passam. Amor, carinho e respeito permanecem.
Amar intensamente e viver o máximo da felicidade com alguém é sinal de que, mesmo que por uma fase, essa pessoa foi sim uma parte muito importante da sua vida.
Pessoas vão embora, pessoas têm caminhos diferentes que precisam ser seguidos. Amor, memórias, experiências, sentimentos, tudo isso permanece em você.
O amor nem sempre termina quando o relacionamento acaba, ele se transforma.
Ele se transforma, transforma você.
O amor é amor até quando você acha que ele deixou de ser.
Já faz tempo que escrevo sobre amor, vez ou outra alguém me para no corredor para comentar sobre os textos e pedir algum conselho, tudo isso como se eu tivesse total conhecimento sobre o assunto.
Acredito que falo sobre o amor exatamente por não entendê-lo por completo, então escrevo as dúvidas, questões não respondidas e tudo isso com uma interrogação que paira a minha vida. É aí, quando o amor e o tempo entram em conflito, que me questiono sobre o amor, esse no qual, é o único que ainda parece ser o mais discutível, já que o tempo não dá essa oportunidade.
Falar de amor é difícil, todas as vezes que leio um livro me vejo questionando os personagens principais, porque não estão juntos: "olha quanta coisa favorecem vocês", e então me pego vivendo uma história dessas. É nessa hora que entendo eles, não é tão simples! Pedir uma nova chance, pedir para alguém permanecer ou voltar para a sua vida, tentar novamente, em uma história escrita por duas pessoas não é tão simples. Você não pode apenas olhar o seu lado, não pode exigir e nem forçar nada, você apenas precisa demonstrar que ama e deixar claro isso, o restante o tempo se encarrega, a vida cuida. Você que ainda tem uma esperança dentro de si, tente não deixá-la morrer, porque sente que os seus sonhos, desejos, futuro, e tudo o que mais desejar, devem ser escritos com a companhia de quem preencheu o que era vazio com amor.
Amar é assim, amar é não entender tudo, mas é querer viver o melhor. Amar é aprender com o outro a ponto de chegar em alguma situação e saber exatamente o que o outro faria, saber até onde ir, saber que quando longe o coração pede por abraço, por carinho, por respeito, por atenção, por amor.
Amar é entender que saudade é o coração pedindo para voltar pra casa que ele escolheu morar.
Como é amar alguém com a certeza que esse sentimento não irá ter fim, mas acabar perdendo essa pessoa?
No começo é tudo tão difícil, tão intenso e, muitas das vezes, o desespero toma conta. As feridas e os medos acabam tomando uma proporção gigantesca, você passa a tomar atitudes que não tomaria se a impulsividade não tivesse presente.
O tempo vai passando e entre um puxão e outro as suas atitudes, sendo avaliadas novamente, se tornam infantis e imaturas.
A pessoa já está cansada de você nesse momento, você já não tem mais o que fazer, já estragou tudo.
O amor ainda está lá dentro do seu coração, mas agora ele já não quer mais o seu desespero, ele só quer sentar no banquinho da varanda e esperar.
E então você passa a entender que amar não é prender, amar é deixar livre. Você entende que muitas das vezes é a distância desse tempo que te fez alguém mais maduro e, consequentemente, mais livre também.
Você sabe, mesmo não falando com tanta frequência igual antes, mas ainda existe aquele amor.
A vida segue da forma dela, a gente não tem controle sobre isso, mas agora sabemos que se forçar é pior.
Amar alguém com a certeza que esse sentimento não irá ter fim, mas acabar perdendo a pessoa é ter uma nova definição para a palavra esperança:
"Esperança é quando a espera ganha companhia do amor"
A gente sempre espera alguém voltar né.
Sentado no sofá, vendo as pessoas em um parque ou fingindo que tá seguindo a vida. Nós sempre estamos por aí, fingindo que tá tudo bem, dando risadas vazias, abraços sem sentimentos, tudo isso na esperança de alguém voltar.
Utilizando o último sopro de esperança, pedindo pro coração não acelerar, respirando com calma para não transparecer a ansiedade da chegada de alguém.
Estamos sempre esperando aquela voz ser do nosso alguém, aquela chegada inesperada seja da nossa pessoa.
Nós sempre esperamos alguém voltar, utilizando do caminho para aprender tudo e, se caso esse alguém voltar, sermos o motivo para que ninguém mais se vá.
E vamos assim até que alguém possa chegar novamente e ir tirando aos poucos aquele medo, que te faça esquecer o som daquela voz, que às chegadas de seja lá quem for não te cause mais impacto.
Até que alguém chegue e faça com que o coração tenha coragem de arriscar amar novamente e que sofra um sorto de memória esquecendo algumas lembranças.
É como pular de paraquedas pela primeira vez, você tem medo, deixa a insegurança te assombrar, mas você só sabe se vai funcionar se pular.
Só precisa encontrar alguém que te faça ter coragem para pular e que não te abandone no caminho, talvez você já conheça o piloto que te levou aos céus ou apenas está em uma nova jornada.
Da primeira vez que bateram no coração dela aconteceu de forma calma e tranquila, ela abriu a porta e, receosa, deixou ele entrar como quem diz:
"-Entra, tira os sapatos, a casa é nossa, cuide com amor." Ele ficou alguns dias e depois foi embora.
