Coleção pessoal de kassiamodesto92
Negão Faceiro...
Teu sorriso quase me rouba a alma, teu olhar por pouco não me despiu por inteira.
Sem graça, calei meus olhos, boca e nariz.
Deixei que simplesmente meus ouvidos, ouvissem a perfeita melodia que teus lábios expulsavam em um sonoro:
-tudo bem?
Uni a melanina do teu corpo e o teu jeito faceiro e descobri um negão carioca, cheio de atrativos...
Me perdi entre teus lábio sorridentes e tuas mãos que brincavam com as cordas de um cavaquinho.
Do encanto, parti num vôo sem escala e conexão!
Sem pensar duas vezes, ignorei o mundo ao meu redor e caí em teus braços...
O cavaquinho abandonando o choro parecia cantar pra nós dois... Ao seu som nos beijamos... Nos despimos e nos vestimos um milhão de vezes.
Caímos na tentação dos nossos corpos suados na dança a que brincávamos, o suor nos excitava e
incitava a muito mais.
Balançávamos e gemíamos ao ritmo daquelas cordas. E no ápice, no melhor da brincadeira!
Ah! Maldita plateia...
Eles aplaudindo teu espetáculo!
E eu?
Despertando de um sonho
Amor Sanguinário
Essa noite eu saí atrás das sensações.
À míngua do enfado, me vejo prestes a expulsar do meu corpo
Um coração que me parece um intruso,
Já não reconheço o que de fato quero...
E quanto ao vento...
O vento, aparentemente raivoso, me amedronta.
O frio de uma noite solitária me toma o chão,
E o devolve em crateras.
Sentada numa cela a cavalgar como um arqueiro
Que precisa fugir do inimigo,
Assim, eu também corro na pressa de fugir de mim mesma.
O vento que me toma a face tem o gosto amargo da solidão...
Do vazio da despedida.
O cheiro da mata verde que outrora me remetia a infância,
Agora exala um odor podre;
Um cheiro de amor puro.
Quantas noites vim te visitar?
-não. Não responda.
Não quero pedidos de perdão
Não quero falsas promessas
Nem juras incessantes e torpes.
As ruas vazias me lembram de ti,
As arvores tomando os lugares das casas e das pessoas
Também te trazem a minha mente.
Podre como carniça é o que sinto...
Essa rasga mortalha me devora,
Esse silencio me ensurdece
E a tua ausência é como pregos e vidros enfiados em meus olhos.
Direi adeus a tudo, uivarei a noite toda por teu nome...
E se não vieres até o amanhecer
Despertarei para a eternidade!
Simplesmente
não sei se são seus olhos ou seu sorriso...
não sei se é tua boca ou tuas mãos...
não sei se são teus cabelos ou tua pele...
não sei se sim ou se não...
mas algo em vc me deixa sem saber de nada.
Querer Ofegante
Em meio às lágrimas eu vejo dádivas alcançadas...
Eu me pergunto se com tantas diretrizes
Existem sentimentos sinceros em um coração gélido,
Meu amor é de um pesar lastimante,
Minha paixão é uma dose de embriaguez nostálgica,
O carinho que te quero é de um todo, martirizante!
A lágrima de que falo escorre solitária
Redesenha minha face e se finda em meu colo...
Um colo frio...
Sem desejo...
Sem amor...
Um rio...
Um rio de lágrimas é o que se encontra meu seio...
Em minha boca o gosto do teu beijo sangrado,
Em meus olhos o negror da tua ausência,
Em minha mente a aleivosia do teu sorriso.
Quero da tua partida apenas um beijo de despedida...
Ou arranque de meu adorno o coração sanguinário que te implora.
Sem Medo
até que minha boca sacie essa sede...
até que meus olhos afastem teu desenho...
até que meu corpo esqueça teu peso...
até que meus cabelos não sintam teu sopro...
até que minha nuca não tenha arrepios...
até que minha pele não recorde tua mão...
até que meu sorriso não veja tuas loucuras...
até que meu silencio não me traga noticias suas...
até que minhas mãnhas não me tragam teu gosto de primavera...
até que minhas tardes não me lembrem nossas fugidas...
até que minhas noites não me devolvam você com o gosto suave do vinho...
até que eu consiga dizer adeus sem medo de me arrepender...
eu te amarei sem medo de dizer, Te Amo...
As vezes agente pensa que só com o pensamento as coisas podem fluir, isso por que agente pensa que é gente, mas esquece que no meio de toda gente tem uma um ser inteligente.
Arranca-rabos...
Não te fiz juras eternas
Nem te dei o que não pude,
De tudo o que tinha de valor
Você levou apenas meu coração...
O mar do outro lado da rua
Não prometi te dar,
Com as flores de um jardim soberbo
Eu não te fiz sonhar,
Nem alianças frias e duras
Eu te deixei experimentar...
Se chegamos até aqui,
Vale ressaltar,
Foi com as próprias pernas
Então por favor, nada de se lamentar’
Se cobiçares acordar, te darei um tapa
Se não puderes crer, te arregalarei friamente os olhos
Se te estressares, te entupirei as veias de calmante
Mas se me puderes,
Pelo menos por um instante
Deite em meu colo em silêncio... e queira descansar.
Nada melhor nas brigas do que, depois, se amar!