Da segunda vez ela deixou bater na porta por dias, abriu, confiou, e disse:
"-Entra, eu consegui arrumar tudo, cuida"
Dessa vez ela deixou a porta com uma fresta aberta e quando ela se virou, lá se foi ele novamente.
Ela disse que não iria tentar mais, mas sempre acreditou no amor, dessa vez ela não abriu a porta, deixou lá fechada por meses e ninguém bateu, em um dia qualquer ela decidiu abrir e ele entrou, cansada ela sentou no sofá e disse:
"-Fica dessa vez, não aguento mais te ver sair"
Ele ficou, arrumou toda a casa, cuidou de cada espaço que existia ali. Ela sorriu, sentiu firmeza na sua chegada, deu as partes do seu coração para ele montar. Ele as colocou na mesa e deixou aquele quebra cabeça quase pronto, quando ela viu que ele estava terminando e que estaria inteiro novamente, sorriu. Olhando na mesa, faltando um pedaço que ela não achou ali, escutou a porta cair com um chute. O som foi estrondoso, lá estava ele indo embora de novo, dessa vez com o último pedaço do seu coração no bolso.
Eu nunca fui de acreditar nesses juramentos ou promessas de dedinho. Achava bobeira, nunca levei a sério, tudo isso até você me fazer jurar de dedinho que eu sempre te amaria.
Meu Deus, foi o juramento mais sincero que eu já fiz. A partir daquele dia esse tipo de juramento virou um dos compromissos mais sérios que poderiam ser fechados. Esse tipo de juramento que eu só fiz com você.
Juro de dedinho me esforçar para te oferecer os melhores sorrisos.
Juro de dedinho que mesmo que te digam o oposto, a sua presença na minha vida é o que me transborda.
Juro de dedinho ouvir a sua música preferida e lembrar de tudo o que vivemos.
Juro de dedinho te lembrar todo dia.
Juro de dedinho que não é trabalho nenhum te oferecer o meu abraço apertado, mesmo que nenhuma palavra seja trocada entre nós.
Juro de dedinho te proteger, mesmo que de longe, dar o meu melhor para evitar que algum tipo de maldade chegue próxima de você.
Juro de dedinho que por mais que vente no meu peito, nenhum vento é tão forte para te tirar daqui.
Juro de dedinho, juro juradinho, que o meu melhor presente, minha melhor memória, meu maior amor é você.
Juro de dedinho que não importa onde eu esteja, amarei você.
Ela te faz arrepiar, sabe exatamente onde tem que tocar e o que tem quer fazer.
Ela tem postura, tem presença.
Ela tem marra, tem um jeito que eu não sei te explicar.
Ela sabe como fazer.
Ela sabe daquele ponto sensível do teu corpo, lugar onde ela passeava como se fosse o quintal da casa dela.
Ela te conhece, sabe que se pedir com jeitinho consegue o que quer.
Ela sabe dos teus desejos e fetiches, cada pensamento teu.
Ela tem o pulso firme que tu gosta, mas também sabe amolecer de um jeito que ninguém mais sabe.
Ela é brava, mas quando quer sabe fazer carinho como ninguém.
Ela sabe te esquentar em menos de um segundo, em um toque.
Ela sabe tacar fogo e ser o combustível para te queimar em desejo.
Ela sabe que não tem coração de gelo que não derreta ao ouvir o sussurrar daquela voz.
Ela sabe, sabe muito, mas só faz quando quer.
Ela, amigo, ela é 8 ou 80.
Ela te queima em desejo ou te deixa a ponto de gelo.
Ela te pega com força ou te solta de vez.
Ela não precisa de metades, sabe ser inteira sem precisar de mais ninguém.
Ela encaixa perfeitamente o corpo dela no teu, e isso ela não precisa se esforçar pra saber.
Ela sabe que carrrega o melhor dos sabores, o sabor dos lábios dela.
Eu vi ela na festa, ela estava linda vestida de mulher incrível. A verdade é que ela sempre estava de mulher incrível, mas aquele dia a saudade fez meus olhos verem ela com maior intensidade. A minha vontade era atravessar aquele local e beijar seus lábios com intensidade, saudade, vontade e desejo, mas eu não podia.
Estive perto dela por horas, senti seu cheiro e ouvi a sua voz de perto, tentei não olhar em seus olhos, eles entregariam tudo o que estava acontecendo aqui dentro, mas vez ou outra eu buscava olha-la, ela é meu ponto fraco e sabe disso.
Todas as suas chegadas fizeram meu coração acelerar, todas as suas partidas fizeram com que ele quase parasse.
Não era a nossa noite, não era mais a nossa vez, mas meu coração não entendia isso e então eu decidi afoga-lo nos meus vários copos de cerveja.
Bebi na intenção de chegar ao ponto de olhar e não a ver, mas quanto mais eu bebia mais próxima eu a via.
Era como tentar afogar meu coração no mar da realidade, mas o único salva vidas ali era ela.
Meu coração quase se afogou, a festa acabou, ela foi embora, eu também. Aquele dia ela não entrou no mar, aquele dia meu coração teve que aprender a nadar sozinho.